Thirteen

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N/A: Antes de tudo, quero que se atentem em algo; no prólogo há um curto diálogo do lorde/duque e do príncipe, que ocorreu no ano de 1820. No primeiro capítulo, a história já começa 1 ano após a cena do prólogo, 1821. AGORA: Esse capítulo inteiro se passará há quase 4 anos atrás, 1818.

Ponderei muito antes de escrevê-lo, pois questionei para mim mesma: Essa parte da história será realmente necessária e relevante?

Isso martelava em minha mente e, enquanto escrevia, pensava se deveria levar à diante ou não.

E sim! Concluí que seria importante vocês saberem como eles engataram com essa relação; como tudo começou? como se tratavam antes de tudo? Bom, é algo que eu como leitora gostaria de saber, vocês não?

Portanto, caso não queira, não leia. E espere até o próximo capítulo, de volta ao ano 1821.

( Quando chegar nas notas da autora, ouça a música da mídia)

***

Capítulo: Deixe-me recitá-lo

França, 1818.

Como em quase todas suas noites de sono mal dormidas, Kanawut pegou-se, (novamente), oscilando entre a razão e a loucura. Navegando entre a realidade e a superficialidade.

Ele sabia que não era real, simultaneamente que, parecia vívido demais. Palpável demais.

Aquele era mais um de seus 'bons' sonhos, o qual, de modo infeliz, tornou-se em um terrível pesadelo muito rapidamente. Ele tremia, e suava, e remexia-se na cama, gemendo sofregamente.

Tudo reverteu-se muito rapidamente, e quando se deu conta, estava naquele âmbito fechado e minúsculo composto por quarto paredes, suas mãos amarradas acima de sua cabeça, as lágrimas pesadas expressavam seu medo e sua ira.

O ambiente era tão lúgubre e frio, que Gulf chegou a cogitar que deste dia em diante passaria a odiar dias de inverno.

Estar naquele lugar novamente o atormentava e ouvir aquelas vozes o deixava assustado, e em
contrapartida, também o deixava irritado.

Uma mão o puxava pelos cabelos, forçando-o a fitar aquela cena repetidas vezes, soprando em seus ouvidos: "Apenas 10 minutos, não seja molenga. Você não vai morrer por isso." - Era como reviver a íntegra de novo.

A atmosfera era fúnebre. A dor era um suplício.

Inspirou.
Expirou.

Quando tudo pareceu insustentável, onde sentiu-se sufocado, como se estivesse pendurado com uma corda em seu pescoço, e a única coisa que o impedia de ser enforcado completamente era a pontinha de seu dedão do pé em cima de um banco frágil, o qual sustentava minimamente todo peso de seu corpo trêmulo e fraco devido ao grande esforço; quando tudo parecia perdido e ele sentiu que estava escorrengando, um 'bip' repetido e estridente de um relógio ecoou por todo espaço, puxando-o bruscamente de volta para realidade.

Ele agradeceu. No entanto, o sentimento perturbador de desprezo e ressentimento voltou a assombrar-lo.

Odiava sentir-se tão vulnerável.

***

A vida aos vinte e um anos não é lá essas maravilhas que o príncipe Kanawut pensara.

SweetHeart - O Príncipe e o Duque| MewGulfOnde histórias criam vida. Descubra agora