Era noite, uma das mais lindas noites que já existiu, pois o céu se encontrava brilhante, coberto de estrelas e da sua lua, que se encontrava ainda na metade. Eu estava sozinha, sentada na varanda, acompanhada apenas de um garrafa de vinho e um maço de cigarros.
Acendi um cigarro, logo o colocando em minha boca, dei um trago o soltei o ar com três baforadas, enquanto analisava a lua. Uma música dos anos 90 tocava no rádio ao meu lado, e eu apenas cantarolava a música errando a maior parte dela.
- Você tá bem? - a voz de Daryl atrás de mim, fez com que eu me virasse para o ver.
- Ótima. - disse com um sorriso forçado.
- Isso era para ser convincente? - ele se sentou ao meu lado, e tirou o cigarro da minha mão, o tomando para si.
- Talvez?
Ele riu. Daryl era uma ótima companhia para ficar em silêncio, nunca perguntava de mais e nunca perguntava de menos.
- Você e Carl brigaram?
- Não. - olhei para o chão, pensando se podia dizer se aquilo era uma briga ou não. - digamos que eu fiquei irritada.
- Por que?
- Odeio gente burra.
- Gente burra? Que tipo de gente burra? - Daryl pegou a garrafa de vinho e tomou um gole extremamente generoso, mostrando o quanto a nossa família era péssima em relação a bebidas e cigarros.
- Gente que nunca matou um zumbi se quer, e que acha que está tudo bem, só que não está tudo bem! Não importa quantos muros a gente construa, ou quantas pessoas a gente tente abrigar aqui dentro, e fazer com que isso pareça normal, nunca vai mudar a realidade! Se um dia esses muros caírem, essas pessoas não vão saber se defender, e isso é extremamente errado, porque pessoas vão morrer e se machucar quando isso acontecer. - parei com a respiração ofegante, depois de soltar tudo como uma bomba.
- Estamos falando da realidade ou de metáforas?
O encarei séria.
- A questão é, não adianta fingi que os problemas não continuam existindo. - tomei a garrafa da mão dele, desfrutando um pouco da bebida.
- Eu ainda não entendi.
- Carl fingi que não precisamos conversar sobre a noite na floresta ou sobre qualquer coisa que tenha acontecido. É como se ele ficasse fugindo de mim, toda vez que eu estou por perto ele arruma uma desculpa e desaparece.
- As vezes ele só está com medo.
- Medo de falar comigo? Corta essa! Somos amigos desde sempre, e só porque nos beijamos não significa que ele precisa ter medo.
- Acha que ele sabe disso?
Pensei por alguns instantes. Talvez aquilo tivesse sido importante para Carl em um grau de mudar toda a nossa amizade. O que para mim não passava de um jogo adolescente e de importâncias sobre amigos, talvez fosse para ele, um romance secreto.
- Jamais pensei que usaria conselhos amorosos do meu irmão. Mas obrigada Daryl. - me levantei com um enorme sorriso no rosto, dando dois tapinhas nas costas do meu irmão mais velho.
- De nada. - ele parecia contente em ajudar sua irmã caçula.
- Talvez eu converse com Carl amanhã. Mas para isso preciso que ele fique no mesmo ambiente que eu, ou não vai haver jeito.
Voltei para dentro da casa, satisfeita com a minha conversa de irmãos, e com uma leve esperança de que realmente Carl estivesse apaixonado por mim e de que ele me dissesse isso, pois eu também era apaixonada por ele.
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Oi gente linda!
Espero que tenham gostado do capítulo :)
Sei que não está muito bom, mas eu realmente queria postar algo para vocês, mas as coisas estão uma loucura que eu mal tive tempo de pensar em capítulo novo. Então se estiver meio sem nexo, por favor só relevem e se erros forem encontrados, ignore.
Beijos, amo vocês <3
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