N/A: O primeiro disco de vinil da história fora gravado em 21 de junho de 1948. (Ouça a música da mídia até enjoar )
Capítulo: O banquete/ pt2.
"A saudades, quando ela é intensa demais, quando não pode ser saciada, ela arde. Arde tanto que queima o peito. A garganta seca, o coração pesa e o gosto amargo na boca é inevitável. Queima a alma." - Mew Suppasit
O silêncio é lindo.
Havia pelo menos dez minutos desde que Mew, o príncipe e as crianças chegara ao escritório.
Silêncio.
Todos sentados num sofá de couro legítimo de dois lugares. Mew com Alex em seu colo e Nath nos braços de Gulf, enquanto este afagava os cabelos negros da pequenina, que estava quieta e sonolenta. Seu dedinho polegar mexia brandamente no pescoço do príncipe.
Aquele tipo de calmaria, sim, era algo a ser apreciado.
Finalmente, eles estavam presos em seu casulo particular. E, diferente das borboletas que renascem desse envoltório de seda para um novo recomeço; cheia de beleza, felicidade e boas energias; com Mew e Gulf esta realidade estava muito distante. Eles se viam presos dentro do casulo, sendo obrigados a viver como lagartas por sabe Deus quanto tempo.
Talvez, tal fato fosse o maior de seus infortúnios.Ainda não era tempo de ressurgir como borboletas.
Mas...
E se não conseguirem romper o casulo para finalmente esticar suas asas e poder voar? E se o seu desabrochar tiver um final trágico e nada poético? E se o processo de metamorfose fosse, de alguma forma, interrompido? E se as pessoas que eles são hoje, não puder evoluir para o novo eles de amanhã?
E se eles próprios estiverem se mantendo presos dentro deste casulo, dominados pelo medo de sair de sua zona de conforto? Não convém lembrar que, talvez, inconscientemente, o temor os tenha dominado a ponto de deixa-los cegos?
Quiçá, a resposta esteja dentro deles mesmos. Sair dessa proteção significa correr riscos.
Decerto, não ter medo de eclodir seja tudo que precisam. Afinal de contas, é preciso sapiência para alcançar a liberdade. O direito de viver segundo suas próprias pretensões.Assim, haveria uma possibilidade de fazer como as borboletas. Ou tal como os pássaros, como citara o pequeno Alex mais cedo.
Eles voam.
O palácio estava vazio. Poucos empregados transitavam pelo castelo, uma vez que o duque liberou uma boa parte deles para que ele pudesse ter mais privacidade enquanto o herdeiro de Morpork estivesse no ducado.
Mew sabia que tinha assuntos importantes a serem resolvidos, mas sabia também que as crianças precisava daquele momento com ele e Gulf.
Por alguns minutos, até esquecera-se dos motivos pelos quais se via naquela situação.
Pegou-se num estado letárgico de sono, seu corpo e suas pálpebra pesaram e ele se deixou ser consumido pela inércia.O duque conseguia ouvir a respiração de Alex batendo suavemente sobre seu peito; também sentia os dedos do príncipe, que estavam entrelaçados entre os seus, mover-se vagarosamente com movimentos suaves de vai e vem.
Gulf, em contrapartida, mantinha-se acordado (ou quase isso) seus olhos estavam levemente fechados, no entanto, sua consciência permanecia ativa. Cenários eram criados em sua cabeça, fruto de seus pensamentos intrusivos. Não é como se pudesse controlá-los, afinal, as cenas que se reproduzia em sua mente é consequência de suas memórias do passado. Memórias essas as quais ele gostaria de deletar de sua mente.
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SweetHeart - O Príncipe e o Duque| MewGulf
FanfictionSweetheart lhes contará uma história de amor proibido; Gulf Kanawut, o jovem Príncipe de Morpork, vivendo no ano de 1800, tendo suas várias responsabilidades como herdeiro ao trono, guarda um segredo. Mew Suppasit, filho do Duque e futuro herdeiro...