~ Capítulo: 72 ~

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Marcia: Quer entrar e tentar ligar pra ele?

May: Não precisa, ligo do meu celular. -sorriu pegando o celular do bolso.

Marcia: Não quer entrar mesmo assim? Pode sentar e eu pego algo pra você beber.

May: -sorriu- Ok. -entrou.

Marcia foi pra cozinha e May discou o número de Chris. Chamou algumas vezes logo ele atendeu.

Chris: Que foi Maite?

May: Precisa ser tão grosso?

Chris: -suspirou- Fala logo que não estou com muita paciência. -não queria ser grosso.

May: Quero saber onde você está, quero conversar.

Chris: Estou em casa. -curto e grosso- Mas não quero que venha aqui, não estou a fim de conversar. Não hoje.

May: Aonde você está? -incrédula, como podia mentir assim?-

Chris: Na minha casa por que?

May: Nada não. Ok, não vou mais te perturbar. -desligou o celular e bufou irritada- Mentiroso. -disse irritada quase gritando.

Marcia: -chegando com um copo de suco em cada mão e entregou um a May- Quem é mentiroso?

May: O Christian. Liguei pra ele e me disse que está em casa. -pegou o copo da mão dela e agradeceu.

Marcia: Por que será que ele mentiu?

May: Boa coisa não deve ser. -chateada.

• Com Chris.

Sim mentira, novamente, pra May. E sim, tinha plena consciência disso. Não fizera por estar nervoso, nem por estar de cabeça quente e não poder pensar direito. Fizera por ela.

Sim por ela. Sabia que se conversassem agora brigariam mais do que antes e isso não seria bom. Sempre que ficava irritado demais quebrava, socava, jogava ou fazia algo com algo, ou até alguém e não queria ficar tão irritado a ponto de machuca-la. Sabia que se conversassem chegariam a esse ponto.

Não, não precisava ter mentido e ele tinha consciência de que ela iria até sua casa e descobriria que não estaria lá. Mentira sabendo que ela descobriria. Só não queria contar onde estava porque sabia que ela iria atrás, e no momento o que mais queria era ficar sozinho e relaxar.

Estava encostado na árvore em baixo da casinha, no parque. Observava tudo, não se sentia bem ali. Sempre se lembrava da mãe. Mas se lembrasse da mãe esqueceria May e sabia que esse era o único jeito.

Ficou praticamente o resto do dia ali, naquela mesma posição. Pensando em sua mãe. Na verdade, May também ocupava seu pensamento, em cinquenta por cento.

Quando já era noite, Chris levantou debaixo daquela árvore. Foi para o carro e ficou lá parado por um tempo apenas sentado no carro com a mão no volante. Pegou o celular do bolso e discou o número de May depois de consultar o relógio para ver se não era muito tarde.

May: Que foi?

Chris: Posso ir na sua casa?

May: Pra que?

Chris: Pra conversarmos, não era isso que queria?

May: Não, não mais. Pode conversar com quem está ai do seu lado. Sei lá se é um homem ou uma mulher. Só me deixa em paz. -desligou.

Opostos | CHAVERRONI | 2º TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora