Capítulo XI

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Saímos do buraco em rumo ao topo. Dois guardas estavam no lugar e imediatamente cuidamos deles para o alarme não disparar. Energy jogou distorted vision em nós, para garantir nossa escapada. Deixamos Ultramind dentro do castelo, com o consentimento  de voltarmos após todas as nossas coletas de informações.

Seguimos pelo hall de entrada sem ninguém atrapalhar, dando ordem aos robôs leves (chamarei eles dessa maneira por eles terem menos peso que os outros) e explicando meu plano aos outros. 

Saímos do castelo e notamos que estava quase anoitecendo. Os humanos vagavam de um lado para outro, falando da morte da princesa e do príncipe, espalhando rumores do rei e por fim falando do golem jogado no 'poço da ferrugem', local aonde os projetos dos 3 grandes magos foi jogado. Provavelmente eram discípulos do Merlin, inclusive sua morte também havia sido propagada, e as teorias e rumores sobre sua morte fantasiavam as mentes humanas.

Todo o lugar me parecia uma idade média europeia. Uma grande fonte com a estátua de um humano matando um demônio estava na praça central. Nas costas do castelo se crescia algo parecido com uma favela: ruas com longas subidas e descidas, pessoas morando nas ruas, pedintes, ladrões e assassinos, além de pessoas de bem que estava só tentando sobreviver.

Na parte da frente do castelo estavam mansões luxuosas. Grandes casas com telhados em branco, dourado e prata; portões com grandes muros e grandes pomposas; soldados faziam a guarda destes lugares. Em sua maioria, elas possuíam os brasões da famílias dos nobres e da realeza. Essa riqueza também proporcionava uma universidade de magia, uma de esgrima e outra de ciências biológicas e da guerra. Uma igreja também bem entalhada e feita de blocos de mármore tinha o mesmo símbolo da imagem representada na fonte da cidade. Os mercados possuíam grande movimentação de pessoas porém ninguém que morava na parte de trás do castelo poderia estar ali, visto que um menino foi apedrejado por alguns adultos nobres. Os soldados simplesmente tiraram o moleque da rua, deram algo para estancar seus ferimentos e levaram ele de volta para sua casa. (ou que pudesse chamar de casa naquele lugar fedido)

Toda essa diferença me confundiu. Não era esse o suposto rei que proporcionava o melhor pro seu povo e para aqueles 'embaixo das asas dos descendentes do herói'? Isso primeiro me confundiu, depois me fez ficar com uma raiva de estalar o metal em minhas mãos. Apesar de poder fazer algo pelos menos afortunados, eu sabia que simplesmente não iria consertar o lugar, porque isso acarretaria em algo parecido com oque aconteceu na Revolução Francesa: começou tirando o poder nas mãos de uma só pessoa e acabou com o poder nas mãos de uma só pessoa. Ou seja, seis por meia dúzia. Se fosse pra romper esse ciclo vicioso que a humanidade repete, eu teria que acarretar com os erros.

-Os fins justificam os meios, né... e pensar que um dia pensei que esse tipo de coisa fosse ideia de malucos...

Sledge olhou para mim, com uma expressão de dúvida.

-Meu senhor, tudo bem? Qual era o plano, mesmo?

Parei de pensar em coisas paralelas e concentrei-me na situação atual.

-Muito bem. Nosso plano é descobrir as partes mais fracas de nossos inimigos, encurralando eles num beco sem saída, e, por fim, retirar todas as esperanças deles. Para isso precisamos eliminar aos poucos os guardas das ruas, dando margem ao caos. Quando isso se realizar estaremos dando nossa ultima cartada e nos reportaremos ao rei em pessoa.

-Muito bem. Vou falar com os outros e ver oque falta para realizamos as vossa pendências, majestade. Como agiremos?

-Um de cada vez. Aos poucos, eles vão notar mas será tarde demais e nós teremos eles em nossas mãos.

Sledge me fez um reverência e se afastou. Fique olhando para aquelas pessoas.

-Hoje ás livro do sofrimento. Podem me agradecer no inferno, orgânicos.

Me torno o rei rôbo em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora