Capítulo XXIX

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"Pequena Sereia". Era oque passava na minha cabeça quando vi o local aonde eu tinha que andar. Parecia mesmo um fundo do mar: anêmonas, estrelas-do-mar, esponjas, peixes nadando em cardumes e tubarões indo e vindo por aí. Mas admirar algo nunca é algo bom dentro desses portões.

Após alguns passos, uns tritões apareceram: tinham um capacete em estilo grego, suas presas eram visíveis e tinham escamas pretas e garras espalmadas. Usavam tridentes e redes com pesos. Desviei do primeiro e segurei o tridente do segundo, virando de lado e acerto um terceiro que estava perto. Sangue roxo se espalhou na água. Senti o quarto tentando me acertar nas costas e rapidamente arranquei a cabeça do segundo e do quarto. O primeiro tentou me colocar na rede, mas desviei e cortei suas mãos. O tritão soltou um silvo agudo e longo, fazendo mais tritões chegarem.

- Que legal, seu desgraçado. Quer que eu enfie essa foice no seu buraco, não é?

Cortei ele ao meio. Desviei de uma flecha de luz, correndo até as sereias que haviam invocado as magias. Diferente dos tritões essas tinham garras mais longas e um cabelo desgrenha, como se fossem bruxas. Nada de Ariel nelas, estavam mais para Ursula com cabelo da Mia de Resident Evil 7. Suas caudas terminavam em quatro partes de cauda, diferente dos tritões que terminava em duas partes como peixes normais. A única magia que elas usavam era a Light Arrow, vez ou outra atiravam frascos de veneno em mim. Acabei por matar todas elas e comecei a matar os tritões.

Outra regra desses portões: quanto tem muitos inimigos e parece ser impossível passá-los, você está no caminho certo até o chefe. Aprendi da forma mais difícil antes de enfrentar o Dormenkaihn que nunca deve se ficar dando voltas. Um poço de lava me lembrou disso após espirrar na minha cara.

Alguns tubarões me cercaram e tentaram em abocanhar. Olhei e vi duas sereias fazendo eles surgirem de círculos de invocação entalhados nas pedras. Corri e as cortei, depois lidei com os tubarões zumbis, que mais pareciam um amontoado de carne podre nadando. Olhei em volta e vi uma estátua muito longe para eu identificar como ela era. Corri em sua direção, uma meio corrida meio nado e cheguei em um lugar realmente impressionante.

A estátua na verdade estava no topo de um templo em estilo grego. Havia colunas e outros templos menores ao redor mas todos tinham uma gosma verde escorrendo do topo delas até embaixo, como se fosse um catarro; tinham marcas de batalhas ao redor delas e marcas de dentes. Uma estátua fincada no chão poderia ter sido bonita porém marcas no topo da estátua mostravam que um ser gigantesco a tinha mordido. Andei até o templo e abria a porta.

Ar escapou do outro lado e vi que algo ali dentro impedia a água de entrar, poderia ser o chefe ou algo perto do chefe. Comecei a entrar com calma e vi que realmente era uma barreira que parecia ser de vidro. Ao entrar, vi oque realmente poderia ser o chefe desse portão.

O cheiro putrefato entrou nas minhas narinas mecânicas. Corpos por todo o lado tinham restos de armaduras e estavam cheios da mesma gosma das ruínas. O chão era feito de uma areia que não parecia ser do fundo do mar. Andei até o centro do lugar e vi o chefe sair de um gigantesco buraco na parede. Sua voz parecia uma mulher que tomou um gargarejo de lava e raspou a garganta.

- Ora, ora. Mais comida vindo até minha casa.

Ela era uma serpente. Suas escamas tinham tons avermelhados e alaranjados, suas presas eram afiadas como uma espada, seus olhos eram verdes e pretos. Sua língua estalava como um chicote no ar e sua cauda tinha uma ponta parecida com a pedra de água. Em sua cabeça, ela possuía algo como uma coroa, feita de escamas pontiagudas, três delas.

- Você também é um rei? Vamos ver se tens o poder de um! Meu nome é Ras'Saka, rainha das águas impuras.

"Ras'Saka?" Pensei "Tá de sacanagem, né?"

Ela virou-se para mim e avançou. rolei para o lado e comecei a jogar bolas de fogo por todo o lugar. Alguns pegaram no rosto dela. Ela soltou um silvo parecido com um chiado de gato.

- SEU MALDITO! Oque achas que está fazendo? Você nunca sairá daqui1

- Eu não acho que eu não sairei daqui. Afinal, se a água não pode entrar aqui significa que alguém precisa respirar ar puro, certo? e esse alguém não é eu.

Ela olhou para mim e viu o lugar coberto de fumaça. Descobri de forma rápida que o veneno dela era inflamável, já que o cheiro que eu estava sentido além de podre era de petróleo. E realmente esse era somente um palpite louco, mas funcionou graças a magia de fogo.

Ela tentou mais um golpe e apagar os incêndios com magias de água. Talvez ela não deveria se distrair. Corria até ela e arranquei na mão as presas dela. Depois, coloquei mais fogo no lugar, Enquanto ela silvava de dor e espirrava veneno por tudo. Girei a foice e finquei ela no topo da cabeça da serpente. Agarrei a crista dela.

- Você não vai precisar disso na morte.

Arranquei elas e depois joguei fogo dentro da boca da criatura. Ela explodiu de dentro para fora.

Caí no chão depois de escorregar no veneno. Me levantei rápido e percebi que meu metal estava derretendo bem lentamente. Corri até a porta e notei que a magia estava se estraçalhando e na minha frente a água entrou em uma velocidade incrível e um barulho ensurdecedor veio junto.

Fui até a saída mais rápido que eu posso.

Me torno o rei rôbo em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora