No próximo inverno

O peso de um caixão vazio

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Se puderem, obrigado por me ajudarem com os números enquanto eu trabalho nas palavras!  ꒰◍ˊ◡ˋ꒱ 

⚠️ AVISO DE GATILHO: Luto, crise nervosa, funeral, menção de morte;

Prossiga com cuidado, colocarei sinalizações nas partes necessárias! ♡

>> Tenha uma ótima leiturakkk:)

"Eu quero que você esteja bem, e feliz.
Isso é amor.
Querer que a outra pessoa tenha tudo o que ela precisa e deseja, não importa o quanto possa te pesar.
Se eu parar de pensar assim, e só quiser você de volta a qualquer custo... Ou pior, só desistir disso tudo, então não seria amor.
Seria qualquer outra coisa descartável que não vale a pena ter me feito perder todas essas noites de sono pensando em você.
E eu te amo demais pra isso.
Você sempre fala que a gente vai se encontrar não importa o quê, então eu vou esperar pela próxima vez que a minha alma vai reconhecer a sua."

Os lábios de Thiago estremeceram conforme Leo passou os braços ao redor de seu pescoço, abraçando-o nas pontas dos pés.
Estavam em um canto reservado perto da biblioteca da escola.
Aquele jardim era pouco visitado pelos alunos e acabou virando seu ponto de encontro após alguns beijos trocados ao lado de um vaso de gerânios durante o recreio.
"Eu não sei, Leo..."
Balbuciou, desviando o olhar. As bochechas pulsavam de tão quentes.
"Se você não quer ok..."
Leo deu de ombros, olhos brilhantes por trás dos óculos ao esfregar seu nariz contra o de Thiago.
"...A gente não pode ficar na sua casa? A gente... Sempre fica por lá."
Thiago sugeriu, tocando a cintura de Leo com ambas as mãos.
Sentia a fragilidade do namorado mesmo através do toque delicado, a silhueta fina e estatura muito menor do que deveria ser, quase o oposto de Thiago em seus 1,83 de altura.
As feições de Leo mudaram para uma mistura não vista antes por Thiago. O brilho em seus olhos escuros denunciavam quase medo, se não algo mais.
"Eu não quero ir pra casa hoje. Eu... Não sei."
Murmurou com um suspiro ao esconder o rosto no peito do outro.
"Mas aconteceu alguma coisa? Você não foi... Expulso nem nada assim, né?"
Perguntou, recebendo um sorriso triste em resposta.
"Não. Eu só não tô sentindo coisa boa em ir pra lá hoje."
Leo explicou, voz trêmula. Não parecia ter maiores motivos para não querer voltar para a própria casa naquela sexta-feira de junho, tão monótona quanto qualquer outra.
"Eu posso ficar na Maia se você preferir. Não tem problema."
Thiago negou com a cabeça, curvando-se sobre Leo para encostar ambas as testas.
"Eu não vou te deixar se sentindo assim. A gente dá um jeito de você ficar."
Leo assentiu em resposta, abrindo o sorriso que Thiago mais gostava de observar, aquele que quase fechava seus olhos por completo, mostrando o diastema nos dentes da frente.
"A gente pode dormir de conchinha."
Sugeriu em tom sapeca. Thiago riu, corado.
"A gente já sempre dorme, Leo."
"É, mas vai ser mais emocionante..."
Sussurrou o namorado, aproximando os lábios dos seus e lhe dando selinhos carinhosos, seu sorriso torto e brincalhão acompanhando a fala.
"Eu e você abraçadinhos bem apertado enquanto o teu pai dorme no outro quarto, tal.
Um amor proibido... Bem romântico pra mim."
Provocou, gargalhando quando o rosto de Thiago pareceu escurecer de tão quente.
"Vou repensar tudo isso!"
Exclamou, limpando as palmas suadas nos jeans.
"Não vai escapar de mim não, Lopez."
Leo riu alto e então impediu a resposta encabulada de Thiago com outro selinho delicado.