XXVI

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Antony

Quando cheguei na mansão, minhas coisas ja estavam lá, organizadas em um quarto do lado do quarto que eu presumi que fosse da Luísa. Então fiz algo que eu não fazia a muito tempo, abri uma live. A maior parte dos comentários eram perguntando sobre o porquê de eu ter voltado a fazer live, mas eu só respondi alguns comentários sobre o jogo, fiquei jogando até a madrugada, agradeci a todos e fechei a live. Logo meu nome estava nos assuntos mais comentados do twitter, entrei no Instagram e por impulso fui no perfil da Aiyanna, ela tinha apagado todas as fotos comigo, então resolvi arquivar todas também. Eu sabia que logo as pessoas estariam falando, e iriam ligar isso a última polêmica, e eu não poderia deixar que atacassem Aiyanna, Luísa teria que fazer um vídeo dizendo que Aiyanna não a atacou.

- Então você está aí amor. - Luísa entra no quarto e senta na cama - Soube que voltou a fazer live.

- Preciso que você desminta a história sobre Aiyanna ter agredido você. - falo sem olhar para ela.

- Posso fazer isso, se...- ela se aproxima - Você me der um beijo.

- Um beijo? - olho para ela - Esse é seu preço?

- Um beijo e eu faço um vídeo dizendo que a imprensa distorceu a história e que a gente só conversou. - ela senta no meu colo e aproxima seu rosto do meu.

- Certo. - a beijo, um beijo frio, a sensação era de está beijando uma parede, um espelho, qualquer coisa. Quando ela se afastou, estava sorrindo e levantou do meu colo.

- Agora, vou fazer o vídeo, volto já. - ela sai do quarto e volto minha atenção ao computador. Eu precisava de um jeito para sair dessa situação.

Alguns minutos depois meu celular encheu de notificações com menções ao meu nome, aparentemente Luísa fez o vídeo. Boa parte das pessoas agora jogavam hate nela por só ter se pronunciado agora e deixado Aiyanna sofrer com o hate, uma parte dizia que ja sabia, e uma pequena parte defendia Luísa.

- Essas pessoas são estúpidas! - Luísa entra no quarto batendo a porta.

- Consequências dos seus atos. - falo voltando a minha atenção ao computador.

- Daqui uma semana você vai anunciar nosso noivado. - Luísa senta na minha cama.

- Uma semana? Enlouqueceu de vez? Isso é pouco tempo! Não vou fazer isso. - olho para ela com raiva e sorri.

- Não? - ela pega o celular e mexe em alguma coisa - Certeza?

Então ela me mostra uma foto da Aiyanna dormindo com o Felipe ao lado dela, Aiyanna estava com aquele vestido que ela só usava quando estava com preguiça de procurar outra roupa.

- Manda ele sair de perto dela! - levanto e ela também, ficando a poucos centímetros de mim.

- Não, esse é só um lembrete. - Luísa sorri e eu perco a cabeça e a empurro contra a parede segurando seu pescoço.

- Manda o desgraçado do seu irmão sair de lá agora Luísa! - grito e por um segundo ela demonstra medo, mas logo depois ela começa a rir.

- Você já foi mais carinhoso amor...- ela fala manhosa e eu a jogo na cama, a marca da minha mão estava no pescoço dela.

- Se você fizer alguma coisa com ela...

- O que vai fazer? Diz! - ela grita levantando da cama - Se você fizer qualquer coisa que me desagrade, eu mesma vou lá acabar com aquela vadia.

- Olha como fala dela Luísa! - grito ficando a poucos centímetros dela, eu sentia todo meu controle se esvaindo.

- Olha como você fala comigo seu babaca! - ela aponta o dedo para mim, eu perco o controle e seguro seus braços com força.

- Eu vou acabar com você Luísa, você tem que torcer muito, muito mesmo, para eu não achar uma brecha. - aperto o braço dela com mais força.

- Me solta Antony! - ela grita e me empurra, eu só a solto para não fazer besteira - Se não quiser que nada aconteça com aquela vadia, é melhor fazer o que eu digo.

Ela sai do quarto e me deixa sozinho, pego um vaso de porcelana que alguém tinha colocado ali e jogo na parede. Maldita! Filha da puta! Eu mesmo vou me encarregar de matar essa louca e levar para o inferno.

[...]

Aiyanna

Acordei com uma dor de cabeça insuportável e a luz do sol batendo no meu rosto. Maldita vodka. Nunca mais eu bebo desse jeito, fico sentada na cama e começo a amaldiçoar toda aquela claridade no meu quarto, para completar ainda tinha que entregar a casa hoje para Sr. Campbell.

- Bom dia princesa. - um cara loiro aparece na porta do meu quarto e eu levanto da cama rápido, e seguro a primeira coisa que eu vejo, o abajur.

- Quem é você? - pergunto tentando não tremer.

- Felipe, seu herói? Ah, você é daquelas que esquecem...- ele encosta na parede e cruza os braços com um sorriso de canto.

- A gente... nós dois...- eu não poderia ter dormido com esse cara, ele era muito bonito, mas ainda assim, não posso ter transado com ele.

- Sim, e olha...- ele me olha de cima a baixo e morde o lábio - Você tem um gemido muito gostoso de ouvir.

- Ah não...- a cara que eu fiz deve ter sido muito engraçada porque ele começou a rir.

- Não, a gente não transou, só estou te zuando. Eu te salvei de você mesma ontem. - ele senta na cama - Apesar de que...- ele morde o próprio lábio - se você estivesse sóbria, não teria sido uma má ideia...

As lembranças da noite anterior voltam a minha cabeça e sinto uma vergonha enorme, como eu sou estúpida! Beber daquele jeito e ainda trazer um estranho para casa, apesar dele ter sido legal comigo, poderia ser um estuprador.

- Obrigada, por...você sabe.

- Agora dá para largar esse abajur? - ele sorri e eu fico com mais vergonha ainda.

- Claro. - coloco o abajur no canto - Você dormiu aqui?

- Sim, queria me certificar de que ficaria bem. Fiz um café da manhã para você, mas ja vou indo. - ele levanta da cama e se aproxima de mim - Tenta se manter segura, princesa.

- Obrigada pelo concelho, estranho. - falo sorrindo, o Felipe de certa forma, era encantador, mas ainda era um estranho.

- Anotei meu número na sua agenda na mesinha, qualquer coisa pode me ligar. - ele se aproxima novamente - Espero que ligue...

- Vou pensar no seu caso. - sorrio e ele também.

- Até mais, princesa. - ele me dá um beijo na bochecha.

- Eu te acompanho até a porta. - falo enquanto a gente caminha para fora. Quando chegamos na porta do meu apartamento, ele para e me olha.

- Espero te encontrar novamente princesa. - ele sorri e entra no elevador que já estava esperando.

Fecho a porta e suspiro. Eu só posso está muito louca, trazer um estranho e ainda ficar de flerte com ele. Pego meu celular e havia milhares de notificações, inclusive do Fred e Guinevere, estava na hora de atualizar eles das péssimas e das loucas notícias.

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O Irmão do meu Ex-namorado  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora