Capítulo LVI

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A neve cobria as montanhas. Muita neve caiu no castelo, sendo necessária a limpeza constante do teto e de várias partes devido a falta de vidro nas janelas e portas fechadas. Tivemos que usar o Ultramind para encontrar um local com pouca neve e mais sol na região em que estávamos.

- Segundo meus scanners, a região mais próxima com possibilidade de rápida correção fica a 20km da nossa posição atual.

Rumamos para a posição dada por Ultramind, onde encontramos ruínas esquecidas pelo tempo. Lá havia algumas pessoas dentro de uma tumba. Reparamos nisso e logo deixamos  o castelo no ar. Apenas eu, Energy e Shadow descemos, ambos com capas e magia para não sermos identificados. Nos misturamos com as pessoa, que pareciam uma tribo de beduínos, com vestidos de algodão e linho, feito para o deserto. Mas oque raios eles estavam fazendo tão perto das montanhas? O que parecia ser o um guerreiro se virou para mim.

- Somos viajantes e ficamos sabendo de uma proposta vinda da teocracia. Uma proposta que pode nos tirar para sempre do deserto.

- Interessante. Estamos nos movendo para lá. Qual é a proposta?

- Também não sei. O líder apenas recebeu uma mensagem do papa que convocava as tribos do deserto para vir até o templo da mãe Ningena.

Quando escutei aquele nome, me lembrei da batalha que travei. Cerrei os punhos, disfarçando por baixo da capa.

-Soube dos metálicos?

- Há, sim. Seres desgraçados. Foi por culpa deles que acabamos tendo um alto número de refugiados nos desertos e vilas, pessoas tenteando escapar da fome que se alastrou pelos locais que ele destruiu. Teve países que trancaram suas portas para mercadores e até mesmo visita de famílias reais. O mundo já não é mais o mesmo. E tudo por conta de um punhado de metal.

Quase que eu falo 'um punhado de metal de quase 100 milhões?' mas me contive. Junto com os outros dois, fizemos mais investigações e buscas pelo acampamento deles. Shadow encontrou uma bola de cristal, Energy um mapa do deserto de Palavax, um deserto que possui alto índice de vida humana em seu vasto território. Descobrimos uma vila chamada de vila dos deuses.

Mais tarde perguntei para o mesmo guarda, de nome Feyr, do  que se tratava a vila dos deuses. Eles me olhou com um olhar distraído, pensando no futuro ou passado.

- A vila dos deuses... dizem que um deus pode ser invocado ali. Eu duvido porém sempre há uma chance de acontecer. Além disso, dizem que Ningena desceu ali para catequizar os humanos e ensiná-los a lutar contra as feras das primeiras masmorras existentes, a dos demônios e a dos elfos lunares. Só isso que sei sobre aquelas ruínas, nada mais.

Voltando para o castelo, notei que havia uma reflexão de luz nas montanhas. Logo lembrei oque aquilo me parecia: uma luneta.

Ordenei o castelo a ficar aonde estava, fiz alguns robôs rodarem em patrulha ao redor do castelo para distraí-los. Ultramind e eu começamos e analisar quem estava usando aquela luneta. Fui analisando o terreno que descobrimos um batalhão, com o logo da teocracia, uma cruz com o símbolo da luz estampa atrás junto de assas de anjos nos lados. Também notei a presença de vários magos.

- Hora de saber quem é mais esperto.

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- TEM CERTEZA DE QUE ISSO VAI FUNCIONAR, MAGO MESTRE?

Turfir tinha que gritar para ser ouvido, devido a número de magos concentrando mana de relâmpagos em um único ponto.

- Sim senhor, capitão dos soldados da igreja. Iremos destruí-los com esse único ataque, porque nossa deusa está conosco.

Turfir tinha suas dúvidas mas já tinha visto aquele poder antes: ultime lightning. Um poder capaz de destruir muralhas poderosas e gigantescas, ao custo da dormência de dezenas de magos de batalha. Além da dificuldade dos números, era necessário ser um mago de pelo menos rank 7 de círculos mágicos. Um rank que apenas os magos da teocracia tinham.

- Espero que funcione. Não gosto da sensação que estou tendo.

- Relaxe, capitão. olhes eles terminaram.

O mago que conduzia a magia correu até eles.

- Podemos soltar agora?

O mago mestre estendeu as mãos.

- Que nossos inimigos sintam a fúria de Ningena.

E ele direcionou a bola de relâmpagos para o castelo de metal voador e jogou nele.

A bola foi voando até o castelo, parou perto de tocar o castelo e desapareceu.

- Falhou?

O mago mestre sorriu.

- Ao contrário, funcionou muito bem.

Imediatamente o céu ficou preto logo a cima do castelo e chuvas de relâmpago atingiram o castelo de maneira que era impossível de ver oque rolava. Quando os relâmpagos pararam, o castelo parecia ainda de pé e começou a se mover.

- Mago mestre?

Ele estava com a pele pálida.

- Quem tem poder dessa maneira para cancelar uma magia tão poderosa? Era para durar horas!

- Como é que é?

- Quem cancelou foi eu.

Olhamos para cima. Descendo como se estivesse em uma escada, uma beldade: um rosto jovial, belas pernas e corpo, além de um belo busto. Porém a cena se tornava horrível acrescentando o fato que ela era completamente de metal.

Gritos surgiram por todo o acampamento. Lobos metálicos devoravam e dilaceravam a todos com tanta fúria que nenhum guerreiro consegui fazer algo.

Enquanto Turfir controlava seu pânico, o mago mestre estava com o olhar apenas na metálica.

- SIM! Impressionante minha jovem. Você cancelou meu feitiço e veio até aqui. estou impressionado com...

Ele não terminou a frase, porque uma lâmina de ar cortou sua cabeça. O pingente da ressureição, item esse que deveria ressuscitar o mago mestre virou pó ao tocar o chão.

Turfir olhou para ela e ao seu redor, que estava cercada de lobos mecânicos, presas parecendo espadas e punhais pronto para picá-lo.

A metálica deu um último sorriso de desculpas para Turfir. Um dos poucos sorrisos sinceros que Turfir tinha visto em sua vida, depois que sua esposa foi assassinada por um presidiário.

- Desculpe-me, mas pode logo escolher como irá morrer humano. Nosso tempo de brincar é curto.

Turir tirou a espada da bainha em dois anos de capitânia.

- Posso ao menos morrer rápido?

Ela bate palmas lentamente e me fechou os olhos, acenando com a cabeça.

- Muito bem! Primeiro humano que vejo que é tão decidido.

Nisso alguém tocou o ombro dele e uma boca enorme interrompeu sua vida.

Me torno o rei rôbo em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora