Super heroína

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Flash Back:

Um banho, fazia muito tempo que eu não tomava um banho bem tomado. Sai do chuveiro e me enrolei em uma toalha, fui até o espelho que estava totalmente embaço por conta da água quente. Limpei ele e vi meu reflexo. O meu cabelo molhado que pingava nas minhas costas, os meus olhos, a minha pele que estava úmida.

Peguei uma escova de dentes e escovei meus dentes, acho que fiquei mais de dez minutos escovando e quando terminei, fui até um quarto e troquei de roupa, e pela primeira vez em anos, eu coloquei um vestido. Ele era meio cinza, mas tinha detalhes de flor na barra dele e ele era regata, um vestido leve e simples, mas ainda era uma coisa nova, como se fosse a primeira vez que eu usava aquilo.

Quando desci até a sala percebi o olhar de todo mundo sobe mim. E vi Carl olhando pra mim com os olhos brilhando.

- O que? Parece que viu um fantasma. - disse me aproximando.

- É que eu nunca te vi de vestido.

- Eu sei, é estranho.

- Não, é lindo. 

Fiquei vermelha por ele ter dito aquilo.

- Obrigada. - disse dando um selinho nele.

- Se os dois forem ficar se pegando arrumem um quarto. - Daryl disse pra gente fazendo todo mundo rir e eu e Carl ficarmos envergonhados.

Quando a noite caiu, eu já tinha colocado um pijama e estava abraçada com Carl, no mesmo saco de dormir, mas eu não consegui dormir.

- O que foi? - ele perguntou quando percebeu que eu não parava quieta.

- É que, isso é muito estranho.

- O que é estranho?

- Tudo, esse lugar, não é normal. 

- Não é normal ou você está se preocupando de mais?

- Alguém tem que se preocupar né. Isso não pode ser tão perfeito assim, tem alguma coisa errada.

- Não tem nada errado. Tá bom? - ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.- isso é um novo começo, uma nova oportunidade. Não precisa se preocupar, porque eu estou aqui para você, e vou te proteger pra sempre. - ele disse e me deu um selinho.

segundo flash back:

- Não Carl. - disse enquanto chorava mais do que tudo.

- Tá tudo bem. - ele disse enquanto segurava a minha mão.

- Por que você não me contou?

- Porque eu sabia que você iria se preocupar e ia sofrer mais.

- Eu te odeio por isso Carl. - disse abraçando ele e chorando mais.

- Vai ficar brava comigo?

- Não, eu não consigo. Mas isso não me impede de sentir raiva por conta disso.

- Eu vou ficar bem.

- Mas e eu? Você prometeu que ia me proteger para sempre. Quem vai me proteger agora?

- Você não precisa mais da minha proteção, nunca precisou. Acho que eu que precisava. - ele pegou as minhas mãos e disse - você é minha super heroína. E você já me salvou o bastante, agora é minha vez de fazer a coisa certa.

- Não Carl, por favor não...

- Vai ficar tudo bem, depois disso você vai seguir em frente.

- Não Carl, não completa. - neguei com a cabeça enquanto eu chorava.

- Olha pra mim. - ele ergueu levemente a minha cabeça com a mão, me fazendo olhar no olho dele.- você vai seguir em frente, vai arrumar uma família. Vai ser feliz e viver a sua vida do melhor jeito. Quero que você prometa que não ira se arrepender de nada.

- Carl...

- Você tem que prometer.

Tentei fazer as lagrimas pararem por um segundo para que eu falasse.

- Eu prometo. - disse fazendo promessa de dedinho.

- Eu te amo. - a mão dele estava no meu rosto, secando as lágrimas. - isso é para você, e quero que sempre que precisar leia essa carta. - ele colocou o chapéu dele na minha cabeça e me entregou um envelope.

Não consegui dizer nada apenas chorar e abraçar ele, antes que fosse a hora dele se levantar e terminar de fazer o que começou.

- Eu também te amo. - disse quase como um sussurro.

Dias atuais:

Cheguei em casa e vi Luke sentado na sala brincando sozinho.

-Mamãe. - ele correu até os meus braços quando me viu parada na porta.

- Oi meu amor. - peguei ele no colo e dei um beijo em seu rosto.

- Mamãe, floi. - ele me deu uma florzinha de jardim.

- Pra mim? 

- A mamãe que disse pra eu te dá. - ele falava de um jeito tão fofo que enchia o meu coração de alegria.

- É, e cadê a mamãe?

- Cozinha. - ele apontou para a cozinha.

- Tá bom, eu vou lá na cozinha ver se a mamãe precisa de ajuda e você fica aqui brincando.- coloquei ele no chão.

- Legal.

Fui até a cozinha e vi Kelly cozinhando algo.

Cheguei por trás e dei um abraço nela, fazendo ela assustar.

- O que você tá fazendo? - disse fazendo ela ler os meus lábios.

"o jantar" ela disse em línguas de sinal.

"isso eu sei, mas o que é?" respondi do mesmo jeito.

"macarrão"

- Acho que tá queimando. - disse fazendo ela assustar e indo conferir o macarrão.

Eu ri daquela cena.

Voltei pra sala e fiquei brincando com Luke.

Essa era a minha vida agora, me casei com Kelly e durante uma missão de procura de mantimentos encontramos Luke, ele era um bebezinho e não tinha família, então adotamos ele.

Eu cumpri a minha promessa, nunca deixei de amar Carl, ele ainda mora dentro do meu coração e sinto falta dele todos os dias, mas também encontrei outro amor, a minha segunda chance de viver e eu irei proteger a minha família de tudo, porque eu sou uma super heroína.

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Oi gente.

hoje eu trouxe um capítulo um pouco mais sentimental. Confesso que eu chorei escrevendo ele.

Espero que vocês tenham gostado.

Deixem a estrelinha e comentem, por favor.

Bjs, amo vocês <3


Imagines The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora