11 Mele

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O Sol já se punha, Lillythe vem a mim, me pergunta se não queria dar uma saidinha óbvio que eu topei na hora! Não sei se é o fato de Lillythe ser a mais poderosa vampira ou se é o fato que ela ser minha amiga, minha única amiga ou talvez seja por sempre irmos caçar juntas. Semana passada comemos três caçadores, um crocodilo de água salgada, duas cobras aquáticas e um tubarão bicéfalo de seis metros, o último foi por diversão. Mas já foi há mais de 10 dias. Lillythe é sedenta, sempre com fome, sempre fica com a parte maior, eu não me atrevo a reclar, não quero irritá-la de forma alguma.
– Mele, vamos?
Lillythe me pergunta pegando sua bolsa, e pelas roupas, não vamos caçar eu suponho.
– Lillythe
– Uh – Ela se vira para me encarar.
– Para aonde vamos?
– Isso é importante?
De fato, não! Nós já existimos a tanto tempo que qualquer diversão é lucro, mesmo assim gostaria de saber mais que isso.
– Bom, talvez… só talvez dessa vez poderia me contar?
– Não – ela me responde em tom de censura, malvada!
– Sabe…
– O quê?
– Se me contar onde vamos eu poderia me arrumar adequadamente.
– Que quê há de errado com essa roupa?
Ela me ponta de cima a baixo. Ah, maldade! Eu também tenho direito de divar! Olho para meus sapatos gastos, eu não devia ter corrido tanto essa semana, minha roupa com pequenos rasgos, tenho que parar de correr perto das árvores, e minha calça que parece ter sido castigada, nem a pau que eu vou usar essas roupas!
– Lillythe, isso é injusto! Tu tomaste banho e eu estou imunda, pareço que acabei de voltar da caçada!
– Está bem! Pode ir tomar banho, eu tenho que pegar umas coisas na cabana para podermos ir.
Ah, fala sério! Ela estava me sacaneando todo esse tempo? Ou melhor me testando?

Nós vamos até nossa cabana, aonde guardamos nossas coisas: dinheiro, roupas, livros e aonde o Scorpion carrega seu iPhone ou seja lá o que isso seja. Eu vou tomar banho, penteo meu cabelo, tantas folhas e musgo. Saio do chuveiro deixando uma pruma cheirosa de misturas de sabões. Lillythe está pondo as lentes de contado, ela já está maquiada, até parece humana, nossa essa cobertura é total mesmo!
Depois de devidamente disfarçadas, saímos da cabana, Bryan está com Scorpion, ele me prometeu que iria o manter longe de confusão, eu sei que ele nunca faria nada para irritar Lillythe, ele a teme mais que tudo no mundo.

Os últimos raios de Sol somem e acho que se me esforçar poderia ver a Aurora Astral daqui, nossa como eu amo a Austrália! Nós pegamos a moto, ainda bem meus novos sapatos são lindos demais para se estragarem! Eles precisam de uma noite de glória! E eu de sexo! Embora já tenha perdido o interesse com os humanos, eles não valem a pena para isso.
Lillythe para a moto no estacionamento, ela paga ao funcionário que não faz perguntas, deve estar hipnotizado com nossa beleza. Ela paga a ele à noite inteira, isso é estranho!
Quando chegamos ao nosso destino é uma boate, o cheiro de sexo e álcool é forte, parece até um afrodisíaco forte, com se o próprio ar fosse um afrodisíaco, um poderoso remédio afrodisíaco.
Lillythe me convida, ao centro, os funcionários parecem nem se importar que paressemos menores de idade, mais pessoas hipnotizadas. No centro da boate havia vários canos de polidance, gaiolas e um tipo de cachoeira, era tão exótico a decoração, algumas pessoas estavam mascaradas dançando sensualmente, outras se espregavam umas as outras, era com se todos estivessem exitados, o cheiro das bebidas que viam do bar confundia meu olfato. Parecia o local mais exitante da Terra.
Lillythe subiu no palco do centro e começou a dançar no cano com suas calçar jeans apertadas, sua blusa social e camisa por debaixo, botas de cano longo salto agulha, todos pretos, ela era a própria imagem de Afrodite, se Afrodite fosse loira. Ela dança mexendo cada músculos de seu corpo e ao ver que os outros que viam sua performance estavam inebriados com sua corografia ela sorria com uma alegria genuína.
– Está esperando o quê Mele? Venha dançar.
Aquilo me pegou desprevenida, Lillythe sempre foi audaciosa, mas é fácil para ela! Ela é super poderosa e nunca temeu nada, ninguém pode pará-la se ela quiser algo. Eu sou outra estória, a menina que minha mãe criou se vestindo de menino renasce dentro de mim, toda a coragem me abandona, minha timidez não me permite dizer uma só palavra só quero ir embora e me encolher numa cova até o próximo século, quando todos aqui certamente estarão mortos.
E enquanto estou distraida com meus próprios pensamentos, Lillythe me puxa para si, ela está com uma máscara e me manda dançar, eu até tanto protestar e ela me conta seu plano, de eu ir dançar numa das gaiolas, me nego ainda mais. Ela então sussurra nos meus ouvidos.
– Anda, Mele! Só se vive uma vez! Mesmo tendo uma vida eterna é a única vida que temos! Agora vai se divertir. Que vença a melhor hipnotizadora.
Ela me deixa na gaiola com a máscara e volta ao seu balco, um homem muito bonito para um humano começa a fazer gracinha com ela, e ela passa a língua pelo peitoral esculpido dele, acho que hoje a cabeça do Scorpion mais explodir de tanto chifre, acho que é o quê se acontece quando não amamos nossos parceiros.
Eu começo a dançar, começo fingindo que sou outra pessoa, penso nos festivais de minha terra natal, das danças das ninfas, e eu tranco a porta da gaiola e quando faço isso pequenas gotas de água chovem em mim e eu continuo a dançar e observo que as pessoas a minha volta estão se inebriado com a minha presença. Tá talvez Lillythe esteja certa! é divertido. Eu a olho e ela está dançando com cinco caras no meio da pista, numa dança tão sensual que alguns membros do público estão suando só de ver, e ela não perde uma oportunidade de passar a língua num, eles até parecem ter ensaiado tudo, uma coreografia perfeita!
E então ela vai até a fonte e se molha e os cara pega ela e ela está tão perto dele que posso ver algo se elevanto na sua calça, e o segundo a rouba de seus braços, os cinco começam a dançar ainda mais agarrados e fazerem uma disputa com ela, ela lambe um e beija outro… Ah! Isso é tão injusto! Porque ela pega os bailarinos sexies e eu fico na gaiola, mais eu olho em volta de mim e vejo vários caras olhando para os meus seios. Ah não! Isso é tão embaraçoso!
Espera aí um minuto! Eu sou uma mulher linda, sensual e imortal, sou poderosa e quem são esses humanos comparados a mim? Nada! Como Lillythe me disse: só se vive uma vez.
Eu me encho de coragem e começo minha dança, me seguro na grande, me penduro e uso elas para criar uma bela coreografia, todos parecem ficar a minha volta, já há tantos que parecem não haver mais espaço, a chuva não pára, e isso parece enlouquecer ainda mais meus espectadores, acho que vi cinco calça volumosas, quantos Lillythe tem? Ah, agora eu quero ganhar a disputa.
A música muda e começa a cantar Havana da Camilla Cabello, posso ser velha! Mas eu entendo de música! E essa é perfeita para minha coreografia, eu recomeço meus passos e saio da minha gaiola escolho o mais bonito, ele tem um cheiro forte de limão, acho que Lillythe teria uma teoria sobre isso. Esquece! Se concentra em ganhar! A noite é uma criança e só se vive uma vez! Eu danço com ele e ele parece lentamente aprendendo a dançar, ele começa tímido mais logo se solta e quando percebo ele já está ofegante, seu cheiro é tão forte que agradeço o apetite de Lillythe me obrigar a comer tanto semana passa, ainda assim eu quero mordê-lo. Se concentra Mele! Tenho 3300 anos! Eu tenho 3300! Eu não sou uma recém-criada! Eu não vou ceder ao instinto. Mas se ele me procurar na rua eu enfio os dentes. Eu continuo dançando com ele até ele pedir para descansar.
Lillythe vem a mim, ela está úmida e com o cheiro de vinte machos humanos misturados ao seu, ela começa a dançar comigo.
– Então Mele quantos foram?
– Quantos foram o quê?
– Suas vítimas? – diz e pisca para mim.
Eu tento pensar, mas a verdade é que nem contabilizei, não faço a menor ideia de quantos foram, principalmente quando sei que devia subitrai os de Lillythe, e eu não prestei atenção em quantos estavam me olhando e não a ela, ela gargalhar.
– Tudo bem! Voltamos semana que vem.
O quê? Eu não posso passar por isso de novo!Eu não tenho coragem! Já gastei toda ela hoje. Mas reúno todas as minhas forças para contar a Lillythe sobre o cara com cheiro de limão.
– Aonde, Mele?
Eu aponto para aonde ele está e curiosamente ele está lá, me observando hipnotizado e cansado. Ela se aproxima do meu ouvido e sussurra.
– Se ele nos acompanhar até o acampamento por vontade própria eu o transformo.
A ideia de ela enfiar seus dentes no meu Adonis particular me desagrada, eu não sei porque, mas não quero que ninguém enfie as presas nele… só eu.
– Tu podes fazer – Ela me responde, pela cara que faz: ela acha que eu tô com ciúmes.
E assim ela se próxima do meu Adonis, quando ela o convida ele fica tão envergonhado que chega a ficar vermelho de vergonha. Tão vermelho como um tomate, ele evita os meus olhos, Lillythe diz a ele que ele não precisa aceitar hoje que voltaremos semana que vem no mesmo horário, na mesma hora ele sorrir de orelha a orelha. Só espero que Lillythe não enfie suas presas infiéis no meu Adonis. Quando já estamos no estacionamento ela me pergunta qual era o nome. Droga! Não perguntei. Só vou saber semana que vem.

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