A missão

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- Sn. - Rick me chamou.

- Sim?

- Você vai tem uma missão.

- Espera? Isso é serio? Nossa, muito obrigada. - fiquei feliz de que pela primeira vez alguém tinha deixado eu ir em uma missão.

- É, você vai com o Carl. - meu sorriso se desfez com aquele nome.

- O que? Por que eu não posso ir sozinha?

- Já está decidido, vocês vão juntos.

Fiquei brava por ele ter que ir junto, ficar um dia inteiro com aquele menino ia me matar.

Peguei as minhas coisas na força do ódio, e depois de pegar minhas coisas fui até o carro.

- Bom dia pra você também. - ele disse como se a gente não se odiasse.

- Não começa. 

Coloquei minha bolça no banco de trás e fui até o banco do passageiro, ele ia dirigir, me recusava a ser motorista desse moleque.

No meio do caminho ele não deixou eu colocar uma música.

- Para, vai acabar chamando atenção.

- Não tem nem uma alma se quer seguindo a gente e eu consigo lidar com alguns mortos.

- Tanto faz, mas não vamos ligar o rádio.

- Chato. - deitei no banco.

Peguei um chiclete e fiquei mascando, para tentar me distrair.

- Dá pra parar.

- Com o que?

- Para de mascar com a boca aberta.

- Não. - respondi olhando pra frente.

- É só fechar a boca.

- Que tal você fechar a sua.

- Eu sabia que ia ser assim, vou matar o meu pai. - ele reclamou enquanto prestava atenção na estrada.

A viagem foi cheia de briguinhas e o resto era silencio completo.

- Chegamos.

- Finalmente! minha bunda já tava dormente.

Saltei pra fora do carro e me espreguicei. Senti o vento bater no meu rosto, fazendo o meu cabelo se bagunçar. Peguei a bolça e comecei a andar, deixando Carl pra trás.

Entrei no mercadinho, vi se não tinha nada para se preocupar e comecei as "compras".

- Sn, a gente não precisa disso, só precisamos do que tá na lista.

- Cala a boca e me deixa. - me estiquei para tentar pegar uma coisa que estava na prateleira, mas não consegui.

- Toma. - Carl me entregou a garrafa.

Quando fui pegar da mão dele, sem querer nossos dedos se tocaram e foi a coisa mais estranha que já aconteceu, senti meu coração acelerar e minha voz falhou.

- Obrigada. - disse rapidamente e peguei da mão dele, voltando a procurar as outras coisas, tentando não olhar pra ele.

- De nada.

Na volta pra casa foi um silencio total. Abri a garrafa de suco que tinha pego da prateleira e comecei a tomar.

- Quer? - ofereci pra ele.

- Ah... Sim, valeu.

Depois de um tempo ele ligou o rádio, mas a música da fita era chata, então quando eu fui clicar pra ir para a próxima ele também esticou a mão e a mesma coisa do mercado aconteceu, ficamos nós olhando por um tempo, e isso distraiu Carl da direção.

- Carl! - gritei quando vi um pequeno grupo de zumbis na estrada.

Ele perdeu o controle do carro e saiu da estrada, indo para mata que tinha ao lado da rua, e bateu em uma árvore.

- Você tá bem ? - ele perguntou, enquanto tentava sair do carro.

- Sim.

Saímos do veículo e pegamos tudo o que precisávamos.

- Temos que ir, vem. - ele disse enquanto íamos para a estrada, a procura de outro carro.

O caminho foi em silencio, o tempo todo fiquei pensando no que era aqueles sentimentos, mas sabia que eles vinham quando tocava Carl, então ele era a fonte de tudo.

- Me desculpa, por bater o carro e ter que fazer a gente ir andando pra casa.

- Ah, acho que eu que preciso me desculpar, se eu não tivesse insistido na música a gente não estaria aqui.

- Não, foi minha culpa, então eu que tenho que me desculpar.

Quando fui falar alguma coisa começou a chover.

- Droga.

- Acho que dá pra continuar.

- Não, tá muito forte, vamos ali, tem uma casa.

Ele segurou a minha mão e me puxou até a varanda da casa, apenas fiquei observando ele tentar abrir a porta, mas foi em vão, ela estava trancada. 

- Vamos ficar aqui a noite.

- E você não vai dormir porque estamos em uma varanda, aberta. - disse largando a minha bolça no chão.

- É. Mas se você quiser pode descansar eu fico de olho.

- Não, eu to bem, fico te fazendo companhia. - sentei no chão ao lado dele.

Ficamos ,por um bom tempo, quietos, sem dizer uma palavra se quer. Eu olhava pra ele pensando se realmente o odiava ou se o amava.

- Sn, eu preciso te falar uma coisa. - ele virou os olhos azuis para mim, me fazendo prestar atenção em cada minimo detalhe no rosto dele. - eu... eu andei pensando muito sobre isso, e a verdade é que eu que pedi pro meu pai deixar essa missão pra mim e pra você, porque eu precisava te dizer isso, mas queria que fosse a sós, sem ninguém pra interromper e tudo ser perfeito. - ele respirou bem fundo, nunca tinha visto Carl tão nervoso como naquele momento - eu gosto de você, muito.

O mundo parou, por questões de milésimos meu coração também parou. Foi um choque. Ele gostava de mim, pela primeira vez, alguém realmente gostava de mim, e eu também gostava dele também. E precisava dizer isso, então respirei fundo e encontrei coragem suficiente pra responder, mas não sabia o que falar, por isso fiz a única coisa que passou pela minha cabeça. 

O beijei. Foi um beijo rápido, mas foi o melhor e o único beijo que tinha dado até aquele minuto. Ele me olhou surpreso, e deu um sorrido de canto a canto, logo me beijando de novo, mas não rapidamente, era um beijo lento e calmo. Ele tinha um gosto doce, talvez por causa do suco de maçã que a gente tomou no carro, ou por conta dos meus lábios que estavam com gloss de morango, mas isso não importava, era tudo tão diferente que eu me entreguei.

Quando nossas bocas se desgrudaram, eu não parava de sorrir e ele também.

Me aconcheguei no ombro dele, ele passou o braço por trás de mim, me abraçando. Naquele momento, me senti segura e feliz. Fechei os olhos e adormeci e pela primeira vez desde que tudo começou, consegui dormir uma noite inteira.

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Oi gente!

Tudo bem com vocês? Espero que sim.

Então esse foi o capítulo de hoje, espero que vocês tenham gostado.

Não esqueçam da estrelinha :)

Bjs, amo vocês <3

( Capítulo não revisado)

Imagines The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora