Capítulo XVII

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Oque se espera de uma ametista de mana que é capaz de emanar altas quantidades de mana fora do comum e que não pode ser analisada? Claro que é retirar sua alma do seu corpo e te levar para outro plano.

Isso me aconteceu porque eu percebi que nenhum dos robôs poderia analisar aquela pedra e quando eu fiz isso, a única informação que tinha era 'pedra de mana misteriosa'. Então dei ela para o Asura estudar em seu laboratório, para ver se ele descobria algo e , voialá, não só o Ultramind soa o alarme de invasão como também agora eu estava em algum lugar... do espaço? Ao meu redor se via estrelas, constelações(tive que me segurar ao ver uma galáxia espiral e gritar 'Corrente de Andrômeda!') e vi um planeta redondo nas mãos de uma deusa que estava na minha frente.

Ela olhou na minha direção e sorriu.

- E então? Estava se divertindo no mundo?

Fiquei atônito demais para responder. Estava tentando processar uma resposta.

- Pobre criança. Arrancada de seu mundo, colocada em um corpo de aço e fazendo as criações de Ningena sofrerem perdas. Você fez uma coisa terrível e bondosa ao mesmo tempo.

Finalmente encontrei forças para falar.

- E eu deveria deixar vivos aqueles que simplesmente agem como superiores e fazem de tudo para tornar a vida das outras raças um inferno só por conta de religião ou crenças idiotas?

Ela olhou para mim com uma expressão de curiosidade e sorriu.

- Realmente, você é mais interessante ao vivo do que olhando de longe.

- Peraí... Quer dizer que você estava olhando para mim desde o outro mundo?

Ela se levantou do buraco negro em que estava sentada e andou em minha direção.

- Você era uma pessoa que superou tudo. Sua mãe não era exatamente humana e também não era do seu mundo. Sua existência era vigiada, sem que percebesse. Sua alma recebeu uma ajudinha minha para entrar naquele corpo de metal, para viver. Agora parece que eu terei que te ajudar a enxergar mais adiante.

Eu estava em estado de choque. Minha não era do meu mundo? Isso explica porque eu não tinha fotos dela, apesar do meu pai insistir que ela nos deixou nos meus cinco anos de idade. Fora que nunca vi nenhum parente por parte de mãe ir lá em casa. Eu simplesmente enterrei isso e deixei jogado num canto, nunca havia parado para pensar.

Ela colocou sua mão no meu ombro e me fez girar. Atrás de mim havia um largo corredor. Nele estava nove portas, com símbolos diferente: a primeira era uma chama, a segunda tinha uma onda, a terceira uma montanha, a quarta um tornado; as outras tina símbolos mais estranhos: uma tinha um sol desenhado, outra um vórtice preto, outra tinha um velho de mão direita estendida segurando uma balança e a outra com um pergaminho, e a última tinha um um jovem com o o sol e o vórtice preto em suas mãos, tentando fundi-los.

Porém a nona porta me fez gelar. Nela havia simplesmente uma caveira acima da porta, entalhada em preto com bordas em prata. Na porta em si, estava entalhado uma foice. Não precisei de grandes deduções para identificar que aquela porta era a da morte.

A deusa parou e então fez uma reverência a mim.

- Bem-vindo, Filho de Mugen, ao salão das magias divinas. Eu sou sua guia, Gaido, e espero que você possa conquistar essa áreas de domínio para si no futuro.

Olhando para aquilo tudo, só tinha uma coisa em mente: eu precisava me preparar e processar oque eu vi e ouvi.

- Eu posso tentar mais tarde, certo?

- Sim. Basta você tocar na ametista que eu te trarei aqui. E não se preocupe com seus subordinados. Sempre que você vem para cá, o tempo não passa por lá, ele fica parado.

Ela então balançou a mão em minha direção e eu comecei a desaparecer.

- Por hora, devolverei você a seu corpo. Mas depois, quero bater um longo papo contigo.

Sorrindo para mim, ela me deixou ir.

Me torno o rei rôbo em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora