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Se eu contar que se passou dois meses que estou tentando descobrir que é o anônimo e eu ainda não consegui descobrir, alguém acredita? Todos os celulares encontrados são descartáveis e é impossível achar o endereço

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Se eu contar que se passou dois meses que estou tentando descobrir que é o anônimo e eu ainda não consegui descobrir, alguém acredita? Todos os celulares encontrados são descartáveis e é impossível achar o endereço. O que complica todo o processo e eu tenho que começar tudo de novo.

Literalmente dois meses tentando.

E foi quando eu comecei a duvidar cada vez mais de que fosse alguém do nosso grupo e não alguém da escola. As chances disso só foram aumentando. Mas eu não conseguia descobrir quem era.

Estava eu, Nour, Shiv, Sav, Heyoon e Sina no meu quarto tentando novamente descobrir quem era o anônimo.

Mesmo com o lance da traição, Heyoon e Sina conseguiam viver no mesmo espaço sem ter que discutir. O que era ótimo para meus ouvidos.

—— Já descobriram o sexo do bebê, Sav? —— Nour pergunta.

—— 'Tá nessa caixinha o sexo da minha criança. —— ela diz apontando para a caixa branca.

—— E está esperando o quê para abrir?

—— Meu namorado chegar do turno dele.

Resmungo ao descobrir que o outro celular também era descartável.

—— Descartável.

—— Quantos celulares descartáveis essa porra tem? —— Heyoon questiona estressada.

Dei de ombros. Tive que começar o processo novamente. Eu odiava essa parte.

—— Deve ser um monte para o Alex não ter achado.

—— Se você quiser, pode vir testar aqui, Deinert. —— falei com ironia.

Eu e ela não estávamos se falando que nem antes, parecia que nunca fomos amigos. Eu estraguei as coisas.

Me viro quando a porta é aberta.

—— Ainda estão tentando isso? Já deu quinhentas vezes celular descartável. Está meio óbvio quem que 'tá fazendo essa palhaçada.

—— Você está cheirando a hambúrguer.

—— Eu trabalho numa lanchonete, idiota. —— responde.

—— Fodasse, a gente quer saber o sexo do bebê.

—— Quando que a gente viu o sexo do bebê, Sav?

—— Tem certeza que esse é o pai da criança? —— ri perguntando.

—— Em algum dia aí. Enfim, é só um bolinho que quando você corta aparece o sexo da criança. Se é rosa, é menina, se é azul, é um menino. Façam suas apostas, com dinheiro de preferência.

—— Cem dólares que é menino. —— falo.

—— A gente acha que é menina. —— Jeong e Deinert falam juntas.

—— Eu e Shiv também achamos.

—— Se fudeu, Alex. 'Tá sozinho nessa de achar que é um menino.

Sav abriu a caixa e colocou o bolo na mesa.

—— Vai ficar devendo 600 dólares se for menina, graças a Deus.

—— Corta logo esse bolo.

—— Segura o prato —— diz —— , vou cortar.

Ela cortou um pedaço bolo e colocou no prato. Era rosa.

Era menina.

—— Caralho, vamos ter uma menina! —— falou —— Se fudeu, Alex, é menina.

—— Meus parabéns.

—— Essa criança vai ser tão mimada, senhor. Meus parabéns.

Olho para meu computador e vejo uma notificação. Fecho o aparelho na hora e suspiro.

—— O que foi?

—— Apareceu o endereço.

—— E por que não falou?

—— Eu nem tive coragem de abrir.

—— Não vai abrir?

—— Não tenho coragem para isso.

𝗮𝗻𝗼̂𝗻𝗶𝗺𝗼 Onde histórias criam vida. Descubra agora