Capítulo LII

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Estudamos mais a fundo o local da Teocracia, escondida entre as montanhas conhecidas como Montevidéu (como se não bastasse cópia o suficiente), como se fosse uma cidade perdida. Vários riachos percorriam o local aonde ficava essa nação, cercada por cadeias de montanhas e possuindo até mesmo um escudo de energia ou magia em torno do local, englobando quatro montanhas ao redor.

Enquanto viajávamos naquela direção, acabamos recebendo mensagens enviadas pela Demônio Celestial, desejando me ver pessoalmente no castelo ou no reino dela. Acabei simplesmente ignorando as mensagens dela, somente para EagleEye ficar interessada nisso.

- Acho que o senhor deveria responder ela. Conhecendo como ela é, talvez não seja melhor ignorá-la.

Acabei então respondendo por áudio. Após isso começamos a arrumar o castelo, dando uma limpeza por todo o lugar. Fui até o cristal para terminar os portões e acabei me deparando com Shadow observando a pedra.

- Oque foi? Tem algo de errado?

Ele se virou após a minha pergunta.

- Nada de errado. Mas, eu sinto que estou sendo atraído para ela. Como se algo me chama-se.

Ele tocou na ametista e nada aconteceu. Eu afastei ele e apontei para o salão.

- Acho que é melhor você ajudar os outros. Você sabe que receberemos visitas demoníacas.

- Muito bem. Ainda assim, qualquer coisa é só me chamar, estarei o mais perto possível.

Depois que ele saiu, toquei na ametista. Logo, fui levado para os portões, aonde Mugen estava passando um pano nos ovos, que eram feitos de gelo, fogo, terra, metal e algo parecido com o cosmos. Ela olhou para mim e depois voltou a alisar o ovo.

- Olha quem voltou. Acho que está na hora de levar estes pequeninos para seu mundo.

Olhei para os portões da balança e do caos.

- Agora...  Vamos ver aonde vai.

Me aproximei das portas e quando me virei para uma delas, elas abrirão de supetão. De dentro saiu dois braços: um feito de luz e humana e a outra, feita de escuridão e era somente ossos. As mãos me agarraram e vozes saíram dos portões.

- Ele merece?

- Talvez não.

- Seu sangue é de outro lugar.

- Ele tem de sair.

- Condenado ou absolvido?

- Torturado.

- Pária.

Eu já estava cansado de ouvir ele falando aquelas besteiras e comecei a lançar magias e ativar as bençãos. As mãos começaram a se agitar e as vozes gritavam de dor. Consegui soltar meu braço e cortei o braço de luz, que voltou para o portão da direita. O braço de ossos tentou me puxar e eu enganchei minha foice no meio dos ossos da palma da mão e puxei para fora, o braço vaporizando-se no ar junto do outro braço. Ambos os portões estavam fechados, acorrentados e cinzentos. Nisso escutei algo interessante.

'Você obteve as bençãos da ordem e do Caos, podem julgar os outros perante as leis dos deuses'.

Olhei de volta para minha mãe, que ainda estava acariciando os ovos.

- Ajudar, ninguém ajuda, né?

- Você não precisava.

Depois ela colocou o ovo de cosmos de lado e se levantou.

- Mas agora vem a grande questão.

Ela andou até a porta da morte. A única do  corredor que estava de frente para mim. Ela emanava uma aura completamente diferente das outras. Mugen tocou na caveira do meio da porta.

Me torno o rei rôbo em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora