Qual aresta devo aparar primeiro? Bryan? Ellaija? Scorpion? Os Getas? A humanidade do bichinho com cheiro de limão de Mele? Uhm... acho que essa é mais interessante. Enrolo Hunter sobre Bryan. O quê eu devo dizer? Eu não posso perdê-lo. Preciso dele! Preciso que ele me ajude a pôr fim em Bryan! Antes que ele mate todo a população decente da Austrália.
- Bryan?
- My Lady...
- Aonde ele está?
Hunter se concentra, pensando em Bryan, preciso que ele veja o quê Bryan vê.
- Está em casa com Mele e Éliot.
- Isso é bom por um lado, ruim por outro. Já deve ter notado que nossa Mele se afeiçoou demais a Bryan, ela insiste em negar que Bryan não é um problema quando ele na verdade é, estamos sobre ameaça de um inimigo desconhecido porque Bryan é uma ameaça ao nosso povo, sua indisplicência é cada vez mais latente, ele é um perigo para a própria taxa de natalidade, se ele continuar com seus hábitos e sua pirraça ele pode pôr a população desse país as taxas mínimas, sua sede anarquista põe tudo que construimos, tudo pelo quê lutamos, tudo em cheque. Sua indisplicência é uma ameaça a Nós.
- Milade... estás a dizer que...
Mexo uma sombrancelha, ele sabe a resposta, ainda assim...
- Sim... já perdurou tempo de mais... É por isso que preciso do humano, ele precisa ser o elo forte de Mele para ela sobreviver a isso.
- Entendo... mas os outros?
- Scorpion! Ellaija! Quero que fique de olhos nos dois, em especial Ellaija. Acho que teremos que o pôr fim logo, embora não tenha como provar ele andou fazendo algo, algo que não é para nós sabermos, e assim que eu conseguir as provas eu irei executá-lo. Ele certamente voltou ao mal hábito, é por isso que preciso de Mele focada.
- Para ela...
- Sim! Como deve ser!
Estou astornada em meus pensamentos, tentando calcular em qual parte Hunter poderia se incluir, o quanto eu deveria incluí-lo, se devia, quando alguém abre a porta, Coin, um dos funcionários, o cara literalmente se chama moeda, sempre me questiono se seus pais são doentes mentais, dar o nome do filho de um dos fins do metal, eu que achava engraçado os nomes dos escravos da cidade vizinha. Coin está exasperado.
- O quê quer? - pergunto num tom monótono, levemente raivoso.
- Chefe, o eletricista não pode vir.
- Como assim Coin? - Eu o encaro, Hunter notas as notas de confusão e curiosidade.
- O filho, o filho do eletricista, o filho do homem foi encontrado morto, boiando no costas com os olhos carcomidos por pássaros, o corpo estava nú, o namorado do filho continua desaparecido.
Eu olho para Hunter, um corpo nú, sem roupas, isso não pode ser coincidência! Não acredito em coincidências! Suponho que as roupas de Ellaija não ser as que comprei para ele e esses dois gays que tenho certeza não foram mortos naturalmente, não são de forma alguma coincidência, são obra de Ellaija. Tenho quase o motivo!
- Coin, veja o que pode fazer pela boate, talvez não poderemos abrir hoje, em todo caso mande Kassedee fazer um cartaz e deixar na porta.
- O quê deverá está escrito, Chefe?
- A verdade! Se conseguirmos abrir hoje diga a ela que ponha: "luto vida perdida dos jovens gays" ou se fechamos hoje ponha que: "é em razão de forças maiores que o nosso controle" - Sinto Hunter dar uma risadinha, ainda bem que humanos são um pouco surdos, eu por outro lado estou irada, como não prévi isso? - E Coin, mande comprar uma grande coroa de flores para a família em nome da boate.
Coin sai, ele sabe que eu não tenho a idade que aparento, mas é esperto demais para tentar descobrir o porquê. Garoto inteligente, se não fosse um pai de família eu mesma o teria convertido, porém um pai de família, uma família bem estrutura é o alicerce de toda boa civilização, não posso sair por aí destruindo os decentes! Se não a escória irá se procriar. Quando Coin está suficientemente longe para sua surdez humana não nos ouvir eu me viro para Hunter. Ah, Ellaija, minha paciência está se esgotando tão rápido.
- O quê faremos a respeito?
Hunter me olha por um tempo, sem entender o quê.
- Sobre qual deles?
- Ellaija, a roupa que saiu... qual era?
Hunter se concentra por um tempo, finalmente entende minha linha de raciocínio.
- Não era a mesma que voltou, na verdade as calças pareciam mais compridas que de costume, Mariette sempre costura as bainhas para deixá-las elegantes, aquela não passou por suas mãos, sua jaqueta de couro paraceia gasta, mas não gasta como a de um vampiro, e ele tinha uma blusa um pouco...
- Gay demias para o gosto de Ellaija?
Hunter leva segundos para entender, ele arregala os olhos, sei que ele compreendeu, também chegou a mesma conclusão, Ellaija matou os pobres gays, pegou as roupas e não os deu um destino adequado, deixou sua bagunça para assustar a população, isso põe em cheque tudo que construimos aqui, tudo que acreditamos, o equilíbrio entre Nós e Eles. Isso não vai ficar assim. Preciso saber qual roupa o gays estavam e terei a prova que preciso para matá-lo, isso se ele não deixou uma bagunça ainda maior.
- Hunter acho que já é hora de voltarmos, veja o que Ellaija está fazendo.
Pego minha bolsa e saimos do prédio. Deixo Coin e os outros cuidando das coisas e digo que preciso passar num lugar para cuidar de uma papelada. Eu saio, anciosa para saber mais, para ter a prova que preciso, para executá-lo, o plano precisa ser prefeito! Não posso me dar ao luxo de sair como a vilã! Não com inimigo desconhecido se movendo pelas sombras da minha visão.
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Alvorecer
FanfictionATENÇÃO: O conteúdo a seguir é contra indicado a menores de 16 por ter linguagem imprópria, insinuação sexual e violência. Lillythe esteve toda sua existência a procura de seus pais, sua origem, jamais encontrou. Sua fúria e o desejo incontrolável d...