Capítulo 42 - Bon travail

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Demorei e nem vou mais me justificar, porque é sempre o mesmo motivo.
Queria muito conseguir atualizar toda semana, mas é impossível.

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- Eu disse para você revistá-la - Leeza gritou.

Eles estavam prontos para abandonar o lugar que estavam e se dirigir ao local onde um helicóptero os esperava para que pudessem fugir. Darnley havia desamarrado Mary e enquanto a arrastava pelo galpão em direção à saída, o celular que a agente havia dado a ela e havia sido escondido em sua meia acabou caindo.

- Eu fiz isso - disse Darnley, lançando um olhar mortal para a médica.

- Você não faz nada direito - Leeza gritou.

- Não temos tempo para isso, precisamos sair daqui logo - disse Antoine, impaciente.

Leeza concordou e eles se preparam para sair. Darnley agarrou Mary pelo braço, puxando-a com mais força que o necessário. Ele estava completamente irritado e não se conformava com a resistência dela em aceitar o que estava acontecendo. Para ele, deveria estar claro que os dois eram almas gêmeas e deveriam ficar juntos pelo resto da vida. Mary deveria estar feliz com isso. E o fato dela não estar só o deixava mais irado.

- Vamos nos dividir - disse Leeza - Antoine e eu iremos pela estrada e você a leva pela trilha na floresta. Levará meia hora para chegar ao helicóptero.

- Você acha que eu sou idiota? - gritou Darnley - acha que eu não sei que isso é uma maneira de se livrar de mim? Enquanto vocês dois fogem com o dinheiro eu fico para trás com Mary e sou preso.

- Você só será preso se for pego - disse Antoine - e nós correremos um risco maior que o seu indo pela rodovia.

- Então vamos todos juntos pela trilha - ele rosnou.

Leeza praguejou, jogando as mãos para o alto de forma exaltada.

- Ou vamos todos juntos ou não vamos a lugar nenhum - Darnley falou, decidido.

~~*~~

- Encontraram alguma coisa - disse Natasha depois de atender o telefone.

Todos voltaram sua atenção para ela. A detetive colocou a chamada no viva voz e Leith, que estava com seu tablet, projetou as informações no telão da sala de James. Do outro lado da linha, Penélope, a analista técnica da polícia, os informava sobre seu progresso e transmitia as imagens para Leith. O sinal do telefone da agente do FBI havia sido encontrado e agora o mapa mostrava suas coordenadas.

- A má notícia é que a localização é uma área industrial em construção cercada por uma floresta - disse Penélope.

- É praticamente impossível saber onde eles estão escondidos - constatou Natasha, encarando a visão aérea que tinham do lugar.

A imagem não era nem um pouco nítida. Nem ao menos era próxima o suficiente para eles ou pudessem distinguir as construções que haviam ali.

- Esse lugar fica a quase três horas daqui - disse Leith, checando os dados.

- Eles podiam ter ido mais longe se quisessem - ponderou Amélia.

- Com certeza estão esperando a poeira baixar - comentou Delphine.

De repente, o sinal vermelho picantes que indicava a localização de Mary no mapa se apagou.

- O sinal caiu - disse Penélope - acho que foi desligado.

- Isso significa que o celular foi descoberto - disse Leith.

- Isso não é bom para Mary - Natasha falou, preocupada.

- Precisamos ir atrás dela agora - Francis estava aflito e já se dirigia à saída.

- Isso é assunto da polícia, Francis - Leith o impediu de sair.

- Eu não vou ficar aqui parado enquanto Mary corre perigo - o loiro praticamente gritou.

A tensão que pairava no ambiente era palpável. Todos estavam preocupados e sabiam que precisavam agir logo.

- Eu também não vou ficar aqui - disse James.

- Muito menos eu - protestou Louis.

Francis lançou um olhar fulminante ao médico, porém Louis não se abalou.

- Mary também é importante para mim - limitou-se a dizer.

- Não é hora de ninguém bancar o herói - disse Leith, firme.

- Confiem na gente - Natasha interviu - nós vamos trazê-la de volta.

- Se tivessem feito seu trabalho direito, teriam achado aquele desgraçado antes dele sequestrá-la - disse James, entre dentes.

- James! - ralhou Amélia.

- Não é mais que a verdade - ele deu de ombros.

- Estamos perdendo tempo aqui - disse Natasha.

- Então vamos logo - disse James, irritadiço.

Ele já estava com as mãos na maçaneta prestes a sair quando ouviu a voz de sua mãe:

- James Stuart! Não se atreva a dar mais nenhum passo - disse ela, brava.

- Como? - ele girou nos calcanhares e piscou.

- Você não vai sair daqui - disse ela - nenhum de vocês vai.

A expressão no rosto da empresária dizia que ela não estava brincando.

- E isso não está aberto a discussão - completou, passando os olhos para Francis e Louis - vão logo buscar a minha filha - falou para os detetives.

Depois de um aceno de cabeça, Leith e Natasha saíram da sala. James os seguiu com o olhar e assim que a porta se fechou, encarou a mãe.

- Você não pode estar falando sério - disse, indignado.

Amélia abriu um sorriso e trocou um olhar com a secretária, dizendo o nome da moça com satisfação.

- Os helicópteros estão esperando vocês - disse ela - e as equipes terrestre também já estão na estrada.

Francis e Louis alternavam seus olhos entre as duas mulheres, intrigados. James abriu um sorriso largo.

- Bon travail mon amour - disse ele, com sotaque francês.

- Acha mesmo que eu vou confiar a vida da minha filha somente à polícia? - disse Amélia, olhando para Francis - apressem-se. Delphine e eu cuidaremos de tudo por aqui.

Francis assentiu. James e ele começaram a caminhar em direção à porta, mas Louis os interrompeu, querendo ir junto.

- E quem me garante que você não vai mudar de lado quando eu for matar o seu irmão.

- James! - brigou Delphine.

- Nada de mortes - disse Amélia - você vai entregá-los à polícia, entendeu?

- Leeza e Antoine talvez, mas não garanto nada sobre Darnley - James deu de ombros - ele já devia estar no fundo do rio a muito tempo.

- Vocês são da máfia por acaso? - indagou Louis, perplexo.

James ergueu as sobrancelhas para ele em resposta, parecendo se divertir com a expressão preocupada do médico.

- Tanto faz - Louis deu de ombros - podemos entregar Antoine à polícia depois que eu mesmo quebrar a cara dele.

- Uhh! - expressou James, adorando aquilo - sua queda pela minha irmã finalmente vai ser útil.

O comentário incomodou Francis que se mexeu, desconfortável, passando a mão pelos cachos loiros.

- Podemos ir logo?

Os outros homens concordaram e James tomou a liderança do grupo, guiando-os para fora da sala em que estavam.

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*Bon travail mon amour - bom trabalho meu amor

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Estamos na reta final da história, faltam poucos capítulos e eu espero conseguir terminar logo

My Sweet Heart | Reign [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora