Capítulo XV

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Depois de sobrevoarmos a capital do Império em ruínas, nos dirigimos ao deserto Rubrum. Ultramind havia detectado várias veias minerais de aço mágico ali, que poderia ser utilizado para mais criações e desenvolvimento de tropas, armas e para o laboratório que Asura estava planejando construir. Ficamos flutuando em cima de uma das localizações e dei a tarefa de explorar e organizar grupos de mineração ao Asura.

Depois de sair da sala do trono, passei a andar pelo castelo, pensando nas outras nações. Reino, Teocracia, Federação, Estado-livre... Eram muitas nações espalhadas pelo mundo para se tomar conta, fora os grupos menores, como anões e elfos.

- Senhor, agora que o império caiu, oque devemos fazer? Agiremos contra as outras nações.

Energy estava do meu lado, vendo eu me escorar no parapeito da varanda do salão, enquanto eu enxergava os robôs saindo do castelo e abrindo um buraco com seus lasers.

- Tenho pensado bastante no assunto, não irei mentir. Mas eu gostaria de me unir com as raças orgânicas menos favorecidas, assim dando a chance de eles sobreviverem ao meu plano para este mundo. Fora que um aliado como eles é uma coisa básica de estratégia: 'juntos somos mais fortes' e 'o inimigo do meu inimigo é meu amigo'. São táticas como essas que permitem que os humanos vivam em 'paz'.

- Como assim, 'paz', entre aspas?

Virei-me para ela, colocando minha mão em seu queixo como alguém que examina um rosto alheio.

- Minha filha: diferente dos homens-besta em geral, elfos e anões, humanos são gananciosos por natureza. São como uma doença, se alojando aonde não precisam se alojar, trazendo guerras desnecessárias e todo tipo de preconceito. Não sei se existe isso com as outras raças mas duvido que um anão mataria um outro anão simplesmente porque ele olhou pro material alheio e quis fazer algo semelhante. Os humanos matam por coisas triviais e é por isso que o mundo está desse jeito. Essa paz falsa que eles criam somente serve para criar mais conflitos, sejam eles passivos ou ativos.

Energy ficou paralisada por eu ter passado a mão em seu queixo e deu um sorriso doentio, parecido com uma yandere quando vê seu sempai. Eu estaria mentindo se dissesse que não tive medo quando ela passou a mão dela na minha.

- Não se preocupe meu lorde, farei de tudo para realizar seus sonhos.

Antes de eu sair dali, ela me beijou na testa, me deixando com um frio na espinha metálica.

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- Já faz um tempo que eu não entro aqui.

Era isso que Sasto, um elfo disse aos seus companheiros. Eles entraram em uma espécie de biblioteca, feita dentro da árvore central, localizado na cidade éfica de Limbo. Havia várias casa em volta, com vários pontos de luz peal praça central, espíritos de luz que iluminavam tudo. Era tarde da noite, mesmo assim, crianças andavam pelo lugar, brincando, invocando espíritos ou ainda simplesmente lendo pergaminhos mágicos. As casa eram parecidas com casas na árvore porém eram mesmo casa não quadrados de madeira como os humanos pensavam. Tinham telhados, janelas e chaminés. Todo o bosque de Limbo era a comunidade, que sobrevivia do que a natureza fornecia e de tratos com os anões os mais próximos de sua comunidade.

Porém eles não estavam ali para tratar de economias ou melhorias de vida mas sim da profecia que traria destruição para todo o mundo. Os anciões pensavam que isso viria a ser causado pelos humanos contudo Sasto tinha uma opinião diferente. Ele havia visto um ser diferente em campo de batalha alguns anos atrás, na qual seu pai descreveu como seu 'salvador de metal'. 

Ele estava folheando os pergaminhos antigos e encontrou oque procurava: a profecia do 'Rei Negro'. Algumas partes estavam indecifráveis por conta do tempo e da umidade presente dentro do lugar contudo as parte legíveis não eram exatamente animadoras, algo como 'um ser imortal de peito dourado e mãos banhadas em sangue', além de uma parte que dizia 'ele não poupará aqueles que respiram, muito menos os que se opõe a sua regência'.

Uma parte ele tinha certeza: o Rei Negro teria uma coroa dourado e seria em grande parte de preto, empunhando uma foice de energia roxa.

De repente, um dos guardas entrou no recinto, ofegante.

- CADÊ O SENHOR SASTO? TENHO COISAS URGENTES A DIZER SOBRE O IMPÉRIO BABINAR!

- Eu estou aqui, não precisa gritar. Oque foi?

- O Império... simplesmente desapareceu. Não encontramos vivalma.

Larguei o pergaminho no chão e corria até o soldado.

- Como assim desapareceu?

- O castelo saiu voando e vimos aqueles golens melhorados dos humanos indo em direção do castelo. Ele voou até a direção do deserto Rubrum e está por lá.

Fiquei aturdido com a situação.

- Você tem mais algum detalhe?

- Sim. Parece que quem lidera estes golens é um tal de Rei Negro.

Me torno o rei rôbo em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora