Alvorecer

25 Renesmee

Ontem eu tive uma longa discussão com Tia Alice e Tia Rose, elas sismaram de achar que eu estou sendo manipulada. Posso não ter uma mente vedada como mamãe, mas não sou ingênua! Eu já sou crescida, uma vampira adulta! Ou quase isso. Porém adulta! Não sou mais criança! Sou dona do meu próprio nariz, como vovô Charlie diz, posso fazer minhas próprias escolhas e eu escolhi ajudar os como eu que não são nem vampiros, nem humanos, eu escolhi acreditar que Aro me disse a verdade quando me falou de outros híbridos. Todavia minhas tias insistem que estou sendo enganada, acho meio difícil, como poderia? Está aquém dos talentos dos Volturi brotarem Híbridos dos chão. Como eles poderiam mentir sobre isso. Tia Rose disse que eles estão conseguindo o quê querem comigo. As questionei sobre o quê seria, mas nem uma de minhas tias sabem. Estou agora indo perguntar a vovó e vovô, quero ouvir a versão deles dos fatos, vovô é um vampiro antigo é o que tem mais conhecimento nesta casa, ele deve ter pelo menos alguma teoria. Bato na porta, tomando cuidado para não danificá-la.
- Entra. - Minha avó diz.
Eu entro lenta, não quero outra discussão. Abaixo minha cabeça.
- É que eu queria saber...
- O quê pensamos sobre sua opinião acerca dos híbridos da Austrália? - Vovô pergunta me olhando, eu levanto meu rosto lenta. - imaginei que viria alguma hora, querida. - Vovô sempre astudo.
- Sim. Eu...
- Roselie me contou de vossa discussão ontem. - Vovó fala me olhando com seus meigos olhos.
- Tia Rose contou? - abaixo a cabeça de novo me sentindo envergonhada. Eu sabia que uma hora todos sabem de tudo nesta casa, mesmo não tendo a telepatia coletiva dos lobos como Tio Jake, nem o talento do papai, todos sempre vão saber de tudo mais cedo ou mais tarde, é a desvantagem de ter uma família imortal. Pena não poder perguntar a vovô Charlie sua opinião sobre isso.
- O querida, não fique envergonhada. - Diz vovó pondo sua mão em meu rosto para levantá-lo. - Somos uma família e as famílias ficam unidas nos bons e maus momentos. - vovó me puxa para um abraço, me aconchego, vovó tem um cheiro tão bom, parece torta de maçã. Vovô Charlie diz que avós sempre fazem torta de maçã, então minha vovó Esmee tem cheiro de vovó?
- Não querendo ser insensível queridas, mas eu terei que trabalhar em duas horas então... -Vovô me chama atenção.
- Ah, sim. Eu estava querendo saber, se o vovô que conheceu Aro pessoalmente acha que ele realmente tem uma armadilha preparada para mim? - pergunto olhando nos olhos dourados de vovô.
- Bom, querida Renesmee, eu fiquei só algumas décadas com os Volturi, como já deve saber, porém não me atrevo a dizer que conheço Aro. Conhecer alguém é mais complexo que isso. Só que pelo que posso dizer de nossa convivência é que os Volturi e eu tinham opiniões muito diferentes sobre nossa dieta, sobre a humanidade... - ele faz uma pausa para verificar se estou prestando atenção. - embora nos damos bem na maior parte do tempo, não posso dizer que nosso relacionamento era sempre bom e sincero. Aro é um vampiro muito astuto, inteligente, sempre um passo a frente de todos, um exímio estrategista, contudo ele gosta de poder, Eleazar e Edward, seu pai, mesmo me lembram há alguns anos. Ele certamente terá um interesse nisso. Todavia não significa que será ruim para nós, nem que seja uma armadilha. - o tom de vovô é controlado e gentil, mas sua opinião sobre o assunto é neutra. Ele não me disse nada que não sei.
- Sim, querido. Mas não acha que deveríamos tomar uma posição? - Vovó o encara, ela parece um pouco zangada?
- Esmee, nos deveríamos decidir isso em família e não fazer suposições numa sala reclusa. - vovô a reprende. Acho que vai virar uma briga. Preciso intervi.
- Bom, eu queria só a sua opinião sincera sobre Aro, não causar uma briga. - digo me desvencilhando do abraço de vovó, olho meio feio para os dois e saio mais triste que quando entrei. Acho que na próxima consultarei tia Leah, ela não faz rodeios, ela diz o que tem que de dizer na cara sem se importar.