3 Alec

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Faz algum tempo que não somos mandos só para espionar, Jane como sempre é a líder da missão, eu brinco com ela que talvez tenhamos que pegar vôo comercial e usar branco, ela me olha de cara feia e ameaça usar seu poder em mim, a ameaço de volta e ficamos nesse empasse até Dimitri nos dizer que o avião já está sendo aprontado e que o carro irá chegar em alguns minutos. Ah que pena, provocar Jane é a minha diversão favorita, depois de brincar com a comida é claro!
A Mercedes chega e entramos um a um, Jane como sempre é a última. Até nisso ela tem que ser a última. Ela escolhe a música, Pavarotti, eu fico fazendo piadas com seu gosto musical e ela fica me olhando irritada, os outros não dão um pio, sei que eles tem medo de minha irmã.
O vôo é mais tranquilo e minha irmã me deixa assistir a televisão, agora o jatinho tem televisão a bordo, isso é menos chato. Escolho um canal de notícias australiano, nada parece diferente, os mesmos acontecimentos de sempre, crimes e desastres naturais, até que algo me chama a atenção, está falando de um ataque na costa da Tasmânia, um grupo de quinze pessoas que continua desaparecidas, nem mesmo suas roupas foram achadas, uma testemunha disse que o líder do grupo ouviu um choro de criança vindo de dentro duma cabana, a cabana em questão estava com as vigas do chão faltando. Eu olho para Félix.
- Alguma ideia do que pode ser?
Ele me olha de volta genuinamente confuso, nem mesmo os séculos a mais que ele tem parecem ajudar agora. Olho para Dimitri.
- Talvez ela tenha um poder de apagar seus rastros. - Afton supõe.
- Ela? - Pergunto confuso.
Jane se vira para encará-lo, sei que ela só está com medo de que outra se torne a favorita do Aro, ciúmes.
- Não comece a especular Afton. Fomos enviados para checar os fatos e chegaremos cada um deles com precisão. - Corrige minha irmã.

Ao chegar no aeroporto internacional de Hobart (Tasmânia, Australia), somos recebidos com guarda-sóis e acompanhados para o carro, a tripulação fica para fazer a checagem da aeronave.
Vamos para uma residência afastada até o Sol se pôr.

Quando os últimos raios dourados somem no Céu, sei que é hora de trabalhar, vamos a praia da reportagem, mas está muito cheia, mesmo com os polícias isolando a região, muitas pessoas ainda querem saber do ocorrido, então usamos o talento de Afton para passarmos desapercebidos.
Ao entrar na cabana, fica claro que não foi ataque de nem um animal como os humanos supõe, posso sentir o cheiro: três vampiros: duas fêmeas e uma macho, não uma filhote. Pergunto a Dimitri se consegue rastrear, minha irmã briga comigo na frente dele, que a missão é sua e me manda não me meter.
Ela manda Dimitri tentar rastrear os três. Ah, foi exatamente o que eu disse!

Dimitri rastrea até Queensland, na Austrália continental, íamos muito bem, até ele nos informar que sentiu o cheiro de pelo menos vinte outros vampiros, Jane acha mais prudente ligar para Aro e informá-lo da situação. Aro nos manda recolher um informante e retornamos com ele/ela para a Itália.

Após uma semana sem sucesso, Jane decide criar uma armadilha e conseguimos pegar um, era novo quando se converteu, não parece ter mais que vinte anos. Durante todo o vôo tenho que usar meu poder constantemente para controlá-lo. Ao chegar em casa o levamos direito para Aro. Ele parece ter ficado fascinado com algo que viu, mas mesmo assim mandou Dimitri e Félix se livrarem do informante. Jane está no apse de seu ciúmes, a única vez que a vi ficar tão enciumada foi quando fomos a missão punitiva de Folks, ela ainda tem raiva de ouvir sobre a menção do nome de um dos Cullen.

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