Capítulo XXVIII

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Me afastei da sala do trono. Fui em direção do laboratório e da ametista, afinal eu precisava estar em posse das outras formas de poder logo, senão eu poderia ser massacrado em Normen. Se eu fui trazido para esse mundo, as chances de outras pessoas serem arrancadas de mundos diferentes em seus próprios corpos não é pequena. Pode ser um herói, se preparando para derrotar um lorde demônio com sua 'lâmina da justiça' clichê. Pode mesmo ter um zé mané que está usando algo magia de roubo e pegando 'emprestado' as calcinhas das garotas. "Não importa a pessoa, eu deveria me preparar."

Ao chegar no laboratório, vi Asura usando as armas de luz sólidas que ele moldou. Não sei como ele havia conseguido utilizar tal feito: um machado e uma clava nas mãos superiores, uma katana e uma espada longa na mãos normais e uma foice e uma lança nas mãos inferiores. Ele se movimentava de maneira bem rápida, apesar de ter seis braços e somente ter aprendido esgrima ou coisas semelhantes ao longo de um curto período. Os alvos que estavam sendo estripados eram feitos de metal amaciado e um pouco por cima do metal havia a... pele dos outros capturados.

Ao me notar, ele parou em uma pose com um pé só. Se equilibrou, desligou as luzes sólidas e guardou as armas: primeiro os dois bastões em cima, os bastões embaixo e que serviam de bainha para as duas centrais. Após isso, ele veio até mim.

- Meu senhor, bem vindo de volta. Algo que queira?

- Não. Apenas vim tocar na ametista.

- Notei que o senhor ficou muito mais forte do que antes. Oque acontece no curto instante que o lorde toca naquela pedra?

- Algo que será de grande ajuda para nós. Agora preciso ir. Fale com Shadow e o ordene a patrulhar o próximo alvo para capturar  mais informações.

- Com prazer. Irei informá-lo imediatamente.

Depois dele sair, fui até a pedra e toquei nela.

Imediatamente, fui levado até o Salão dos Portões. Olhei em envolta e procurei pela Gaido mas ela não estava lá. Ao invés dela, vi um ser dragônico, com patas de dragão do tamanho humano , pernas grossas e escamosas, um peito robusto e cheio de escamas que mais pareciam placas de armadura. Suas garras nas mãos seguravam uma xícara com um pratinho, bebendo um líquido escuro que eu tinha certeza que aquilo não era café. Seus olhos de dragão eram brancos em metade da íris e laranja na outra metade. Suas orelhas mais pareciam umas pequenas barbatanas, nas bochechas saiam escamas laterais com uma garra. Seus dentes tinham um aspecto vampiresco e seus dentes eram todos presas. Ele se virou para mim e sorriu.

- Olha só. Filhinho de mamãe mandona está aqui. Pensei que nunca voltaria.

Apertei os punhos. Me segurei bastante para não acertar minha mão no rosta daquele cara.

- Quem é você? Eu pensei que Gaido estaria aqui para me explicar as coisas.

- Não se preocupe com ela. Eu posso fazer isso também. Bem, meu nome é Katron, senhor da destruição. Não só eu mas todos os outros estão de olho em você. Posso dizer que sua mãe também está de olho.

- Bem, uma mãe deveria estar SEMPRE de olho no seu filho, certo?

- Errado. Ela tem planetas para cuidar e coisas a fazer. Você foi mais um teste para ela viver como um humano sem poderes algum. Lembre-se: quanto mais poder ter, mais atenção terá. Quem sebe ela não vem falar comtigo?

Virei-me para os portões. Vi que aqueles que eu completei estavam acorrentados sem nenhuma cor. Andei até o portão da água e o abri. Um ar úmido saiu de lá, molhando meu metal.

Me concentrei e ativei minhas magias. Endureci minha pele com a 'Benção de Dormenkaihn' e fiz um escudo de ar com a 'Benção de Eliz'. Tirei das costa a minha foice e energizei ela.

Katron fez uma cara séria, depois abriu um sorriso enorme.

- Pois bem, siga em frente. Não acho que precisa disso, mas boa sorte, Filho de Mugen.

Me torno o rei rôbo em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora