Twenty-four

333 28 47
                                    


*Ouçam a música enquanto ler, se assim preferir, e deem replay até finalizar o capítulo. 🙂*

Capítulo: A caixa.

Era por volta das sete e meia da noite quando Mew adentrou o castelo Pierrefonds com uma raiva excessiva pintada em seus olhos. Sua mãe, a duquesa, achava-se em pé adjacente a um lance de escadas; os braços cruzados na frente do bruço e um papel de jornal em uma das mãos.

Bom, o duque tinha consciência de que essa hora também chegaria. Claro que, ele não imaginou que tal assunto fosse se espalhar tão rapidamente, haja em vista que seu plano inicial era dar por concluído todo processo de adoção, para só então jogar toda notícia aos quatro ventos.

Não é como se ele fosse literalmente sair espalhando esse tipo de informação. A questão é que em Morpork nada ficava em segredo por muito tempo, especialmente quando não se estar disposto a esconder tal segredo.

Ao que encaminhou-se para subir os degraus da escada, fez uma parada violenta, liberando um suspiro longo de insatisfação. Sim, Mew Suppasit estava cansado e sem qualquer resquício de paciência. Até mesmo com sua mãe.

E não é que ele fosse um filho ruim qual gostava de distratar a mulher que o colocou no mundo. Não.

Mew temia ouvir o que não queria, obviamente. Porque, certo, tudo bem quando palavras duras e absurdas provinha de pessoas como William ou mesmo de alguém como seu pai.

No entanto, temia quanto ao que sua mãe pensaria ou mesmo falaria com relação as suas decisões.

A sensação que ele experimentava naquele momento, não diferia muito das varias que tinha tido em suas discussões com seu finado pai, Boonsak.

E ele odiava, do fundo de seu âmago, aquele maldito sentimento. Como se alguém estivesse tentando o prender, ou domá-lo. Como ter seus braços e pernas amarrados, com pessoas o subjugando e o encurralando no canto de uma parede. Levantou seu olhar e encontrou os olhos confusos da mulher.

— Seja breve, duquesa, tenho pressa. — Disse numa voz dominante e grave.

É verdade, ele estava na defensiva.

Jom e Pandora, que conversavam baixinho na grande sala de estar, os observava de longe, essas que rapidamente engoliu o assunto sobre o qual estavam proseando e passou a focar sua atenção nas duas pessoas paradas ante ao lance de escadas.

— Como o povo reagiu na cidade? — ela sussurrou, referindo-se a notícia que lera no jornal.

Mew podia até estar com uma impaciência quase tangível, mas ele sabia se controlar em se tratando de sua mãe, mulher que sempre teve uma alma doce, gentil e extremamente compreensiva. Sim, ele estava consciente de que tudo que a assolava naquele momento nada mais era do que preocupação.

O duque aspirou o ar lentamente, este que parecia mais denso que o usual, e respondeu cautelosamente:

— Eu sei lidar com essas pessoas, e mais ainda, com fofocas desnecessárias como esta. Se o que você quer saber é se eu realmente tenho a intenção de adotar duas crianças, a resposta é sim, vossa graça. Eu vou adotar.

E, agora, observando a feição de sua mãe, constatou que ficar calado talvez fosse a melhor decisão a ser tomada naquele momento.

SweetHeart - O Príncipe e o Duque| MewGulfOnde histórias criam vida. Descubra agora