Capítulo 14 - Acho que hoje não foi um dia muito bom

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Demorei, mas eu voltei. E eu fiquei bem feliz com o tanto de comentários que o capítulo anterior teve. Queria poder ter voltado com esse capitulo mais cedo, mas a inspiração não deixava.

Espero que gostem. Não deixem de comentar e votar 😉
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- Nós não podemos fazer isso - rebateu Mary, indignada.

Ela já estava a meia hora dentro da sala de reuniões do hospital com o restante da diretoria. Antoine era o responsável pela contabilidade e estava fazendo seu discurso sobre como as contas do hospital estavam praticamente no vermelho. Encerrou dizendo, que diante das circunstâncias eles não tinha nenhuma escolha a não ser cortar o "Center Care". Esse era o programa social criado por Martin para atender pessoas de baixa renda e sem seguro de saúde cujas despesas não poderiam ser cobertas pelos programas do governo.

- Esse hospital está sangrando dinheiro, doutora Stuart - disse ele - e se continuar assim, logo chegaremos à falência.

Mary analisou as planilhas em seu tablet, mas admitia que não entendia muito bem. Mesmo assim, era nítido como as contas quase não fechavam.

- E a doação que recebemos de James? - perguntou ela.

Seu irmão já havia cumprido a sua parte do acordo de fazer uma generosa doação para o hospital em troca de poder usar o casamento de Mary como forma de atrair publicidade para sua empresa.

- Isso ajudou a fazer reparos nos equipamentos e sanar algumas despesas, mas não é o suficiente para acabar com nossos problemas - respondeu Leeza.

Francis permanecia concentrado nas planilhas, ouvindo tudo o que era falado a sua volta.

- Isso sem contar com essa solicitação que chegou nas minhas mãos a dois dias - Leeza continuou - uma nova sala de cirurgia na emergência.

- Nos últimos meses nós perdemos muitos pacientes na transferência para o centro cirúrgico. Ter uma sala híbrida na emergência poderia diminuir isso - argumentou Mary.

- E de onde você acha que vamos tirar dinheiro para isso? - indagou Antoine.

Infelizmente, Mary não tinha uma resposta para aquela pergunta. Nas atuais circunstâncias, o hospital não tinha condições de arcar com a construção de uma sala de cirurgia daquele porte.

- Tudo bem, realmente a sala híbrida está fora do nosso alcance no momento - concordou Mary, respirando fundo - mas não podemos acabar com o Center Care. Estamos falando de deixar inúmeras pessoas desamparadas.

- Isso não é verdade, doutora Stuart - falou Leeza - o governo tem seus próprios programas para ajudar essas pessoas.

- E nem todas elas são contempladas por eles - contra argumentou ela - são vidas que estão em jogo - disse, exasperada.

- O que está realmente em jogo aqui é a vida desse hospital - brigou Antoine - não iremos aguentar muito tempo desperdiçando dinheiro dessa maneira.

- Nós estamos salvando vidas - corrigiu Mary.

Levantou-se e deu alguns passos pela sala para se acalmar.

- Francis, o que você tem a dizer? - perguntou Leeza.

Imediatamente, os olhos esperançosos de Mary se encontraram com os dele. Francis soltou um longo suspiro, ajeitando sua postura antes de falar.

- Infelizmente, acho que Antoine tem razão - disse ele, cuidadoso.

Um sorriso disfarçado surgiu no rosto de Leeza ao ver que seu sobrinho estava concordando com eles. Ela sabia que isso deixaria Mary furiosa e jogaria o falso casal um contra o outro.

My Sweet Heart | Reign [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora