Em uma sala dos Salvadores, Carl se encontrava com um pano em seus olhos e uma fita em sua boca, o impedindo de ver e falar qualquer coisa. Sua respiração era ofegante e o medo preenchia o seu coração.
Mas podia escutar o que acontecia ao seu redor, trazendo mais ansiedade para o que iria acontecer. A porta se abriu, em um ranger que foi ouvido pela sala toda e então paços delicados pelo chão de cimento e uma risadinha feminina deixaram Carl mais nervoso e amedrontado do que nunca.
- Tirem o pano. - uma voz familiar pediu e assim foi feito, o pano foi retirado dos olhos do garoto e ele pode enxergar.
Uma garota sentada na mesa de metal que ficava no centro da sala. Ela era familiar, muito familiar, mas Carl não se lembrava de onde a conhecia. Percebeu que pela expressão da outra, ela também o conhecia.
Um sorriso estampou no rosto da garota, alegre e divertido. Ela fez um sinal com a cabeça e os homens que a acompanhavam deixaram os dois sozinhos na sala.
- Olá Carl, quanto tempo não é? Você cresceu, mas não mudou muito, deixou o cabelo crescer, ficou bom. - ela analisava pedaço pro pedaço do garoto, enquanto ele tentava entender de onde ela o conhecia e sabia o seu nome. - não se lembra de mim, não é?
Ele tentava falar, mas sua voz era abafada pela fita que prendia seus lábios. Então a menina se aproximou e retirou a fita com uma puxada só.
- O que você quer comigo?
- Pense um pouco mais. De onde eu conheço ela? Talvez de quando eu a encontrei na prisão e a abandonei lá pra morrer em um corredor cheio de zumbis.
Então ele se realizou, como se tivesse se esquecido do próprio aniversário. Em choque por ela ter sobrevivido, um sentimento de arrependimento tomou conta dele.
- Sn?
- Sabia que se lembrava. - ela se aproximou, ficando tão perto que podia escutar a respiração do garoto, o qual tentava a regular depois de ficar com algo prendendo sua boca. - eu estou viva, e adivinha? Encontrei meu pai, não é de mais isso? Um mundo tão pequeno.
- Eu...
- Por favor, não comece com desculpas sobre ter me deixado lá, só está enganando a si mesmo. Sabe, quando eu te encontrei, passei dias pensando em você, tipo um amor de criança, que estúpido da minha parte não é?
- Sinto muito, eu ia voltar para te pegar mas tudo aconteceu tão rápido que...
Ela voltou a colocar a fita na boca de Carl, o calando.
- Você fala demais. Agora eu estou com você em minhas mãos, posso fazer o que quiser. Te jogar para zumbis famintos e ver quanto tempo você aguenta; posso te trancar aqui para sempre; posso te mutilar ou te torturar; ou melhor ainda, posso fazer tudo isso - Ele se assustou com todas as coisas que ela listava, fazendo Sn rir sem parar. - eu estou brincando, é claro que não vou fazer essas coisas... pretendo ser mais rápida. Ter mais uma boca para alimentar é muita coisa. Estamos com os dias contados Carl, se vamos matar alguém precisa ser rápido e não largar ela no picadeiro para os leões comerem. - Sn se aproximou bem perto do ouvido do garoto, de um jeito estranhamente sedutor. - fica tranquilo, prometo fazer bom uso da sua carcaça.
Então ela amarrou os olhos do garoto e deixou a sala, com seus passos altos por conta da sua bota.
Sn era conhecida por ser a pior dos Salvadores, com um jeito cínico ela amedrontava todos de lá, fazendo com que todos que cruzassem seu caminho tivessem pesadelos por noites. Era a protegida de Negan e tinha tudo o que quisesse enquanto continuasse fazendo o que era obrigada, gostando ou não.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Oi gente!
Um capítulo diferente do habitual para vocês.
O primeiro de 2023, eeeeee!
Não sou de explanar não, mas um passarinho me contou que esse ano os imagines TALVEZ fiquem mais calientes, se é que vocês me entendem, mas não achem que isso me impede de trazer depressão para vocês.
Espero que tenham gostado, e se qualquer erro for encontrado apenas ignorem.
Bjs, amo vocês <3