Capítulo 8

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" A vida não é uma canção, querida. Aprenderá isso um dia, para sua tristeza."

   - Livro: A guerra dos tronos.                      ( George R.R. Martin).

***

A sua atenção elucida estava em cada passo das formas linear que fazia manobras desimpedidas nos contornos dos espaços vazios, ela supervisionava criticamente o seu empenho depositado no lápis afiado ao deslizar no papel amarelado do caderno. Vendo as formas surgirem geometricamente em cubos no estilo de Pablo Picasso.

A jovem loba pacientemente observa atentamente todos os traços da modelo que pousava magnificamente no sofá esverdeado, tendo o corpo coberto por uma manta azul, sem vergonha nenhuma. A ligação imperturbável entre elas era indispensável. Laika estava deitada de busto para baixo, exclusivamente imóvel com os cabelos cacheados emoldurando o seu rosto. Aquela ação representativa, tinha que ser entregue na próxima aula de Amanda, ambas aproveitaram esse momento para conversarem.

- Laika o psicólogo que você mim indicou, enlouqueceu.- A desenhista reclama insatisfeita com a sessão, cruza as pernas e foca no acabamento.- Ligou do nada em plena madrugada gaguejando muito, pensei até que ele estivesse bêbedo. Disse de um jeito enrolado que o Dimitri estava bem, pelo menos foi isso que eu entendi.- Relembra os acontecimentos anteriores que levavam a conversa estranha.- O Dr. Sidorov falava muito rápido, sério a metralhadora perdia para ele fácil. Parecia que ele estava com muita pressa para finalizar a ligação e se livra de mim.

A bruxa solta uma risada descontrolada.

- Ele é assim mesmo, amiga.- Laika afirma a verdade univesal risonha.- O sonho dele é revolucionar a história da psicologia, por isso ele fica criando tantos métodos com a esperança de vira uma pessoa famosa, reconhecido nos livros e citados em palestras.

A moça que desenhava plenamente, parar o movimentos de criação e a encara perplexa.

- Você sabia que ele não era normal e mesmo assim mim deu o telefone dele?- Semicerrado os olhos e acusa chocada.- E se ele fosse um ocultador de corpos? Imagine o corpo do Dimitri enterrado numa vala qualquer.

- Eu apenas desconfiava, mas comparando o comportamento de ambos, o seu com a do psicólogo...- Analisa brincalhona, se remexendo no sofá.- Você também não é normal, Amanda. Do nada fica desenvolvendo paranoias de pessoas que você conhece há anos.

A indireta fazia referência descarada a Dimitri, porque a noiva do rapaz levantava muitas indagações sem fundamentos lógicos, os quais só ela enxergava sentido.

- Não é paranoia, se você convivesse com a gente, entenderia.- A loba argumenta ao analisar a situação criticamente.- Às vezes ele se comporta igual o Perry Ornitorrinco do Phineas e Ferb, andando silenciosamente pela casa, sumido e aparecendo.

Laika rir da comparação infantil exposta.

- Você assiste muito desenho.- Fala debochando da obviedade do raciocínio libertino.

A garota fingi está ofendida, franzido o cenho para o comentário depravado.

- Desenho é cultura, eu sou uma pessoa multicultural.- A garota se defendi totalmente compreensiva a situação. Sabia que a sua amiga tinha razão apelativa, a loba realmente assistia desenhos demais, gostava de ver os diferentes designers dos personagens desenvolvidos.- Pela minha vasta experiência no mundo da animação, eu percebo a vontade de Dimitri de querer brigar até com a própria sombra.

Unconquerable | Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora