Capítulo 13: Fantoche nunca mais!

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Já era noite quando eu acordei novamente já num dos quartos do abrigo e com os ferimentos limpos. Amberly tentou me ajudar a lembrar de algumas coisas que talvez ajudariam, a saber, quem eram as pessoas que me raptaram no cemitério. Mas tudo não passava de lembranças apagadas, borrões.

Devia ser mais a perca de sangue que me deixou fraca, me sinto revigorada novamente e só quero tentar esquecer de vez agora. Preciso me focar no tribunal já que é uma das poucas chances de não ser condenada na pena de morte.

- Como você pode deixar o Mateo escapar, Ty? - pergunto na chamada de vídeo.

- Mel, eu não sabia. Deixei o galpão trancado como sempre - Tyler responde e faz uma pausa - Estávamos tão distraídos com o julgamento que nos esquecemos dele completamente.

- Esse não é o pior. - respondo - Agora a coisa tá ficando séria, Ty. Ele revirou o apartamento da Amberly e por sorte a Daya não estava lá. Ele teria levado ela. - me levanto da cama devagar e começo a andar em círculos com a mão na cintura. - Tenho que me preocupar com isso agora também.

- Já pensou na possibilidade dele ir ao tribunal e exigir a guarda dela?

- Ele não seria tão tosco - digo - O tribunal todo sabe do histórico dele. Se o juiz desse a guarda só provaria que aquele lugar não presta.

- Ou talvez ele não queira a guarda da Daya - Tyler diz e me viro pra olhá-lo - Vingança, Mel. Talvez não seja a guarda dela, talvez o motivo não seja ela. Mas você. Mateo mata a sangue frio, se não fosse por Leonard, ele já teria acabado com você há muito tempo. Lembra daquela vez que Leonard ficou fora do país por uma semana por causa dos negócios e Mateo ficou no comando?

- Eu parei na enfermaria por duas semanas por causa de um tiro de espingarda que ele me deu.

- E depois ele contou a Leonard que foi uma missão mal sucedida. Abre o olho, Mel. A guarda da Daya é pouco dos problemas pra vocês dois. É a sua cabeça que ele quer. - Tyler passa a mão nos cabelos - Talvez possa até ser ele que mandou seu sequestro hoje. Pessoas raivosas por você estar saindo bem no tribunal, talvez. Mas nenhum cidadão comum armaria um plano desses, muito menos um plano que envolva reproduzir a voz do seu pai. E se foi ele, pode ter certeza que teve ajuda e ai sim, essa ajuda pode ter sido de alguém nervoso.

Acatei um dos conselhos de Tyler, avisei ao Matt sobre a invasão e sobre o sequestro. Seriam mais provas que talvez sejam boas a meu favor e um pontapé pra finalmente Mateo ficar no meu lugar no banco do réu.

(**-**)

- Excelência, antes de começarmos a seção hoje gostaria de uma declaração. - Matt toma a frente e o juiz apenas balança a cabeça - Há duas noites, a casa da minha cliente foi invadida. - Matt pega um plástico de provas com o bilhete de Mateo dentro dele e entrega ao juiz. - Segundo minha cliente, essa é a caligrafia do senhor Mateo Parker.

- Vamos deixar como prova. - o juiz diz.

- Outra coisa. Ontem Amelie sofreu um sequestro. - Matt diz e o júri me olha - Ela foi liberada logo depois de a terem torturado. Suspeita-se que Mateo esteja envolvido, mas ele teve ajuda. - Matt se vira para as pessoas atrás de mim.

- O que quer insinuar, doutor Murdock?

- Desculpe excelência. Mas seria normal duvidar até mesmo das pessoas que estão aqui. - Matt diz e a conversa começa na sala.

- Ordem - o juiz bate o martelo - Estou ouvindo doutor.

- Obrigado. - Matt continua. - A organização de Leonard aqui em Nova York foi praticamente extinta. Os capangas que sobraram estão foragidos nos outros países e mesmo que eles talvez sejam a ajuda que Mateo teve o senhor ouviu claramente as ameaças das pessoas lá fora e aqui na sala principalmente. - ele se vira novamente para as pessoas - Eu entendo que vocês estão com raiva, mas se alguém aqui dentro teve algo haver com isso é melhor que fale. Não queremos que nada como isso atrapalhe a investigação.

SURVIVE - 2 TEMPORADA (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora