Capítulo XVIII

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Retornei do ponto em que eu estava: tocando na ametista, dentro do laboratório. Olhei para o lado esquerdo e vi Asura e Energy me fintando admirados, Sem entender a situação.

Me afastei da pedra e senti algo estranho percorrer meus sistemas. Algo como uma misteriosa energia. Estendi a mão e vi que aquela deusa me deu um mapa do mundo, na qual estava marcado as regiões do mundo, principais assentamentos e capitais de humanos, semi-humanos e demônios. Nele consegui enxergar também o castelo flutuando em direção a uma floresta e o tempo médio em que chegaríamos lá.

Sledge colocou sua mão no meu ombro.

- Meu lorde, está tudo bem? O senhor desligou seus sistemas do nada e logo voltou. Algo de errado com seu corpo?

Desliguei o mapa e fechei o punho.

- Não se preocupe. Algumas mudanças estão para vir. Por enquanto vamos nos concentrar em um novo objetivo. Todos de volta a seus postos!

Enquanto os robôs se movimentavam, chamei os quatro generais para o salão principal para lhes dar o parecer geral da situação.

- Asura, quero que você mantenha aquela ametista longe dos outros e não quero que ninguém nem você toque nela. Seu poder de mana é altamente concentrado e não quero sobrecarregar alguém simplesmente porque essa pessoa tocou em uma pedra. Depois retorne para cá, tenho assuntos estratégicos a definir.

- Entendido. Estarei de volta assim que eu terminar. Avisarei pelo comando de mensagem.

- Sledge e Chainsaw, vocês devem treinar os robôs e melhorar suas capacidades de batalha. Aprendam fortalecimento corporal e outras magias que auxiliem os guerreiros. Treinem eles para que resistam o máximo de dano possível e combinem ataques fortes e precisos.

- Sim, senhor!

Virei-me para Energy.

- Já você, Energy, vou precisar de conselhos acerca de diplomacia e astúcia.

- Meu senhor se encontrará com alguém?

Abri de novo o mapa e mostrei para ela.

- Estamos em cima do principal país de elfos do continente.

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Ao ver aquele castelo voador, Sasto sabia que algo poderia estar errado. Uma coisa daquele tamanho não iria viajar do deserto isolado que estava a dezenas de quilômetros de distância tão depressa a menos que tivesse uma forma de se locomover mais rápida que os dragões. Todos estavam atônitos quando a construção simplesmente parou em suas cabeças. Então Sasto percebeu que o castelo inteiro era feito de ferro: desde a muralha ao redor até mesmo o telhado e as paredes. Era o mesmo castelo de Babinar, só que metálico e brilhante.

As crianças corriam para suas casas assustadas. Os arqueiros preparam seus arcos, os magos conjuraram espíritos para proteger a floresta e os habitantes. A própria família real saiu de sua bastilha para enxergar oque estava havendo.

O rei se aproximou de Sasto.

- E então? Quem são os novos visitantes?

Sasto fez uma reverência profunda. O rei era parecido com um adulto humano de 50 anos mas tendo mais de 600 anos nas costas. Vestia uma manta simples, com poucos adornos dourados como no ombro e a presilha no pescoço. Em suas mãos trazia O Conjurador, uma arma capaz de invocar em massa os espíritos.

- Meu soberano, talvez seja melhor o senhor entrar em sua residência. Estamos enfrentando um poder desconhecido e talvez o maior que...

- Basta! Não ficarei trancado entre quatro paredes como os reis humanos. Eu tenho que ao menos estar na frente para inspirar o povo, senão que tipo de líder sou eu?

Sasto sorriu. "Esse velho..." ele havia se esquecido do quanto o seu rei, o grande Jotaran tinha uma alma de ferro e fogo, sempre estando na frente de batalha.

Nisso, algo saiu do castelo. Sem o menor esclarecimento, um número enorme de seres metálicos pousou no chão formando uma linha. Ambos levantaram suas mão em punho ficaram imóveis. Enquanto todos tentavam compreender aquilo, cinco outros seres desceram.

Sasto congelou no lugar quando estes pousaram. Um deles parecia um lobo humanoide, com serras nas palmas das mãos; o outro era enorme, tendo um martelo gigante e ombreiras também enormes; o outro tinha dois braços na frente e outros quatro virados para trás, formando algo parecido como asas de borboletas; a outra tinha uma saia e possuía espíritos de elementos diversos rodando ao seu redor.

Mas o último foi quem fez Sasto tremer. Ele vinha na frente, com as mãos nas costas como um líder e passou no meio da linha feita pelos outros, com os outros quatro logo atrás. Tinha em sua cabeça uma coroa de ouro na cabeça, um cristal vermelho sangue no peito e era em cores de preto e cinza.

Nisso, aquele ser ficou na frente do rei e falou.

- Eu sou o Rei Negro, aquele que extinguirá os humanos desse mundo. Você está do meu lado? Ou é meu inimigo?

Me torno o rei rôbo em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora