Victoriano.16

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Escrito com meu amor ThalyaVieyra

Inês: estou aqui Victoriano- ele tinha acordado cedo para cavalgar e entrava na casa gritando a plenos pulmões, ela arrumava a mesa para servir o café.

Continua...

Victoriano: o café já está preparado? Quero um café bem forte e sem açúcar- os anos se passaram e eles cada vez pareciam mais dois estranhos, tinham suas intimidades na cama mais fora dela eram dois estranhos que só se falavam o essencial.

Inês: sim... já está pronto sente que vou lhe servir- ela viu ele sentar e foi até ele com o café e trouxe o omelete, ele sempre começava com um café reforçado- preciso ir a cidade... vai mandar alguém ir comigo?- ele nunca deixava ela ir só nem com os filhos sempre tinha alguém de sua inteira confiança que a levava onde precisava- você poderia ir comigo?- já se passou tantos anos que ela pensou que ele podia começar a mudar e tirar mais essa segurança que tinha colocado nela- eu pensei... que... hummm hoje faz vinte e sete anos que somos casados... poderimos sair... só nós dois- ela estava vermelha de vergonha mais queria comprar algo para ele e quem sabe algo sexy para passarem uma noite relaxante.

Victoriano: e você lembra que estamos casados?- ele bebeu do seu café os anos e a dor lhe tornaram um homem amargurado que não gostava de sorrir e nem tinha compaixão por ninguém.

Inês: é claro que eu lembro... será que nunca vamos poder voltar a ser o que éramos? Será que nunca vai esquecer?- ela colocou o prato próximo a ele- já faz vinte anos... Victoriano...- ela tocou o mão dele.

Victoriano: sim já faz vinte anos- ele levantou da cadeira- vinte anos que nosso casamento teve uma reviravolta que eu não esperava, você teve um filho de Loreto e eu trouxe uma filha com outra pra cá, acha que ainda há chance para esse casamento Inês? Nós nos destruímos no meio do caminho principalmente porque você não me ama só vive comigo porque eu te obrigo.

Inês: mais eu te amo eu sempre te amei... eu pensei que... deixa pra lá...- ela saiu precisava ficar sozinha ele nunca esqueceria aquilo que se passou, ela foi até o coreto que tinha na propriedade ele fez isso para ela em um dos aniversários de casamento, ela sentou no degrau e chorou, nunca mais conseguiu o carinho do pai e nem o amor do seu marido... sua vida era vazia e ela já não aguentava mais viver assim.

Victoriano se surpreendeu com as palavras dela não acreditava que ela lhe amasse talvez estivesse dizendo isso para lhe agradar mais ele não podia negar que seu coração batia forte no peito ao ouvir ela dizendo que lhe amava, ele foi atrás dela a viu no coreto e se aproximou.

Victoriano: me desculpe não queria dizer aquelas palavras, não queria lhe magoar.

Inês: tudo bem, esqueça foi uma péssima ideia- ela levantou e subiu outra vez os degraus, não se sentia bem a dias se queixava de mal estar e ele não se importava muio- vamos voltar... você não deve ter tomado café.

Victoriano: me desculpe sei que sou grosso as vezes mais é porque não quero te perder, esse medo de ficar sem você me deixa louco- ele respirou fundo- por favor Inês, vamos tomar café juntos e vamos a cidade.

Inês: você não vai me perder... eu só sairei da sua vida no dia que eu morrer- ela tocou o rosto dele- eu quero um casamento de verdade que possamos nos reencontrar que seja algo mais do que físico... - ela ficou na ponta dos pés e o beijou, ela passou os lábios nos dele e o bigode lhe causou arrepios todos se concentraram em uma parte do seu corpo.

Victoriano a segurou pela cintura e a beijou com vontade era louco por ela mesmo que não dissesse ele sempre a amou e o medo de perde-la lhe deixava apavorado.

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