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[alguns dias depois]

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[alguns dias depois]

Estava eu e Nour no meu quarto terminando de arrumar as coisas da minha filha porque de acordo com o médico, ela iria nascer em duas semanas. Eu estou muito ansiosa.

—— Sério, Nour, muito obrigada por ter me dado as roupas, eu estava com medo de comprar muita roupa e não conseguir comprar o berço.

—— Já decidiram o nome dela?

—— O Bay disse que eu podia escolher, então vou colocar o nome da minha mãe.

—— E qual é o nome?

Antes que eu pudesse responder, sinto algo molhado sair do meu corpo. Olho para o chão e percebo o que aconteceu. Merda.

—— Nour, a bolsa...

—— 'Tá aqui a bolsa de fraudas, você quer que eu te entregue?

—— Não é isso —— falo —— A minha bolsa estourou, Nour.

Ela se vira e foi até mim. Nour não sabia o que fazer e nem eu.

—— Mas não ia nascer em duas semanas?

—— Mas nasceu antes, Nour!

Grito. Aquilo dóia muito. Eu nunca mais iria engravidar na minha vida.

—— Calma, é... fica calma, eu vou te levar para o hospital. E vou ligar para o Bailey.

—— Ele 'tá no dentista, acho que ele desligou o celular.

—— Eu vou ligar do mesmo jeito.

—— Eu preciso ir 'pro hospital, Nour.

—— Eu não tenho carteira de motorista!

—— Liga pro Josh. Ele tem.

Nour pegou seu celular e ligou para o Josh.

—— Deixa eu te contar uma coisa muito legal, Beauchamp —— começou a dizer —— , a bebê da Sav 'tá nascendo!

—— AGORA?

Ela deixou a ligação no viva-voz.

—— Será que você pode vir, Josh? —— pergunto —— Preciso ir no hospital o mais rápido possível e cara, você tem carteira de motorista.

Grito de novo.

—— A Sav 'tá tendo contrações a cada cinco minutos, acho bom você vir logo.

Desligou a chamada.

—— Agora é você que vai falar com seu namorado. —— colocou o celular perto de mim.

—— Eu estou em trabalho de parto! Não dá tempo de falar nada com ele.

—— Fala, Nour.

Ou talvez dava.

—— Oi, é a Sav.

—— Aconteceu alguma coisa? Por que está ligando pelo celular da Nour?

—— Você já está na consulta?

—— Eu sou o próximo. O que aconteceu? É algo com a bebê?

—— É. —— seguro a mão de Nour —— A bolsa estourou.

—— A bolsa estourou?

—— Josh vai me levar para o hospital —— assim que eu falo isso, a porta é aberta.

Bom, a porta não foi aberta só pelo Josh, estava todo mundo ali.

—— Obrigada por contar para todo mundo, Joshua. —— Nour diz.

—— Você consegue me encontrar no hospital? —— volto a falar com Bay.

—— Acho que sim. Te encontro lá.

Nour me ajudou a sair do quarto, eu não tinha certeza se iria conseguir descer aquelas escadas.

—— São quantos andares?

—— Um. Só um. Eu vou segurar sua mão e a gente vai para o carro, e sua filha vai nascer, entendeu?
Assenti.

Grito de novo. Eu não iria conseguir.

—— Nour, não dá. Eu juro.

—— Vem cá. —— Josh fala colocando meu braço em volta do seu pescoço.

Ele deu seu jeito de descer as escadas comigo o mais rápido possível e me colocou no carro.

—— Nour, eu quero que você vá comigo —— falei —— , não me deixe sozinha, não hoje.

Ela não soube o que dizer e apenas entrou no carro. Josh começou a dirigir e não faço ideia quantos sinais vermelhos ele passou mas isso não importava.

—— A gente está quase chegando, Sav, aguenta mais um pouco.

Grito. Eu odiava gritos.

—— A gente já chegou?

—— Só mais um pouquinho.

O carro estacionou e Nour me ajudou a sair do carro. Eu não fazia ideia se eu iria aguentar até o bebê nascer. Eu sentia que algo ia acontecer.

—— Ela está em trabalho de parto —— Josh fala —— , minha amiga precisa de um médico agora!

Me colocaram em uma cadeira de rodas e me levaram para o quarto mais próximo de onde estávamos. Me deitaram na maca.

—— Olha, Savannah, eu preciso que você respire fundo e depois empurre com toda sua força, tudo bem?

Assenti suspirando fundo.

—— Tudo bem.

—— No três. Um... dois... três.

Eu gritava de dor. Aquilo dóia muito. Não sabia que isso dóia, as séries não mostram isso.

—— Isso, continua. Só mais um pouquinho.

Eu apertava a mão de Nour cada vez mais.

—— Calma, Sav.

—— Só mais um pouquinho, Savannah. ——a médica falava.

—— Cadê a Sav, Nour? —— meu namorado atravessa a porta com força.

—— Então você é o pai? Olha, Sav, você escolheu um bem bonito.

Ela tentava me acalmar. Isso me deixou um pouco mais tranquila.

—— Tudo bem, Sav, só mais uma vez.

Bay segurou minha mão.

—— No três. Um, dois, três.

Eu gritei mais uma vez. Por que parto normal é tão dolorido?

—— Você quer cortar o cordão, papai?

Essa era uma palavra muito fofa de se ouvir.

—— Quero. —— foi até a médica.

—— Daqui a pouco, vamos trazer ela para vocês a verem.

Assenti.

—— Você conseguiu, amor.

—— A nossa filha nasceu.

—— Nasceu. —— me beijou.

Acho que esse foi o melhor dia da minha vida.

𝗮𝗻𝗼̂𝗻𝗶𝗺𝗼 Onde histórias criam vida. Descubra agora