Capítulo 11

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CAPÍTULO 11
"SAFIRA"
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NARRADORA

No dia seguinte, depois de ligar para Niall dessa vez e avisar que ficaria por mais um dia, Harry parecia incrivelmente bem.

Ele sabia que não ter coragem suficiente de falar com Horan cara a cara sobre se mudar para a casa de Louis, então os dois conversaram por celular. Niall surtou, como esperado. Mais pelo fato de que Harry estava indo morar com um ator pornô do que pela mudança em si. Porém, o cacheado fez o amigo entender, mas teve que prometer levar Louis para conhecê-lo propriamente.

Apesar de estar nervoso, Harry acordou feliz. Ele finalmente iria pegar o resto de suas coisas e buscar sua tão amada Safira, sua linda gatinha que ele tanto sentia saudades. Ele a via raramente desde que a encontrou na rua, entregando-a a Niall para que cuidasse dela enquanto ele mesmo não pudesse fazer isso. Harry lembra perfeitamente do dia em que saiu para fazer as compras do que estava faltando em casa, Nick havia recebido o dinheiro de seu trabalho e Harry juntou com o pouco que tinha guardado, tudo sendo suficiente para apenas um mês de compras.

O cacheado acabou tendo dificuldade de carregar tantas sacolas, já que Nick não tinha ido com ele por pura preguiça. Ele cambaleava pelas calçadas, as sacolas mudavam de mão o tempo todo, os dedinhos sendo marcados rudemente pelas alças de plástico, a pele já ficando em um tom forte de vermelho e cãibras ameaçando travar seus músculos. Harry parou em algum momento, não aguentando o peso das sacolas e as pondo no chão para descansar um pouco. O dia já estava escurecendo e ele não queria ficar andando pelas ruas tão tarde, ainda mais sozinho.

Harry se assustou quando ouviu o barulho de latas caindo, a lixeira no beco escuro e fedorento mexia violentamente. Harry gritou, como o bom assustadinho que é, os olhos verdes quase saltando das orbes. É claro que ele sabia que não era nada perigoso, mas esses pensamentos não evitavam seu coração de acelerar estupidamente como se estivesse prestes a encarar sua morte. Harry se considerava um pouco dramático, ele admitia, mas não podia se controlar.

Seu grito foi maior quando uma bola de pelos branca pulou sobre ele, derrubando-o no chão. Harry tinha os olhos fechados e os braços e pernas atacando o ar inutilmente, chegava a ser uma cena cômica de ver, Harry jogado na calçada lutando contra o ar enquanto gritava a plenos pulmões. Quando o garoto finalmente parou, se encolheu contra a parede ainda de olhos fechados, parando de gritar. Harry abriu apenas uma pequena fenda do olho direito, vendo o vislumbre de um serzinho pequeno e branco em sua frente. Quer dizer, era para ser branco, mas a sujeira do lixo e da lama deixaram os pelos claros em um estado deplorável, em tons de marrom e preto.

Harry terminou de abrir os olhos, observando o pequeno gatinho que o olhava de volta, sentado em suas pernas traseiras e as patas dianteiras apoiando o seu corpo magro. O animal o olhava com a cabeça inclinada de leve para o lado, como se analisasse o garoto a sua frente. Harry não se moveu, momentaneamente sentindo-se intimidado pelo felino.

— Você me assustou, gatinho. — suspirou Harry, pondo a mão no peito. — Quase me matou do coração, isso não é nada legal.

O gato miou quando Harry cruzou os braços chateado, o costumeiro bico de sempre acompanhando seus lábios cheinhos. O cacheado o olhou, birrento, vendo o bicho lamber as patas sujas.

— Eca, não faz isso! — repreendeu o gato, que parou para o olhar, curioso. — Você vai pegar doenças, não pode!

Meaw, foi a resposta ouvida por Harry. Depois disso, o felino voltou a lamber as patas, ignorando os sermões que Harry dava. Quem passasse por ali acharia facilmente que Harry era meio maluco. O sol ia embora rapidamente, as sacolas de comida estavam apoiadas ao seu lado e Harry estava no chão, encolhido contra a parede, de braços cruzados e brigando com um gato.

SEX STAR| larryOnde histórias criam vida. Descubra agora