Capítulo 25

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CAPÍTULO 25
MY NAME IS MITCH ROWLAND
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HARRY

As horas pareciam se arrastar lentamente e embora ainda tivesse um pouco de álcool no meu organismo, eu me sentia totalmente sóbrio. E poderia ser coisa da minha imaginação, mas tenho certeza que Louis estava com tanta raiva que acabou jogando algum objeto de vidro no chão do seu quarto. É óbvio que acabei me preocupando, porque apesar de estar magoado e com medo, me importo com ele e não queria vê–lo cortado com o vidro.

Depois de alguns minutos que deitei a casa ficou um silêncio total e eu já nem podia ouvir os passos dele no outro cômodo. Pensei em várias maneiras de me desculpar por não ter contado antes, mas nenhuma parecia boa o suficiente agora para aplacar sua ira. Acho que o pior é não saber se ele estava com raiva de mim ou de Nick. Provavelmente de nós dois, e eu não o culpo.

Meus olhos ardiam como fogo, sentia as pálpebras inchadas e sabia que a pele embaixo deles estava escura. Mesmo assim, não consegui dormir. Acariciei os cabelinhos de Safira até a ouvir ronronando e dormindo, nós dois deitados de forma inclinada sobre o Boo Bear.

Uma batida leve na porta me assustou, mas não ousei sair do meu canto. Eu não queria encará–lo... Não queria ver seu olhar julgador sobre mim. Eu não aguentaria.

O meu quarto estava escuro, então o feixe de luz que provinha da porta aberta desenhava perfeitamente a silhueta de Louis na parede à minha frente. O ouvir suspirar, bufar, dar meia volta e entrar no meu quarto de novo. Decidi acreditar que ele estava mais perdido que eu, sabia que ele tinha algo para falar, embora as palavras não deixassem sua boca.

— Harry? — chamou baixinho. — Está acordado?

Fechei os olhos com força, suspirando, tomando coragem o suficiente para encará–lo. Virei meu corpo sobre a cama e percebi que eu olhava para ele, mas Louis não olhava de volta.

— Sim. — respondi esperançoso.

Por favor, vamos conversar. Por favor, por favor, por favor!

Ele não me olhou quando voltou a falar, passando os olhos por todo o quarto menos em mim.

— Só... — suspirou alto, umedecendo os lábios com a língua. — Só vim avisar que já estou indo para o hospital.

— Ah, claro. — me bati mentalmente, apressando–me em levantar da cama. — Eu só vou me arrumar rápido e podemos ir!

— Ahn, na v-verdade... — parei no meio do quarto, temendo suas próximas palavras. — Acho que não é... Você sabe, uma boa ideia agora.

Senti meus olhos encherem d'água, mas me neguei a chorar. Não queria que ele me olhasse com pena, mas também não queria que ele fosse sozinho só por causa de uma briga idiota. Entretanto, se ele precisava de tempo para processar tudo, eu o daria esse tempo. Pensei que essa decisão faria me sentir um pouco melhor, mas só fez meu coração doer ainda mais.

Acenei com a cabeça, tentando desesperadamente esconder meu desapontamento.

— É, s-sim, claro. — engoli em seco. — Ahn... É, tudo bem, eu entendo. — senti uma lágrima escorrer e me apressei em enxugá–la, mas já era tarde. Louis já tinha visto. — E-eu... Eu só... Pensei que, você sabe, iríamos juntos, p-porque eu ia te ajudar no tratamento, então eu preciso saber das coisas, dos horários dos remédios, se tiver. Então você pode, sabe... Anotar para mim? Talvez?

Eu só queria que ele saísse logo do quarto para que eu pudesse voltar a chorar igual um bebê e me encolher entre os lençóis.

Senti seu olhar queimando meu rosto, mas dessa vez eu não queria olhar de volta, então não o fiz. Ao invés disso, fitei meus dedos e meu pé sobre o outro, tentando não me sentir intimidado com toda a atenção repentina.

SEX STAR| larryOnde histórias criam vida. Descubra agora