XXVIII

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Aiyanna

Quando cheguei no meu apartamento, fui logo colocar comida para o Kai que estava cada vez maior, coloquei a comida na dispensa e fui tomar banho, deixei a água fria descer pelo meu corpo, minha cabeça ainda latejava por causa da ressaca, escutei meu celular tocar e sai do banho para atender.

- Alô? - chamo e coloco o celular no viva voz enquanto me enrolo na toalha.

- Anna? - a voz da Freya entregava que ela tinha chorado.

- Freya? O que aconteceu? - pergunto e vou na direção do closet.

- Minha mãe me colocou para fora de casa, e nosso pai não fez nada! - Freya volta a chorar.

- Como é que é? - coloco uma lingerie branca e um vestido longo azul escuro.

- Posso ficar na sua casa? - Eu estava prestes a recusar, mas lembrei que o quarto que Antony estava agora está desocupado.

- Vou está te esperando aqui.

[...]

Depois de organizar as coisas da Freya no quarto, deixei ela sozinha a pedido dela. Como ela estava de vestido, dava para ver a barriguinha de grávida, eu agora precisava resolver algo com outra pessoa. Disco o número do meu pai e ligo.

- Alô? Filha?- a voz do meu pai estava distante, provavelmente estava ocupado.

- Rubens? - o chamo pelo nome só pela raiva.

- Faz muito tempo que não me chama pelo nome, o que eu fiz? - ele vai mesmo se fazer de sonso?

- Você e a Melissa resolveram expulsar a Freya de casa só porque ela ficou de maior? Ela não tem emprego, e está grávida! - fecho a porta do escritório para Freya não acabar escutando meus gritos.

- Como é que é? Eu não estou sabendo disso! - pela voz de surpresa ele realmente não sabia.

- Sua esposa expulsou a própria filha, sem dar a mínima em como ela ia se virar. - sento na cadeira tentando conter a minha raiva.

- A Melissa não poderia ter feito isso! Ela está louca? A Freya está grávida do nosso neto, não tem trabalho, o namorado terminou com ela...- interrompo ele.

- Ele fez o quê? - esse garoto só pode está louco.

- Ele terminou com ela semana passada. - ele suspira.

- Irresponsável! - sinto meu sangue ferver de raiva.

- Cuida da Freya por enquanto, eu estou no consultório, quando eu chegar vou conversar com a Melissa. - como se fosse fácil convencer aquela mulher.

- Eu vou cuidar sim. - desligo a chamada e deixo o celular de lado.

- Não quero voltar para lá. - Freya fala abrindo a porta do meu escritório - Eu vou arrumar um emprego Anna, eu juro, mas não quero voltar para lá.

- Vamos resolver isso okay? - levanto e abraço ela - A gente vai resolver.

[...]

- Sua mãe só pode está louca! - Guinevere deita na cama ao lado da Freya.

Eu tinha contado no grupo o que tinha acontecido e os dois vieram correndo para cá, o Fred só veio por está de folga do trabalho.

- Você ja sabe o sexo do bebê? - Fred pergunta enquanto come algum biscoito que ele pegou na dispensa.

- Ainda não, prefiro descobrir na hora. - Freya fala sorrindo fraco.

- E como você comprou as roupinhas? De que cor? - Guinevere pergunta fazendo cafuné na Freya.

- Ainda não comprei nada, quem ia cuidar de tudo era meu pai, ele até fez uma conta para mim e colocou um pouco de dinheiro para quando eu precisasse comprar coisas como remédio, frauda...- Freya abraça Guinevere.

- Seis meses e não comprou nada? - Guinevere me olha.

- Eu já sei o que vai falar. - eu conhecia minha amiga.

- Compras? - Fred sorri e Guinevere concorda.

- Mas eu não sei se tenho dinheiro suficiente para comprar tudo agora, fora que quando ele nascer vou gastar bem mais...- Freya senta na cama e nós três nos olhamos.

- Qual é? Vamos todos ser tios aqui. - Fred sorri - Eu quero comprar o berço, não quero nem saber.

- Eu cuido das roupinhas! - Guinevere praticamente grita.

- Bom, eu fico com o restante sem problemas. - sorrio e abraço minha irmã, logo os dois também vem nos abraçar.

- Vamos cuidar de você pirralha. - Fred fala apertando nós três e acabamos rimos.

[...]

- Onde vamos encontrar um berço no shopping? - Fred fala seguindo nós três.

- Tem uma loja no terceiro andar, assim como lojinha de roupas e tudo que o bebê precisa. - Guinevere fala e ajuda Freya na escada rolante.

- E como você sabe disso? - Fred pergunta olhando para Guinevere.

- Isso é importante? - Guinevere com certeza era a pessoa mais animada com essa situação.

- Vocês são incríveis! - Freya fala sorrindo - Não acredito que estão mesmo fazendo isso.

- Você é tipo nossa irmãzinha também. - Fred fala sorrindo.

- Agora todos nós vamos cuidar de você. - falo abraçando ela e saímos da escada.

- A gente poderia ir de elevador. - Fred fala já indo na direção do elevador.

- Eu concordo. - Freya vai atrás e eu e Guinevere só seguimos. Meus amigos com certeza eram incríveis, sempre estavam ao meu lado em todos os momentos.

[...]

Antony

Saí do quarto para olhar a mansão direito, passei por uma porta que parecia dar para outro quarto e no final do corredor tinha uma porta dupla que dava para uma enorme biblioteca, mas me arrependi logo que entrei, Felipe estava sentado no sofá com um livro em mãos.

- Bem vindo a minha biblioteca cunhadinho. - ele nem ao menos olha para mim.

- Sua? - cruzo meus braços.

- Sim, uma das únicas memórias da minha mãe. - Felipe estava concentrado de verdade no livro, olho para capa e ele estava lendo "Alice no país das maravilhas".

- Alice? - pergunto indo na direção dele, Felipe parecia aqueles caras marrentos, mas sempre foi bobo, só seguia ordens da irmã.

- Preconceito com livro infantil? - ele finalmente me olha.

- Nenhum. - vou na direção de uma das estantes - Por que está fazendo isso?

- Porque é um livro ótimo para ...- o interrompo.

- Não lendo, por que está ajudando ela? - encosto na estante e ele fecha o livro.

- Luísa é muito importante para mim, ela foi a única que esteve ao meu lado todos esses anos, mesmo nos piores momentos. - ele levanta e coloca o livro na estante.

- Aiyanna também é muito importante para mim! Isso tudo é loucura Felipe, Luísa não pode fazer esse tipo de coisa. - falo impaciente e Felipe passa a mão no cabelo.

- Olha cara, eu entendo você, mas Luísa é minha irmã, vou proteger e ajudar ela até o fim. Acho bom cumprir as regras dela. - ele fala e caminha até a porta com as mãos nos bolsos - Eu não odeio vocês, não quero o mal de vocês, mas se for para fazer minha irmã feliz, eu vou até o inferno para isso.

Ele sai da biblioteca e fecha a porta. Sento no sofá frustrado, Felipe sempre foi assim, sempre foi o cachorrinho da irmã e eu nunca entendi porque, Luísa as vezes era até cruel com o próprio irmão e mesmo assim ele era sempre gentil com ela, eu pretendia descobrir os pontos fracos desses dois, ele seria capaz de ir ao inferno pela irmã, e eu sou capaz de casar com o próprio capeta se for para proteger Aiyanna.

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O Irmão do meu Ex-namorado  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora