Amanda Sullivan, estranhou nos primeiros meses seu noivo agir de forma estranha, até o olhar doce e singelo que ele tinha estava apagado, desde o acidente que quase o matou, agora ela corria contra o tempo para descobrir quem era aquele que ocupava...
" Dizem por aí, mas não tenho certeza, que o meu sorriso fica mais feliz quando te vejo, dizem também que meus olhos brilham, dizem também que é amor, mas isso sim é certeza."
— Machado de Assis.
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O interessante destino compactuou com essa junção, se naqueles primeiros dias eles acordavam juntos. No restante deles faziam isso com tanta comoção que pareciam estarem internados dentro do quarto.
Ambos ainda lembravam da civilização e saiam para contemplar a sua metas que estava quase todas realizadas.
Morando juntos, vivendo num bolha que continha beijos demorados, abraços apertados e sussurros que possuíam as promessas de um futuro.
Sem desconfiar do percurso que estava traçando e as consequências daquele ato, não pensavam com frequência no que esse relacionamento resultaria no fim. Klaus, às vezes, divagava sobre o assunto inerente à todas as possibilidades que causaria uma grande imobilidade; ele não era acostumado com uma felicidade duradoura, tinha o pressentimento que ela poderia desaparecer.
Seu maior receio era esse, se apega ao ponto de transformar todo aquele sentimento aconchegante em emoções dolorosas. Sendo alvo mais um vez das vulnerabilidades que sempre o atingia quando baixava a guarda.
A insegurança provocava assombro. Quando resolveu sair por alguns dias para controlar os problemas que ameaçavam a cair na sua cabeça, não esperava ser tão sobrecarregado. Ele queria tirar o possível foco que poderia ir em direção a sua vida pessoal, saber organizar os seus inimigos era a técnica principal para se manter lúcido e proteger quem ele não queria perder.
Tinha tantos que estava pensando em colocá-los em ordem alfabetica ou numérica, começando pelo século em que se criou a inimizade.
Pois não permitiria que o sonho que preservava na realidade fosse aniquilado de uma maneira triste. Era costume arrancar dele, o que fazia o seu coração aparentemente morto bater mais forte.
E lutaria para que a história não se repetisse de novo.
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