SweetHeart - O Príncipe e o Duque| MewGulf

Twenty-nine

Capítulo: O banquete/ pt1

A semana parecia passar em doses homeopáticas para o duque de Pierrefonds. Os segundos pareciam minutos, os minutos, horas e as horas, dias.

Desde sua chegada ao ducado acompanhado das crianças, além da péssima sensação de que o tempo havia parado, viu-se obrigado a ler todos aqueles jornais com seu rosto estampado num desenho que, aliás, fora muito mal ilustrado, com traços demasiadamente grotescos.

Tsc!

Ridículos, hipócritas preconceituosos e sensacionalistas.

Não se falava em outra coisa em toda Morpork. Os jornais expunha, todos os dias, uma matéria relacionada a Suppasit e seus, agora, filhos.

Cada dia da semana havia algum tipo de crítica e/ou indagação diferente sobre como Mew conseguiu a aprovação do rei diante de toda aquela infâmia.
De acordo com as más línguas, tal atitude feria a honra não só do finado duque, como também a do rei e de todo povo.

Ah! Isso, claro, deixou William extremamente descontente. Todavia, Suppasit não recebera qualquer tipo de convite e/ou carta de reclamação do monarca. Apesar de tudo, seu silêncio era... preocupante. Pois, mesmo contudo, o velho rei conhecido por todos, no mínimo, tomaria algum tipo de atitude como forma de punição por não ter sua ordem/ decisão acatada pelo duque.

Afinal de contas, já fizera com seu próprio filho, certo? O castigou. O fez no momento em que autorizou para que invadissem a fortaleza onde a mãe de Konan estava presa, e a matassem. Este fora o castigo do príncipe. Portanto, ainda que Mew tivesse uma carta na manga, por quê temer-lo? Por que diabos William o temia?

A verdade é que, esta que vos narra, por ora, ainda não tem uma boa resposta. Ou talvez sim?! Oh, sim!

***

Em seu escritório, Mew pegou-se calado, com ar pensativo, lembrando do momento em que as crianças chegara no ducado.
Ainda na carruagem, os olhinhos de seus filhos pareciam brilhar de regozijo, ambos fitando o horizonte ao que se aproximavam cada vez mais
do imponente palácio fortificado, situado em Pierrefonds, no bordo Sudeste da Floresta de Compiègne, a Norte de Paris.

Observar o olhar de Alexander, foi como quando Mew o via imerso em alguma de suas histórias favoritas, das quais o pequeno passava noites e mais noites mergulhado num livro, engolindo cada página, como quem se embrenha numa floresta fechada numa busca desesperada por aventura.
A sensação que o menino transmitia para seu pai, sem dizer qualquer mínima palavra, era exatamente essa.

A felicidade das crianças era quase palpável.

Começava ali, uma nova página da vida de Alexander e Natasha.

O duque não sabia como as coisas iriam transcorrer nós próximos dias, especialmente com relação a forma como sua mãe reagiria as novas mudanças no castelo. As novas pessoas. Os novos herdeiros. Os seus herdeiros.

E, independente de qual fosse sua reação, Suppasit estava disposto a enfrentar qualquer um que se opusesse a sua decisão.
Até mesmo sua mãe.

Todavia, passado-se cinco dias desde que as crianças chegara ao palácio, sentia-se grandemente mitigado, uma vez que...bom, não fora necessário mais que algumas horas até sua digníssima mãe encantar-se com as crianças. E, não apenas ela, toda Pierrefonds. Todo ducado.