1 ano. Já fazia 1 ano que eu havia ido embora de Alexandria. Durante esse um ano eu vaguei por todos os cantos daquele estado, sozinha.
Ter partido não foi a melhor ideia do mundo, mas eu precisava sair daquele inferno.
A noite eu subia em uma árvore para dormir, e lá em cima ficava olhando para as estrelas e me lembrando dos meus momentos com Carl.
" Eu te amo tanto, você realmente é a pessoa certa. " foi o que ele me disse uma noite.
" Não é minha culpa que você não sabe o que fazer da sua vida."
" Sn para de ser burra desse jeito."
Uma lágrima escorreu de meu olho até o meu pescoço, me senti burra e estúpida por um bom tempo, mas naquele momento eu já me permitia a sensação de tristeza invadir o meu coração.
No dia seguinte, como todos os dias, eu fui até o portão de Alexandria, e escutei tudo com muita atenção, as risadas de crianças, a voz de adultos conversando. Um sorriso de lado surgiu no meu rosto, mas ele logo sumiu quando escutei a voz de alguém me chamar.
- Quem é você?! - a voz era de Maggie.
Fiquei quieta e de cabeça baixa para que ela não me reconhecesse, seria humilhante de mais.
- Responde ou eu vou atirar!
Respirei fundo e então levantei minha cabeça, rezei para que ela não soubesse quem eu era, mas a única coisa que ela fez foi abrir o portão e logo sair de lá correndo.
Logo eu estava em seus braços. Não tive uma reação, pois estava em choque. Apenas senti o color do seu corpo apertando o meu. Ela começou a soluçar, o que me indicou que Maggie estava a chorar.
- Minha filha. Que saudade. - seus olhos mostraram que ela realmente sentia minha falta.
- Serio? - me esforcei para falar algo.
- Claro. Eu passei dias se dormir, e te procurando, não só eu, os outros também. - ela me analisou e passou a mão em meu rosto - como eu senti a sua falta, querida.
Meu coração acelerou quando coloquei meus pés em Alexandria, na esperança de ver Carl, na esperança de me acertar com ele e tentar ser amiga dele, já que eu sabia que não poderia ser algo a mais.
- Venha, todos vão ficar tão animados de saber que você voltou.
Todos até Carl? Claro que não, ele provavelmente já deve ter achado alguém melhor.
Maggie me levou até a casa de Rick, a onde se encontrava todo mundo.
Os olhares foram direcionados a mim, e logo os abraços também, mas não consegui prestar atenção nas palavras de boas vindas, apenas na expressão que Rick e Daryl fizeram.
- Sn, é muito bom te ver novamente. - Rick só disse aquilo e me deu um tapinha no ombro, parecia que queria sair o mais rápido de lá. - com licença, mas eu tenho que ir.
Estávamos sentados no sofá, eu, Maggie, Rosita, Daryl, que se apoiava na parede e me olhava com dó, Michonne também estava presente. Eles me perguntavam se eu estava bem, ninguém tocou no assunto da razão de eu ter ido embora.
- E o Carl? - perguntei curiosa, mas as resposta que eu recebi foram olhares de dó.
- Então Sn, o Carl, ele meio que.
- Ele meio que o que?
- Ele meio que... - Maggie tentou.
- Ele morreu. - Daryl completou. - em uma batalha com os salvadores.
Fiquei paralisada. Esqueci de como se respirava por um segundo. Tentei formular o que ele havia dito, Carl estava morto. Ele morreu e eu não me despedi dele, eu não o perdoei. Não havia nem uma lágrima se formando, porque a fixa não havia caído.
- Você tá bem? - Michonne tocou o meu joelho preocupada.
- Eu... Eu não sei.
- Tome o tempo que precisar, para entender.
- Eu posso ficar um segundo sozinha por favor?
- Claro, seu quarto continua lá pra você.
- Obrigada. Com licença. - me levantei e fui até o meu quarto.
Fechei a porta, me deitei na cama e processei cada palavra que circulava em minha mente. Não demorou muito para o choro vir. Minha visão ficou embaçada por conta das lágrimas, as mesma lágrimas que eu tentava limpar e impedir de sair.
- Sn? - Michonne estava na porta. - eu tenho uma coisa para você.
- O que é?
- Ele escreveu no dia em que você foi embora, esperando que um dia você voltasse para casa.
- Obrigada Michonne. - agradeci pegando o envelope.
- Vou deixar você sozinha agora, tchau.
- Tchau.
Abri aquela carta e a li com toda a atenção do mundo.
" Cara Sn, como vai? Ainda me odeia? Acho que sim.
Me desculpe, eu fui um estremo babaca, você é uma garota maravilhosa, que merece todo amor do mundo, mas infelizmente eu não pude te dar esse amor. Eu sou um idiota, eu sei, porque deixei a garota mais linda ir embora da minha vida.
Acho que não tinha parado para pensar o quanto você foi importante para mim. Não sei se você vai voltar para ler isso, mas se estiver lendo é porque voltou. Se eu não me desculpei com você ainda, por favor saiba que é a vergonha.
Eu quero gritar pro mundo que você é a melhor mulher do mundo, mas acho que ai acabaria chamando todos os zumbis para cá.
Sinto sua falta...
Não foi justo o que eu fiz, e não espero que me perdoe por isso, na verdade acho que ninguém deveria perdoar.
Me desculpe, mais uma vez, eu sinto muito por ter te magoado.
Atenciosamente Carl."
Sorri ao terminar aquela carta.
- Eu te perdoo. - respondi olhando para o céu. - eu te perdoo Carl.
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Oi gente!
Voltei.
Espero que tenham gostado do capítulo :)
beijos, amo vocês <3
P.S: Capítulo não revisado, então pode ser encontrado algum erro ortográfico.
