Capítulo XXXI

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Não consegui me segurar no portão de terra. Nem percebi os golens de rocha que eu ceifava estavam caindo aos pedaços e sem se regenerar. Normalmente eles se recuperavam (nos animes que eu assistia na Terra) mas ficavam no chão, sem se mexer ou levantar.

"Não. Eu nunca estive longe de você". Isso ficou rondando minha mente, aumentando minha raiva a ponto de eu esmagar as rochas de um golem uma por uma. Finalmente encontro minha mãe e ela vem falando várias coisas sem eu processar todas as falas, ficando até mesmo com uma marca no rosto da mãozada que ela acertou em mim. Fiquei parado após a morte do 30º ou 40º golem  após entrar no portão, tentando organizar a minha mente e minha habilidades, decidido a esquecer isso e focar no importante: o aviso que ela mamãe me deu.

"Tome cuidado com os que vem do seu mundo". Ela não mencionou heróis ou pessoas específicas, oque significa que pessoas de outro mundo podem ser algo comum nesse universo. Além de que se existem deuses, existem adoradores dos mesmos, que podem estar auxiliando alguém muito poderoso. Comecei a tentar ligar os pontos enquanto treinava a "benção de Ras" Saka" que me permitia utilizar líquidos e modulá-los para serem mais água ou veneno. Usei isso para derreter as rochas dos inimigos seguintes, que eram uma espécie de garras feitas de madeira que surgiam do nada no solo e gigantes da montanha que vinham pra cima de mim com porretes de pedra ou madeira. Consegui me concentrar para chegar no inimigo principal, apesar de passar por florestas densas que me enganavam com ilusões e barreiras a cada avanço dado, notei uma montanha e fui até lá por desconfiar de que o chefe do lugar estaria lá. Resulto: sim, ele estava lá. Mas era um humano com metade do corpo queimado e destorcido.

Eu não tinha chegado perto para ver como o chefe era e vi algo diferente dos outros portões. O chefe estava colocando pedras empilhadas, levantando um muro bem alto. As costas estavam cobertas com uma capa, suas mãos pareciam diferentes, uma com garras vermelhas e a outra humana comum. Sem falar do chapéu de aba larga e da lâmina enorme cravada nas pedras mais perto dele.

Ele virou a cabeça para minha direção e vi linhas no rosto que mais se pareciam riscos de lava no rosto. Seus olhos tinham pontos no meio dos olhos negros parecendo bolas de fogo, no pescoço começa a aparecer algo parecido com pele demoníaca. Metade do seu corpo a partir do peito era de demônio enquanto a outra parte era humana, sendo que ele não tinha arma alguma. Seu pé era uma pata de cavalo, com pequenas garras saindo do joelho dele. Fiquei mais perto dele e vi que seu rosto parecia ser de alguém cansado, sem mais esperança para o mundo

- Olha, olha, olha... Achei alguém que quis enfrentar esse inferno para me visitar.

- Quem iria querer visitar você? Apesar de tudo, eu não vim pra ficar um tempinho. Quero o seu poder.

- Meu poder é impossível de obter. Foram pouquíssimas pessoas que vieram até aqui e nenhuma até hoje consegui obtê-lo. A resposta é: Eu sou imortal. O primeiro humano desse universo.

Dei uns quatro passos para trás. "Primeiro humano?" ele sendo literalmente meio demônio e meio humano? Apesar desse pensamento, oque mais me pegou foi a parte "imortal" e "pessoas vieram até aqui". Isso era autoexplicativo porém minha cabeça estava sem saber oque processar de todas aquelas informações.

- Você não irá dar a mim oque eu quero, metálico. Eu não posso sair daqui e você também não.

Apesar de tudo, Olhei para ele, e realmente pensai em algo.

- Por acaso isso é uma maldição?

- Sim. Culpa de Ningena e seus apóstolos. Não sabendo oque fazer comigo, me jogaram aqui. Disseram que para tirar minha maldição somente aquela espada alimentada pelo infinito poderia me matar.

Olhei para a lâmina e fui até ela. Tirei das pedras, me concentrei e levantei ela. Uma luz começou a brilhar e a espada ficou com uma cor roxa. Finquei a lâmina no peito dele, e a pele colou-se na espada.

- Está vendo? Não posso morrer e eu irei permanecer junto com você e...

Nesse ponto eu fiquei com tanta raiva de novo, por conta do negócio do infinito e da minha mãe, joguei uma bola de fogo negra no peito dele. Ele gritou e ficou correndo pelo lugar. A espada caiu no chão e ele se ajoelhou. As chamas apagaram e oque estava no lugar dele era uma estátua de pedra. Ela começou a rachar e descascar. Atirei uma magia de veneno nas rochas e incendiei a estátua. E ouvi uma voz que parecia ao meu redor.

- Obrigado, filho de Mugen. eu agora posso descansar em paz... Você agora já pode entrar nas magias metafísicas ordem e caos. Muito cuidado com os outro porque eles não vão ser fáceis como as outras.

Fiquei olhando ao redor até que apareceu o aviso "Você conquistou a Benção de Adam Buck, primeiro humano, dominante das rochas."

Me torno o rei rôbo em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora