Rosé Park

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Depois que as duas subiram, Lisa começou a retirar a mesa e eu suspirei

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Depois que as duas subiram, Lisa começou a retirar a mesa e eu suspirei. Peguei a garrafa de vinho que bebemos antes e caminhei até a varanda que dava para o quintal. Eu quero muito falar com ela, quero mesmo, ficar esses dias sem falar com ela me deixa magoada, mas eu não quero correr o risco de magoá-la e perdê-la de vez, depois de conversar com as meninas sei que ela está disposta a seguir quase como se nada tivesse acontecido, mas não sei se seria o melhor, acho que nós deveríamos conversar e colocar tudo para fora, agora que estamos a sós seria o melhor,mas estou com receio de falar com ela.

Me deitei na rede que vem sendo minha companhia nos últimos dias, ela é grossa e quentinha e me dá uma boa visão do quintal. Nossos bebês provavelmente iriam amar todo esse espaço para correr e brincar, com certeza Kuma iria fazer uma farra aqui. Que saudade dos meus amores. Tomei mais um gole de vinho e relaxei na rede, minutos depois a porta de casa foi aberta e Lisa passou por ela, tinha trocado de roupa e trazia consigo duas mantas grossas, ela me entregou uma das mantas. A tailandesa puxou uma cadeira para perto da rede e se cobriu com a manta, suspirando. Ofereci a garrafa de vinho e ela a pegou, tomando um gole.

—Precisamos conversar...— falei e ela suspirou mais uma vez.

—Parece que é só isso que temos feito ultimamente.— ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.—Mas acho que temos que esclarecer algumas coisas...apesar de querer apenas seguir nosso caminho.

—Mas isso não é bom para a gente.— falei e ela assentiu. Ficamos caladas por um tempo, observando a chuva leve que começava a cair. Até que eu decidi me pronunciar.—Você é feliz com a gente? Feliz de verdade?—Olhei para Lisa e vi seu sorriso fofo.

—É claro que eu sou feliz, como nunca seria com outra pessoa.— ela disse com calma e se levantou, deitando na rede comigo.—Eu só me sinto meio só as vezes e me sinto como se fosse um estorvo para vocês, sou a primeira a chegar em casa, trabalho pouco, sou a que mais tem tempo livre e quase não pago nada na casa...gosto de tirar fotos e ajudar as pessoas que querem suas lembranças registradas, não me faz mal e até me ajuda a não enlouquecer.

—Tudo bem, Lili...— sussurrei, me aconchegando contra o corpo quente da tailandesa, a sentindo me abraçar e ajeitar o cobertor.—Eu só não quero que você canse. Ou que você sofra algo por estar trabalhando demais.

—Eu sei, sei que apenas está preocupada comigo, mas se eu precisar de ajuda eu vou pedir para vocês.—ela disse com um sorrisinho, como eu senti saudade desse sorriso.

—É uma pena que tenhamos feito as pazes logo agora que estamos naqueles dias.— falei manhosa e Lisa riu, me agarrando mais contra ela.

—Teremos muito tempo para conpensar.— falou acariciando meus cabelos.

Ficamos em um silêncio confortável, sentindo o calor uma da outra e observando a chuva caindo aos poucos. Estava tudo silencioso até que ouvimos um grito, olhei para a tailandesa ao meu lado e arregalei os olhos, enquanto Lisa ria.

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