Epílogo

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Um mês depois

Hoje está fazendo um mês que Joe se foi e me livrei dos dois idiotas, Mateo e Guimarães. Pela primeira vez em anos senti uma verdadeira paz porque meu irmão nunca mais encostaria um dedo em mim, graças a Tyler.

O homem que deixamos vivo descobrimos se chamar Victor. Ele não foi de grande ajuda. Não conseguimos tirar nada valioso da sua boca. Descobrimos apenas que o local de comando da organização muda a cada uma semana, nesse meio tempo, eles camuflam todas as possíveis linhas de comunicação para o satélite não os rastrear. No fim acabou que Victor morreu com um tiro na testa disparado por mim.

Mesmo não tendo sucesso com Victor não desistimos. Ainda estamos buscando o que quer que seja. Mais cedo ou mais tarde vamos descobrir alguma coisa e tentaremos dar um fim de uma vez por todas.

Guardei todos os arquivos da organização no escritório de Matt. Ele disse que seu sócio é confiável então deixariam os documentos seguros. A única coisa que deixei em minhas mãos foi o diário de Leonard, que não irei descartar por um bom tempo.

Daya ainda não voltou a falar comigo. Sempre que precisa de algo recorre a Peter, Tyler ou Amberly, mas nunca a mim. Ela tem passado mais tempo no abrigo, indo depois da escola três vezes por semana. Brinca com outras crianças, ajuda Débora e depois pede pra vir pra casa.

Uma semana depois da morte de Joe fomos chamados no cartório para a leitura do testamento. Fiquei com a casa de campo de Joe como ele tinha definido. Daya quer passar as férias de verão então é pra lá que vamos quando as aulas dela acabarem.

Amberly ainda ficou com a gente. Ela tem me ajudado com algumas coisas, não pude fazer muito por causa da perna nos primeiros dias. Mas agora voltei a andar, devagar, mas voltei. Recuperamos um pouco do tempo perdido antes dela voltar. Que por sinal faz poucos dias, mas já estou sentindo falta, mesmo dizendo que vai vir daqui dois dias pra ficar um pouco. Acabo me sentindo sozinha com Daya fora o dia todo, Peter trabalhando.

Tyler pediu pra deixarem com que ele se mudasse, o juiz concedeu. Então se mudou para Nova Jersey pra começar uma vida nova. Lá ele vai continuar a condicional.

Ainda continuo a procura de um emprego. Por isso, Matt disse que conversaria com seu sócio sobre a possibilidade de eu os ajudar no escritório como secretária. Seria uma terapia pra mim na verdade.

Minha rotina agora se resume em limpar a casa, fazer a comida que aprendi depois de tempos, assistir TV, ler um pouco e meditar. Minha terapeuta disse que devia aprender a respirar fundo, meditar e espantar pensamentos negativos. É isso que tenho feito. Não ajudam 100%, mas é melhor do que nada.

Termino de lavar a roupa e as dobro colocando no guarda-roupa de Daya. Como terminei minhas tarefas, pego o diário de Leonard e começo a folhear as páginas sentada no sofá com uma xícara de chá.

"Ao contrário do que pensei, Amelie tem se mostrado ótima nos treinamentos. Tyler a treina bem e é esperta o suficiente pra pegar todos os movimentos com perfeição. No começo fiquei com receio de colocá-la num ringue pra lutar, mas ela fez isso com maestria. Devo admitir que nas primeiras semanas que a vi treinando senti um certo afeto por ela, passageiro no entanto. Amelie sempre será nossa cobaia, nossa combatente, nossa soldada. E ninguém irá mudar isso, nem ela mesma".

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Bom, chegamos ao final de mais uma temporada. Mas a história da Amelie não acaba por aqui. Ainda vai haver muitas reviravoltas e por isso mesmo haverá a terceira temporada que está em produção.

Quero agradecer vocês por terem acompanhado até aqui. Não percam as notificações, quando menos esperarem, a continuação da nossa Amelie será postada.

SURVIVE - 2 TEMPORADA (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora