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—— Ela falou muito merda para mim

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—— Ela falou muito merda para mim. Eu falei muita merda para ela. Enfim, a gente falou muita merda. —— falo tentando conter o choro —— Ela disse que sentia algo por mim enquanto beijava a Shiv.

—— Você está falando sério?

—— E enquanto isso, eu estava transando com você. Viu, você disse que tudo podia dar errado.

—— Eu não tinha falado sério.

—— Mas estava certo. —— me levanto —— Eu preciso beber.

—— Não são nem dez da manhã, Savannah. E a gente conversou o que ia fazer em relação entre a bebida e você.

—— Você sabe o que eu penso disso. Já te disse um milhão de vezes. —— olho para ele —— Sabe que a bebida me ajuda a afogar as mágoas.

—— Vai acabar mostrando para a Nour que ela estava certa.

—— Certa sobre o quê? —— cruzo os braços um pouco interessada.

Eu queria sair dessa escola e ir para o primeiro bar que eu achar. Mas eu prometi para May que ia tentar parar de beber porque depois ia dar uma merda grande e eu não sou obrigada a ouvir a famosa frase "eu te avisei".

—— Sobre ela desejar que fique bêbada e faça uma merda grande.

—— Não acho que isso possa acontecer.

—— Você sabe que sim.

—— Você é muito pessimista. Essa é a verdade. —— termino de falar por fim.

Acabo passando o dia no meu quarto, faltei todas as aulas. Quando bateu no relógio o horário —— 19:00 —— , peguei a primeira garrafa e bebi. Eu sei que eu prometi que não iria beber, mas eu precisava disso, eu sentia isso..

Uma garrafa. Duas garrafas. Três garrafas. Eu já perdi a conta.

Abro a porta do meu quarto e tento descer as escadas, mas minha visão girava —— parecia que o mundo ia desmoronar em poucos segundos. Me seguro no corrimão para não cair. Termino de descer, e vou até o estacionamento.

Pego meu carro e entro. Eu não sabia para onde eu estava indo, mas eu precisava de um tempo só para mim. Pelo menos, por alguns minutos.

Fecho os olhos quando ouço o automóvel bater em algo. Provavelmente alguma árvore, sei lá. Apenas procurei pelo o meu celular para ligar para o Bailey.

—— Eu bati o meu carro. Será que pode vir me buscar?

—— Savannah, o que você fez?

—— Isso importa?

—— Vai importar depois. Onde você está?

—— Perto do estacionamento, eu acho.

—— Tudo bem. Eu já estou indo.

Largo o celular e me permito a chorar até não conseguir mais. Eu já tinha perdido o controle depois que bebi. Eu tinha que parar de beber, mas eu não consigo, é um vício.

—— Nossa, você quebrou o carro mesmo.

—— Obrigada.

—— Você bebeu, não é?

—— Bebi?

—— Quantos copos?

—— Mais de três garrafas.

Ele me tirou do carro devagar. Eu estava bem, talvez apenas com alguns machucados por conta do vidro, mas eu estava bem.

—— Você está bem? Tem certeza?

—— Tenho. —— respondo terminando de subir as escadas —— Eu só preciso de um banho que eu vou ficar bem. Fica tranquilo, pode ser?

—— Eu vou te ajudar.

—— Não inventa. Não preciso de ajuda.

—— Você nem consegue ficar em pé, Sav.

—— Você é muito chato. —— abro a porta do quarto, indo direto para o banheiro.

Ligo a água do chuveiro, logo tiro minha roupa.

—— Eu só tirei minha roupa porque acho que normalmente as pessoas tomam banho sem roupa.

—— Acho que eu sei disso.

—— Não precisa tirar sua roupa. Não quero ver seu passarinho abrindo asas novamente.

—— Como você é engraçada.

—— Eu sou. —— ri enquanto entrava no chuveiro.

Abracei o filipino. Isso durou um tempo.

—— Obrigada por cuidar de mim.

—— Não tem problema.

Ficamos em silêncio. Levanto meu rosto e olho para ele. Coloco minha mão em seu cabelo e o beijo.

𝗮𝗻𝗼̂𝗻𝗶𝗺𝗼 Onde histórias criam vida. Descubra agora