Dois dias já se passaram e até que o episódio do hospital não me atormentou até então. Amberly está no banho e eu deitada olhando o teto.
Flashback
— Vamos, Mel. – papai diz — De novo.
— Pai, eu não consigo. – resmungo. — Já foram seis vezes que a bola foi pra minha cara porque você não tem pontaria.
Deu na ideia louca do meu pai ensinar o esporte que ele mais gosta: beisebol. Mas, sou uma menina 13 anos braços magrelos e quem me olha, acha que sou desnutrida.
— Você é muito mole – ele ri e franzo a testa.
— Vou te mostrar quem é o mole, coroa.
Preparo a posição com o taco de beisebol pra esperar a jogada do meu pai, mas ela não acontece.
— Pai? – vou até ele enquanto está tossindo com a mão na barriga. — O senhor tá bem?
— Lincoln. – mamãe também vem — Eu disse que não era uma boa ideia, querido.
— Eu estou bem, garotas.
Papai é teimoso. Desde quando descobriu o câncer ele não para quieto. O médico disse pra ele não fazer tanto esforço, principalmente agora no começo do tratamento, mas o coroa não escuta.
— É melhor irmos pra casa. – digo.
— Isso, vamos – Mamãe diz — Aproveitar e passar na farmácia pra comprar o remédio.
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Nossa renda diminuiu bastante depois que papai parou de trabalhar. Minha mãe não ganha o suficiente pra pagar os remédios e a quimioterapia, tanto é que não conseguimos comprar o remédio dele. Se pagamos os remédios e a quimio, ficamos sem pagar as contas de casa e comprar comida.
— Eu vou arrumar um emprego. – digo.
— Querida, não precisa. – mamãe diz.
— Claro que precisa. – digo — Eu tenho que ajudar. Papai não pode ficar sem comer direito e nem sem os remédios. – eles se olham — E se cortarem nossa luz e água ai sim vai ficar bom. Eu sei fazer muita coisa, posso ser até garçonete.
— Querida, eles não aceitam menores de 16 anos pra trabalhar. – papai diz.
— Eu os convenço. – digo. — Por favor, me deixa tentar. Não posso ficar parada sem fazer nada por vocês.
Flashback
Fiquei parada em pensamentos e só parei quando percebi Amberly passar por mim de cabelo molhado indo pra sala.
Passados alguns minutos, um oficial de justiça veio até nosso apartamento entregar uma intimação para que Amberly fosse testemunha do meu caso junto com Peter que, aliás, entra no meu apartamento seguido de Tyler e Matt. Tyler irá depor como culpado também levando em conta que quase todos os nossos crimes cometemos juntos.
— Mesmo se Amelie e Tyler forem condenados, vocês dois vão ter sua liberdade. – Matt diz a Amberly.
— Não vão ser. – Amberly diz, já jogando os cachorros em cima.
— Vai depender do júri. Eu só vou ajudar, mas a sentença final é deles e o juiz determina a pena. – Matt responde calmamente e Amberly se aproxima com um sorriso falso.
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SURVIVE - 2 TEMPORADA (CONCLUÍDO)
Fanfiction𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎𝐒 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒 𝐃𝐄𝐒𝐓𝐀 𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐄𝐒𝐓Ã𝐎 𝐑𝐄𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀𝐃𝐎𝐒. 𝐏𝐋Á𝐆𝐈𝐎 É 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄! 𝖠𝗀𝗈𝗋𝖺, 𝗇𝖾𝗌𝗌𝖺 𝗌𝖾𝗀𝗎𝗇𝖽𝖺 𝗍𝖾𝗆𝗉𝗈𝗋𝖺𝖽𝖺, 𝖼𝗈𝗆 𝖺 𝗃𝗎𝗌𝗍𝗂ç𝖺 𝗉𝖾𝗌𝖺𝗇𝖽𝗈 𝖾𝗆 𝗌𝗎𝖺𝗌 𝖼𝗈𝗌𝗍𝖺𝗌, 𝖠𝗆𝖾𝗅𝗂𝖾...