Capítulo XXIII

24 5 0
                                    

Eu tinha acabado de dar os comandos para os generais. Eles deveriam testar os humanos que capturamos e ver seus status e capacidades de batalha, além de ver suas experiências em batalha para testar o poder atual dos generais. Depois segui para a ametista para ir até o salão das magias divinas, me encontrando com Gaido.

Ela estava da mesma maneira que eu a via antes: sentada em cima de um buraco negro, com um planeta no colo.

- Olhe só ele voltou. Não acredito que você realmente veio. Deve estar querendo ficar mais forte, presumo.

Olhei para ela e depois apontei para a porta com o símbolo de fogo.

- Então, como funciona esses portões? Eu meio que gostaria de fazer isso o mais rápido possível.

A deusa ficou aborrecida e cruzou os braços.

- Realmente, você não puxou em nada seu pai, somente sua mãe. Parece iguais: quando veem um objetivo querem já concluí-lo. Mas tudo bem. Irei explicar como funciona os portões elementares.

Ela se levantou e andou em minha direção, passando por mim e seguindo para aporta que eu havia apontado. Ela tirou uma chave de uma estrela ali perto e abriu a porta. Imediatamente senti a temperatura subir, diversos avisos de altos indicies de fogo mágico e físico. Gaido virou-se para mim.

- Vou perguntar apenas uma vez: vai reconsiderar ou vai continuar?

Olhei dentro daquelas chamas logo na entrada. Apesar de difícil, eu conseguia enxergar que tinha uma planície em chamas lá dentro. Puxei minha foice que eu tinha recém forjado de novo e bati no peito com o punho.

- Se eu não for, nunca irei. Vamos.

Imediatamente entrei e o lugar parecia estranho. Apesar de estar realmente quente, parece que as chamas e a temperatura perto da porta era apenas um passe de entrada do que viria a seguir. Depois de andar um pouco, vários monstros aparecem, todos em chamas. Usando magias de almas e minha foice, cortei e matei todos eles. Eu não podia perder tempo. Algo me dizia que eu somente terminaria esse portão quando eu derrotasse um chefe.

E foi bem oque aconteceu.

Ele era gigante, tendo fácil a altura da estátua de liberdade de 93 metros. Um dragão com asas feitas de chamas, apoiando-se nas patas traseiras, quatro correntes indo do sus ombros até sua cintura, olhos laranjas com um risco preto no meio, garras enormes e dois chifres nas laterais e um chifre central, parecendo um chifre de unicórnio só que cheio de fuligem e com uma pequena chama na ponta.

Ao me ver completamente cheio de marcas das outras batalhas com os demônios menores e com várias partes minhas chamuscadas ou com um pequeno derretimento, ele riu.

- Que alma estranha e complexa que temos aqui. Um ser capaz de entender seu lugar e se rebelar por completo de sua antiga situação? Você não merece minha atenção, filhote de deus.

Sua voz parecia um estrondo de trovão, antes do relâmpago.

Parei diante dele. Ele tinha guardas do meu tamanho que eram dragônicos (dragões humanoides) zumbis. Isso porque eles se moviam lentamente emitindo grunhidos e não se moveram até eu levantar a foice diante do ser infernal.

- Diga-me seu nome. Eu quero me lembrar de você como um ser poderoso, não um ser esquecido.

O dragão soltou uma risada que abalou o lugar.

- Muito bem, corajoso pedaço de metal. Meu nome é Dormenkaihn, Senhor do inferno elemental. Prove sua força.

Corri na direção dele. Cortei o primeiro zumbi, destruí a alma do segundo, joguei o terceiro no chão e esmaguei sua cabeça, atirei laser no quarto, arranquei com as mãos o coração do quinto (se é que dava para chamar de coração aquele pedaço de carne decomposta), fatiei no meio o sexto, torci o pescoço do sétimo e por fim imbuí minha lâmina com energia de almas coletadas naquele lugar para desferir um golpe único e matar os seis últimos zumbis.

O dragão aplaudiu lentamente meu esforço. Olhei na direção de seus olhos, muito acima de mim.

- Treze zumbis? Parece que alguém aqui quer lançar um mal agouro.

- Sim e levai para você!

Ele moveu seu punho desferindo um poderoso soco no local aonde eu estava. Por uma fresta ele não me pega mas a onda de choque me derrubou no chão, quase me desmaiando no impacto. Fiquei parado por um tempo, até conseguir me levantar.

- Sabe, eu me cansei. Vou arrancar sua cabeça.

Corri na direção dele novamente e utilizei meus jatos inferiores. Ele tentou me acertar com rajadas de fogo mágico e magias flamejantes. Consegui desviar e cai em cima dele. Depois comecei a furar sua cabeça com a foice porém a pele era dura. ele só não me acertou devido aos chifres.

- Saia daí, sua peste! Me enfrente!

- Já estou te enfrentando mas usando oque posso usar para derrubar alguém fisicamente maior que eu.

Finalmente perfurei sua pele. Senti a lâmina cortando a carne. Pulei do topo da cabeça e , pendurado pela foice, fiz um corte até a região das nádegas. Dormenkaihn soltou um rugido enfurecido. Então disparei um laser diretamente da minha mão esquerda, me segurando com a direita. Coloquei força nesse disparo  aponto de botar de joelhos o dragão. Depois fiz um furo com os lasers e entrei no peito dele, saindo do outro lado com seu coração fatiado pela metade.

Caí no chão de exaustão. Os avisos incessantes de energia fraca estavam soando. Porém do nada tudo parou e senti minha pele esfriar. Sem saber oque estava acontecendo, notei o metal se tornando mais rígido e endurecido. Um aviso apareceu na minha tela.

"Você consegui a benção de Dormenkaihn, Lorde do Inferno Elemental. Você agora é imune a ataques mágicos e físicos de fogo. Sua parte externa recebeu aumente de endurecimento mágico."

Fui de volta para a porta de entrada. Tudo ao meu redor estava se pagando, somo se o dragão fosse a a fonte de todo o fogo ali.

Passando pelo portão, Gaido sorriu e estendeu a mão, me tirando dali. A porta se fechou sem fazer barulho algum. A cor ficou cinza e o símbolo desapareceu. Gaido colocou um dedo nos lábios, como se estivesse se deliciando com oque aconteceu.

- Meus parabéns por derrotar o Dormenkaihn. Agora oque vai fazer: continuar ou parar?

Olhei para o portão do vento.

- Minha decisão é clara: vou continuar até o fim.

Me torno o rei rôbo em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora