O passeio 2 (Daryl)

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Ele me esperava ao lado de sua moto, enquanto fumava um cigarro. Pensei em como ele conseguia ser tão atraente, com a luz do sol da tarde batendo em seu rosto, e seus cabelos se movendo levemente com a brisa.

- Achei que íamos a pé. - parei ao seu lado, cruzando os braços e com uma reação neutra.

- Assim chegamos lá mais rápido. Sobe logo, achei que queria sair daqui o mais rápido possível.

Revirei os olhos, suspirando enquanto o assistia apagar o cigarro, o jogando no chão e pisando em cima, antes de subir em sua moto, e me encarando como um convite para fazer-me subir.

Não o abracei, preferi me deixar o mais afastada dele o possível, mas mesmo sem o toca-lo, ainda consegui ficar em transe apenas com o cheiro de Daryl, uma mistura de cigarro fresco, pós barba que ele guardava, mesmo sem fazer a barba com tanta frequência, e álcool, o que mostrava que eu não era a única que usava a bebida para esconder algumas de minhas dores.

Ficamos em silêncio a maior parte do caminho, somente ouvindo o ronco da moto que andava pela estrada velozmente. Porém, o resto do caminho era no meio da floresta, o que nos fez deixar a moto na beira da estrada e seguir pela mata.

Não demorou muito para que o silêncio se tornasse auto de mais e fizesse com que algo fosse dito.

- Não podemos evitar o assunto para sempre.

- Não tem o que falar sobre e se você pudesse se manter calado, eu agradeceria.

- Você nem me deu a chance de explicar.

- Não tem o que explicar, você não quis dar o próximo passo e não teve a coragem de me dizer isso.

- Sn, não foi assim.

- Claro que foi. - me virei para dele, o fazendo parar um tanto surpreso.

Já estava ficando irritada e não aguentava mais aquele papo que já me deixava magoada de novo.

- Eu te amo Daryl. E você brincou com os meus sentimentos, me fez acreditar que realmente a gente podia ser algo, mas no fim, nem me levar pra cama você queria.

Ele segurou minha cintura, sem aviso prévio, me pegando de surpresa.

- Achei que você iria se arrepender.

- Arrepender? Agora eu sou o que? Uma adolescente que não tem certeza de suas ações.

- Não! Você nunca falou sobre o que aconteceu com os Salvadores, então imaginei que coisas terríveis poderiam ter acontecido. Eu fiquei com medo de te machucar, de te magoar.

As palavras haviam desaparecido de minha mente. Me lembrei de quando Daryl e Rick me resgataram após tantos dias em cárcere dos Salvadores. Naquele dia os olhos de Dixon me mostraram pela primeira vez o tanto que ele realmente se importava comigo.

continua....

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