40 Mele

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Quando chegamos ao hospital, eu posso sentir a fúria que emana de Helena e Lillythe, eu realmente quero que seja tudo um mal entendido, mas conheço aquele cretino do Ellaija a Tempo de mais, sei que ele aprontou de novo, apesar de Lillythe ter jurado que na próxima ele morreria com muita dor e sofrimento, ele ignorou e fez de novo? Ele é mesmo tão desinteligente e arrogante? Ele é tão poderoso e ao mesmo Tempo não sabe que existimos porque somos discretos? Que a nossa sobrevivência é no anonimato? Assim é melhor para todos, o gado e o predador.
Não conseguimos entrar, então Lillythe convence Helena a ir sozinha. Mesmo assim não conseguimos entrar, está me parecendo um desafio. A família da srtª Durand não quer nem uma visita e eles ficam lá o dia inteiro. Então voltamos ao carro de Helena, um Tesla elétrico, ótimo exemplo de educadora, mas zero em descrição, esse carro não é nada discreto. Lillythe não está pronta para desistir, ela diz que precisa ir a um lugar e que depois nos encontramos no estacionamento do restaurante do fim da rua. O quê diabos ela irá fazer? Ah, se não tivessem câmeras, nós podíamos fazer como no início da Era Segunda Elizabetana (Reinado de Elizabete II). Mas hoje em dia tudo é filmado, principalmente aqui na Austrália, e a polícia pode descobrir de mais, eles andam tão eficientes aqui. E isso não iria acabar bem.

Helena me leva para a biblioteca estadual, aquele lugar é incrível, acho que me apaixonei! Esse livros não são meu Adônis, mas podem me amar incondicionalmente e com benefícios: nunca irão me ferir. Helena por outro lado fica me olhando de 15 em 15 segundos, sério isto? Foi só uma vez!… Tá! talvez duas… ou três… tá! Talvez eu tenha um problema… mas Lillythe disse que os humanos hoje chamam isso de Cleptomania e quê é tratável, infelizmente só para humanos, mas se eu não tivesse esse problema eu não teria meus poderes. Pego 'Crime e Castigo' do Dostoiévski. Muito apropriado! Perfeito. Uso meus poderes para ler até metade, Helena bate nas minhas costas e me aponta as câmeras e os bibliotecários, logo o lugar começa a inchar de estudantes para concursos e universitários sem grana, opa! Acho que estou no segundo grupo. Então eu coordeno meus movimentos para parecerem que estou foliando o livro. Eu termino de ler o livro em alguns minutos, lenta comum uma humana. Eu olho para Helena e ela balança a cabeça: "nem pense nisso", (eu) "ah mas eu ia devolver eu juro", (Helena) "sei! E eu nasci no ano que inventaram o celular". Não me contenho e dou um risinho, Helena fica irada, mas meu castigo logo chega, avisto o chato do Noallan Norbert, ah, como ele é chato! Ele é tão chato que deve dar indigestão. Tão chato que todos vão sentir a falta. Eu pego "Os demônios"  do mesmo escritor. Ele olha o tamanho do livro e me pergunta, quando deixo claro que só vou discutir sobre livros, ele desiste, um senhor bibliotecário vem em nossa direção, eu me afundo no livro, ah esse livro fica melhor em Russo, em Inglês é medíocre. E enquanto estou relendo um livro em Inglês que já li em 7 idiomas, Noallan Norbert está sendo posto em seu lugar. Ah, aquele velho me lembra Lillythe, se ela tivesse chegado a maturidade teria se tornado assim? Nunca saberemos, melhor eu não contar sobre hoje, ela ficará instável se souber, Lillythe odeia ser uma eterna adolescente. Hunter diz que o peso da imortalidade é menor quando se tem um companheiro/a. Para ele é fácil! Ficou só 3 décadas solteiro! E ainda ganhou intimidades com nossa Senhora. Eu por outro lado tenho séculos, milênios, só Lillythe é pior, eu sei que ela possuí pelo menos 3,3 milênios de idade, sei que ela passou esse tempo toda só, embora sempre leve alguém a seu leito, ela não tem companheiro, sei que isso a fere de uma forma que mencionar levará a minha morte, uma dor tão profunda que dói na alma, ser a última dos seus, se a última que sobrou de seu povo, sem saber para onde ir ou voltar, está é a ferida de Lillythe.
Acabo me distraindo por alguns segundos, volto ao meu livro, termino de ler rápido, Helana fica furiosa, tento usar minha cara doce de me desculpa não fiz por mal, mas ela não cai. Então vou pegar outro livro na estante, quando vejo uma cessão: romance, seria romance de formato ou de romântico? Pego um que está recém colocado na estante, ainda está com o cheiro do último usuário, o cheiro é parecido com meu Adônis, alimãozado, mas o de Tetra é mais forte. Eu arriscaria que é um primo-irmão-materno, tipo sanguíneo AB-, farejo, está com falta de ferro e zinco, mas o iodo é alto, talvez tenha fibromialgia. Eu começo a ler. Contudo Helena logo me chama para sair. Já está na hora. Então memorizo o título, Emma de Jane Austen.

A Noite cai, como um manto negro sobre as estrelas luminosas, nós ainda não voltamos para casa. Lillythe está na porta do restaurante com sacolas da Tiffany, pelo cheiro sei que não é comida,  são roupas. Tem cheiro de humanas vintonas. Quando chegamos perto, Lillythe é super formal, seu modo: disfarça aluno, espera um minuto! Ela encontrou alguém da universidade. Ela acena para que ali não, e eu vejo o meu Adônis, está jantando com seus pais, há três outros do seu clã, seus irmãos, e a uma garota, ela parece ter só 17 anos. Ahr… sinto Lillythe me segurar com força, olho para meu antebraço e ela me olha furiosa, sua reprovação é evidente, ela rosna uma ordem e me arrasta para fora da visita de meu lindo mortal. Ei! Espera eu preciso entra naquele restaurante e rastrear o cheiro daquela vadia! Nós nos escondemos atrás da entrada de serviço do hospital, há obras ali, perfeito. Eu visto as roupas são das enfermeiras, Lillythe as conseguiu surbonando três enfermeiras, provavelmente deve ser como ela conseguiu as sacolas, deve ter comprado roupas caras para as moças, tipo aquelas que custam 100 mil dólares. Pelo pescoço de Ellaija, talvez tenha gastado 0,5 milhão com gosto. Se tivéssemos na Roma Antiga eu botaria Ellaija no elefante de bronze como fizeram com meu irmão, executado por ter relações sexuais com uma nobre. Ellaija deveria ser enucado.
Depois de nos disfarçarmos de enfermeiras sexies, nos estamos e as enfermeiras estão no banheiro, Lillythe diz que temos uma hora e que devemos voltar ao banheiro. A enfermeira mais alta diz que é no último andar e que tomassemos cuidado, parece que os humanos a puseram de quarentena. Eles acham que é algo perigoso. De fato estão certos. Se é o quê pensamos, é extremamente perigoso se nas circunstâncias erradas.

Ao chegarmos no leito vemos uma mulher alta, atlética, cheia de acessos e suportes. Uma grande protuberância em seu ventre. Apesar de parecer bem, vejo que os humanos estão muito ocupados tentando deixá-la viva. Lillythe se aproxima e cheira profundamente sua barriga, sua expressão é dura, ela vai matar. Depois Helena e eu. É definitivo, são cinco filhos de Ellaija, a barriga não deixa dúvidas. Espero que os fetos não estejam grandes o suficiente para se mover ou estaremos todos em apuros. Saímos imediatamente, um médico fica interessado em Lillythe, mas Helena usa seus talentos. Saímos humanamente rápido, chegamos ao banheiro aonde devolvemos as roupas. As mulheres perguntam se conseguimos o quê queríamos, nós voltamos em menos de meia hora. Lillythe inventa que só queríamos visitar uma amiga. Elas acreditam, deve ser o tempo.

Hoje haverá dor, sofrimento, Morte. Execução.

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