Thirty-two

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        Capítulo: Quem é Alfred Alex?


Mew Suppasit sabia muito vagamente sobre a história de vida de seu pai. Para ser honesto, as migalhas do vago conhecimento que obteve, fora o pouco que sua mãe lhe dissera, dias após a morte do duque antecessor. Nada além.

E, após passar dias pensando sobre o que fazer com relação a isso, parecia mais simples ir até a duquesa informar-se de tudo que acontecera no passado. Ou, ao menos tentar colher o máximo de informações possíveis. Porquanto, Suporn sempre fora uma mulher de decisões fleumáticas, logo, hei de pensar que não seria impossível convencer-la, ainda que insistentemente, a falar.

Soavam dezessete horas quando o duque retornou ao Pierrefonds. Antes, porém, dispôs- se de algumas horas de seu tempo para dar devida atenção ao seus filhos. Embora muito ocupado e cansado por diariamente resolver problemas nas províncias de Morpork, priorizava suas crianças em qualquer hora livre que conseguisse.

Então, atentava-se como se desempenhavam em sua educação, alimentação, hobbies e tempo livre para que pudessem ser crianças sem que precisassem seguir toda uma rotina cansativa com várias responsabilidades em seus ombros.

Todas as noites, Mew ficava encarregado de ensinar Alexander a tocar piano. Dedicava, pelo menos, duas horas do seu dia para praticar com o pequeno. Uma clara exigência do próprio, pois se negava que qualquer preceptor que não fosse seu pai, o lecionasse.

Nathasha, em contrapartida, não tinha grandes objetivos. Ora, era apenas uma menininha que fizera quatro anos há poucos dias, certo? Não tinha ideia de seus gostos ainda. Mas, devo acrescentar que ela gostava de colorir. - Decerto, herdou de seu pai a paixão pela arte. - Ela só não dispunha conhecimento disso, ainda.

Então, sim, enquanto o duque de Pierrefonds orientava seu herdeiro, ambos sentados ante ao piano, sua pequena encontrava-se sentada no chão do grande salão, cheia de tintas, pincéis e papéis pardos manchados pela coloração esparramado sobre o grande tapete.

Ela estava uma bagunça. As bochechas, antes levemente rosadas devido a baixa temperatura no reino, agora, assumia algumas cores a mais; desde um azul intenso, até um verde esmeralda riscado em sua testa e pescoço. Várias outras cores formavam uma arco-íris em sua pele pálida.

Os olhos de Mew, vez ou outra, alcançava a menor, afim de certificar-se de que a abelhinha não estaria comendo tinta ou mesmo tingindo os móveis nobres com as cores mais distintas possíveis. - Não que ele fosse reclamar, ela estava adorável. Parecia concentrada e benevolente em desempenhar seu pequeno trabalho artístico.

Neste ínterim, Alex pressionava as teclas do piano aleatoriamente, de tal modo que trouxe a atenção de seu pai de volta para si novamente.

- Querido, não. Não é assim que irá aprender. Olha para minhas mãos, tudo bem? Deves me imitar. - Disse brandamente, ao que começou a tocar um pequeno trecho da nona sinfonia de Beethoven.

Alex o mirava baixinho.

- Diga-me, quantas notas musicais nós temos? Lembra-se? - Indagou paciente para o menino.

- Sete. - Respondeu convicto.

- Isso, muito bem! - Exclamou o duque, cheio de vivacidade. - Estamos indo bem, estás vendo? Agora, mostre-me como a encontramos, consegue fazer isso?

Murmurando baixinho, como se estivesse preso em um monólogo, ele dizia: - há uma sequência de teclas pretas, posso enumera-las entre duas e três teclas. Pegamos... - seus olhinhos piscaram, tirando a atenção do instrumento e olhando para seu pai, pouco cabisbaixo e frustrado.

SweetHeart - O Príncipe e o Duque| MewGulfOnde histórias criam vida. Descubra agora