Fifteen

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(Ouça a mídia até o fim do capítulo, caso queira)

Capítulo: Casulo

Mew visualizava através daquele pequeno retângulo imagens de seu passado retroativo.
Pequenos flocos brancos eram como portas para cada fase de sua vida.

Ali estava, desde criança, até sua adolescência e vida adulta.
Todos os momentos podiam ser facilmente vistos, julgava até que podia senti-los. As emoções estavam ali, sendo quase tangíveis e sensoriais.
Era júbilo que sentia com aquela doce lembrança que lhe transbordava o coração.

Sim, ele sentiu, quando sua mente fértil projectou a imagem perfeita do príncipe tocando seus lábios com a ponta de sua língua pela primeira vez.
Ah! Era tão tátil, o calor de seu amante transpassava e pungia seu corpo molhado, os gemidos baixos
como os mais suaves e inefáveis eflúvios tornaram-se sua melodia favorita no mundo.

Ah! Ah! Ele era tão quente,(literalmente) desde seu exterior, até seu interior.

Oh! Merda! Aquela ardência insaciável que ambos sentia um pelo outro queimava-lhe a pele de tal forma.

Mew surfou por aqueles portais, permitindo-se entranhar em cada um, em cada momento.

Como quando uma gargalhada esganiçada e divertida ecoou em seu 'lar'.

Ou quando um choro assustado, mas também cheio de manha, fora ouvido ao longe.

Ele sorriu pro completo nada.

Um vento gelado soprou-lhe a face, e então fechou os olhos, pois aquele lugarzinho em sua mente era o seu lugar confortável.

Aparentemente, Gulf Kanawut não era a única alma a ocupar aquele pequeno espaço dentro de seu envoltório de seda particular.

***

O duque passou por cima de todo e qualquer contratempo que pudesse aparecer em seu caminho e partiu rumo à paris.
Às longas horas naquela carruagem passaram tão rápido quanto um piscar de olhos.

Ah! O ar parisiense.

Uma bela manhã, gelada mas com um sol tímido querendo fazer-se presente, as plantas que no outono rociavam gostas de orvalhos, foram tomadas pelo branco límpido dos cristais gelados.

O típico final de semana faz com que tudo na cidade seja mais corrido. O grande número de cavaleiros e damas das mais distintas classes transitam de um lado para o outro na grande loucura que é paris.

Edifícios e árvores esplendidamente belos adornam as ruas.

Mulheres exageradamente maquiadas e muito bem vestidas caminham com exuberância.
Seus vestidos de cores vibrantes contrastam majestosamente com a palidez do inverno, ressaltando a divina beleza da Belle Époque.

Todo e qualquer compromisso que tivera neste dia em questão, em Pierrefonds, foram adiados, afim de priorizar suas pendências na cidade romântica.

Mew estava confiante, o que há muito não o sucedia. Mesmo na eventualidade de que não gostasse da ideia de ser o sucessor de seu pai, ao menos tinha o poder de mudar a realidade do povo que morava nas pequenas cidades as quais era chefe de estado.

Tão logo partiu para cuidar da administração das terras do ducado, tendo o cuidado de verificar toda documentação de cada área.
Sabendo ele que era das pequenas províncias que saía toda a verba da família Jongcheveevat, decidiu que, diferentemente de seu pai, trabalharia bastante em prol daquelas pessoas, promovendo as terras e os produtos de toda área do ducado.

SweetHeart - O Príncipe e o Duque| MewGulfOnde histórias criam vida. Descubra agora