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—— Estragou o clima

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—— Estragou o clima. Por que está me levando embora da festa?

—— Porque você está muito bêbada e não vai querer fazer algo que vai se arrepender. —— respondi enquanto ajudava ela a subir as escadas devagar.

—— Mas 'tava tão legal.

—— É por isso que eu não bebo.

—— Problema seu, Bay Mailey. Olha, inventei um apelido para você. —— riu.

—— Eu vou te levar para o meu dormitório porque a Heyoon não fez questão de dar o número do seu quarto. Mas prometo que não vou fazer nada se você não quiser.

Abro a porta do quarto devagar e entramos. Coloco ela na cama e tiro seu salto.

—— Eu vou te dar um copo de água. Sabe se comeu alguma coisa na festa? Ou quantos copos bebeu?

—— Que isso? Parece meu pai falando comigo. —— reclamou —— Eu devo ter comido algum salgadinho lá, mas eu não lembro quantos copos eu bebi.

—— O que você está sentindo?

—— Ir em festa é a pior coisa que eu posso fazer. Eu odeio festa. Meu Deus, por que eu fui topar ir nessa porra? Eu sou tão idiota.

—— Você não é idiota. Só tomou uma decisão ruim. —— falo —— O que você está sentindo, Sav?

—— Eu não sei. Acho que vou vomitar.

—— Calma. Calma. —— tiro ela da cama —— Fica tranquila. Deve só ser sensação.

—— Eu juro que não é, caralho. Já fiquei bêbada outras vezes, sei como funciona. Eu bebo, sou levada para o meu quarto. Depois eu acabo vomitando, eu tomo banho para tirar aquele cheiro de bebida e eu acabo dormindo. Acordo com a porra de uma ressaca e percebo que foi um erro ter bebido.

Levo a australiana até o banheiro, ela se senta no chão, e passou a mão pelo rosto.

—— Quer saber por que eu odeio festas?

—— Por que você odeia festas?

Antes que a mesma pudesse responder, ela acabou vomitando. Seguro seu cabelo e tento acalma-lá —— eu não sei por qual motivo eu fiz isso, eu realmente não sabia o que fazer.

—— Prometo que limpo essa merda que saiu da minha boca. Juro.

—— Você não precisa. Não foi nada demais.

—— Eu 'tava na festa da minha prima —— ela começou a falar, me sento ao seu lado para prestar atenção —— , eu conheci um garoto super gato, ele parecia ser super gente boa. O nome dele era Peter, ele me deu algumas bebidas, e eu tinha gostado. Eu tinha ficado muito bêbada, mais do que eu estou agora, provavelmente... —– suspirou —— o Peter me levou para a casa dele, me colocou na cama e tirou a minha roupa. Ele queria algo além daquilo, mas eu não. Porra, eu estava bêbada.

—— E o que aconteceu?

—— Eu transei com ele. O Peter me obrigou a transar com ele. Eu fui obrigada a fazer isso. —— respondeu com algumas lágrimas nos olhos —— Quando eu voltei para a casa, meu pai não fez nem questão de perguntar o que tinha acontecido. Minha maquiagem estava borrada, eu estava destruída e ele não fez nem questão de perguntar como eu estava.

—— E a sua mãe?

—— Morreu em um acidente de avião.

Nós dois ficamos em silêncio por um tempo. Eu realmente não sabia o que dizer.

—— Sinto muito.

—— Obrigada. —— ela se levantou —— Você se importa se eu usar seu chuveiro? Prometo que não vai demorar. Só preciso tirar esse cheiro de bebida e vômito.

—— Pode usar. Você quer ajuda?

—— Não precisa. —— responde.

Me levanto do chão.

—— Eu vou te emprestar uma roupa minha, pode ser?

—— Tudo bem.

Fechei a porta, peguei uma camisa e uma calça moletom para ela usar. Quando ouço o chuveiro ser desligado, entrego a roupa para ela.

—— Como se sente agora?

—— Melhor do que antes.

—— Vem, agora 'cê precisa descansar. —— levo Savannah até a cama —— Vou ficar aqui com você.

Não demorou muito para ela dormir. Eu acabei ficando olhando a australiana para ter certeza de que ela não acordaria com sensação de vômito ou algo do tipo.

Eu tinha gostado dela. Ela era uma pessoa legal.

𝗮𝗻𝗼̂𝗻𝗶𝗺𝗼 Onde histórias criam vida. Descubra agora