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—— Nour, podemos conversar? —— pergunto indo atrás da libanesa

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—— Nour, podemos conversar? —— pergunto indo atrás da libanesa.

Ela para de andar e se vira para mim antes de suspirar fundo.

—— O que você quer? Vou acabar me atrasando para a aula.

—— Eu não quero ficar sem falar com você. Nour, você é muito importante para mim. —— falo —— Vamos resolver isso.

Por um tempo, ela não fala nada. Talvez a Nour não quisesse resolver esse assunto.

—— Eu não quero conversar sobre isso.

Eu amava Nour, não era mentira. Mas sem dúvida, a amizade dela era muito mais importante para mim. E eu só queria que tudo ficasse bem entre a gente.

—— Nour, por favor. 'Tá muito ruim esse clima para mim.

—— E você acha que não está ruim para mim? —— cruza os braços —— Eu discuti com a Sav, ela bebeu e bateu o carro! Ela poderia ter morrido por conta disso tudo.

—— A culpa não é sua. E nem dessa discussão. Você não sabe entender que estava errada.

—— Quando eu estava errada? Quando eu lhe beijei pensando na Clarke?

Exato. Eu queria dizer isso, mas nenhuma palavra saiu da minha boca. Respirei fundo.

—— Magoou meus sentimentos.

—— Em nenhum momento, eu te disse que gostava de você além da amizade.

—— E me beijou por qual motivo? —— perguntei.

Dessa vez, quem ficou sem palavras foi Ardakani. Ela realmente não sabia o que dizer agora.

—— Calor do momento.

Assenti. Claramente, eu não esperava essa resposta, mas eu tive que aceitar. E também perceber que não iríamos se resolver tão cedo.

—— Acabamos ou ainda tem algo para falar? —— se virou entrando na sala de aula.

Fiquei parada no corredor sem saber o que fazer no momento. Eu deveria ir para a sala? Ficar parada? O que eu deveria fazer nesse momento?

Suspiro fundo entrando na sala de aula e decido sentar longe de Nour. No caso, no fundo da sala —— especificamente, ao lado da parede —— , sendo assim, coloco meu capuz do casaco e me encosto a cabeça na parede tentando conter as lágrimas.

Por mais impossível que pareça, nenhum dos meus amigos falaram comigo, o que me fez ficar um pouco magoada. Mas bom, eu não posso obrigar eles a falarem comigo.

Quando todas as aulas acabaram, me permitir a bater na porta do dormitório da Savannah. Eu gostaria de resolver certas coisas com ela.

—— Meu Deus, vocês parecem que nasceram grudados. Onde a Savannah está, você está junto. Estão namorando, May? —— perguntei colocando a mão na cintura.

—— Não! A gente só está resolvendo uns negócios aí. O que você quer?

—— Hum. Bom, eu queria falar com a Sav. Ela 'tá aí ou estão se pegando?

—— Caralho, Shivani. Você só pensa em sexo e namoro? Sinto muito que o seu não rolou, mas não precisa estragar a minha vida amorosa que eu nem tenho.

Não precisava disso, pensei.

—— Perguntei se ela está. Responde e não foge do assunto.

—— Ela 'tá sim. Espera um pouco.

Me encosto na parede e suspiro fundo. Por um segundo, acabei esquecendo o que eu ia falar para a Sav.

—— O que 'cê quer? —— a australiana pergunta se aproximando.

—— Quero conversar com você.

Ela balança a cabeça para eu continuar a falar. Suspirei fundo.

—— Está brava comigo?

—— Claro que não. Estou brava com a Nour.

—— E por que não comigo?

—— Você fez alguma coisa para eu estar brava com você?

—— Não que eu me lembre. —— dei de ombros.

—— Então, você não me fez nada. Mais alguma coisa?

Ela estava diferente. Seu humor estava diferente.

—— Não. Obrigada.

𝗮𝗻𝗼̂𝗻𝗶𝗺𝗼 Onde histórias criam vida. Descubra agora