Me torno o rei rôbo em outro mundo

Capítulo XIV

As janelas se estilhaçaram, espalhando os cacos por todo o salão. Todos os nobres, guardas e realeza ficaram atônitos ao se verem cercados por criaturas de robôs. Estes por sua vez, cumpriam minhas ordens, matando e estripando todos os humanos. Aquela cena mais se parecia com um literal banho de sangue, com direito a pedaços de carne voadores. retirando meu capuz, segui tranquilamente em direção ao imperador e, sem excitar, falei baixinho no ouvido dele.

- Se lembra de mim? Eu acho que não fiquei enferrujado mas muito mais poderoso.

Ele levantou os olhos na minha direção e rapidamente respondeu com uma facada no meu peito. Obviamente, sem sucesso de atravessar cristal e metal. Ele tinha uma expressão aterrorizada em seu rosto e lágrimas de sangue escorriam de seus olhos.

- Por que?... Porque você fez isso comigo, com meu povo e com meus guardas... você é um monstro por acaso, um ser que jamais deveria ser invocado do inferno?

- Não. Eu sou apenas alguém que sabe que humanos não são a raça que deve sobreviver. Olhe para seu passado, suas lutas e massacres. Vocês mataram outras raças sem piedade, e botaram a culpa da violência desencadeada por vós contra outros povos humanos na nossas existências, sendo que somos SUAS criações... Alegre-se. Estou assumindo o manto de imperador... Dessa vez, de uma nação feita de metal!

Perfurei o peito dele com meu braço. Explodi o seu coração, estourei seus ossos e arrebentei sua coluna. Fiquei parado, observando seu corpo já morto deslizar pelo chão. Na porta d entrada, Sledge e Chainsaw terminavam de matar os guardas restantes.

- Energy!

- Sim, meu rei.

- As bombas que eu te ensinei a construir estão armadas?

- Com a maior das certezas. Devo dispará-las?

- Sim. Esta é uma ordem a todos os robôs: venham para o castelo imediatamente. Repito: Voltem imediatamente.

Todos se reuniram em torno do castelo e entraram, ocupando todo o salão do trono. Dei a ordem a Energy:

- AGORA!

Ela estalou os dedos. Imediatamente, casas voaram, sessões das muralharas tombaram e ondas de choque destruíam tudo. Pessoas corriam e eram reduzidas á pó pelas bombas das ruas.

Era um truque que serviu bem para a ocasião: uma bomba unindo magia de ar, esfera de mana condensada e magia de fogo. As três juntas formam um artefato altamente volátil e de extrema potência, parecida com uma C4 de maior impacto. Implementamos elas nas ruas durante o temporal em que matamos os guardas dois dias atrás. Durante este tempo, também visualizei a mudança significativa no castelo. Várias paredes estavam com camuflagens mágicas que escondiam paredes feitas de metal pelo Ultramind. Sua extensão de conhecimento inclusive nos leu a descobrir um local repleto de metal pronto para se tornar aço mágico, óbvio, de baixo valor.

E foi dali que fizemos mais soldados, em especial, uma alcateia de lobos e lobisomens mecânicos para o Chainsaw, que expressou sua felicidade uivando diante dos colegas e arfando (se fosse um cachorro, estaria babando sentado, com certeza). Terminamos de preparar tudo e emboscamos os representantes, matamos eles e pomos nosso plano em ação.

Agora estávamos reunidos no castelo, vendo ele se transformando em metal. O trono se transformou em um trono cheio de espadas e de uns 5 metros de altura, tendo um pano pendurado da esquerda até a base direita do trono.

Em meio ao caos e fogo infernal que destruía tudo, o castelo começou a levantar do chão. A magia e mana manipulada combinada com plasma começou a colocar o castelo de metal nos ares. Em pouco tempo, estávamos em cima da cidade em chamas. Outros robôs voavam para o castelo, se juntando no hall de entrada, no poço e nos corredores, preparando as salas e limpando restos orgânicos do piso. 

Aqueles que estavam na sala do trono junto de mim se ajoelharam em meu respeito. Energy e Asura tomaram a iniciativa:

- Damos honras ao Rei Negro, aquele que irá purgar os orgânicos deste mundo!

Coloquei minha mão embaixo do queixo e comecei a preparar minha nova ofensiva.