13 - Parte 1

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Vladislav

Minha vida era um verdadeiro caos, comandar uma organização tão perigosa quanto poderosa implicava viver para aquilo.

Eu mal tinha tempo para transar, como estava acontecendo agora, Benedetta veio no mesmo horário de ontem treinar, estava vendo sua bunda empinada de quatro e não podia ficar para fodê-la como fiz ontem.

Assim que ela me contou quais os exercícios que praticava eu conversei com Bóris meu personal trainer para que providenciasse tudo que ela necessitava, ele muito eficiente logo trouxe os aparelhos e uma colega sua especialista em pilates.

Não poderia ficar nem para a massagem que costumava fazer depois do treino. Nem sequer para comer. Ocorreu um problema grave com o transporte de mercadoria, o caminhão carregado de metanfetamina, heroína e cocaína foi apreendido, eu precisava sair e usar minha influência, melhor dizendo, recorrer ao pessoal da polícia que estavam na minha folha de pagamentos para resolver isso.

Não podia perder toda aquela droga, era muito dinheiro em causa. Para isso eu teria que perder uns milhares de dólares com suborno para limpar a situação.

Instruí meu massagista para que massageasse Benedetta em meu lugar, ontem após nosso sexo recebemos depois do banho.

Agora num banho rápido meu pau não conseguia baixar pensando nela e em como gostaria de estar dentro dela novamente. Tive que resolver o caso eu mesmo. O sexo de ontem foi indescritível, alucinante.

E o fato de ela ter chorado no fim só confirmava que havia sentido também. Apesar de não ter a minha experiência para identificar uma química sexual arrebatadora, ela sentiu.

Depois disso saí e não nos vimos mais até hoje de manhã.

Terminei o banho que tomei ali mesmo no banheiro da academia, saí só de toalha para entrar em meu quarto, eu tinha um corredor de acesso, me deparei com Benedetta estendida no chão e Dracko deitado com a cabeça em sua barriga enquanto ela o acariciava.

— Como você se chama menino? — Perguntou para ele de forma carinhosa, como se ele entendesse e fosse lhe responder.

— Dracko. — Chamei meu cachorro que veio imediatamente até mim.

Aquele animal era um traidor. Ontem quando ela entrou no meu quarto mais cedo e eu estava voltando da corrida aquilo me pegou desprevenido ainda mais porque meu cachorro estava no meu quarto e o deveria proteger, porém estava ali bem deitado em minha cama e não fez nada sobre o fato de uma invasora entrar.

Porque ele estava encantado com a invasora.

A italiana era uma encantadora de cães e paus.

— Estou saindo, tenho coisas urgentes para resolver, você pode levar a massagem no meu lugar.

— Ok.

Com ela me olhando de forma estranha saí.



Benedetta

Quando ele saiu apenas de toalha seu cachorro veio até mim novamente. Pelo espanto de todos o animal não costumava se dar bem com ninguém exceto seu dono. Creio que por que ninguém nunca tentou, ele era um animal dócil e modéstia à parte os bichos sempre me adoravam. Eles só queriam amor e eu os dava.

— Se algo acontecer com ele e meu tio conseguir me resgatar eu vou ficar com você. — Falei para Dracko, que nome. — Me desculpe. Você não estará sozinho.

Tomei um banho rápido para correr para a massagem.

O massagista de Vladislav era muito bom, um profissional excelente, ele tocava em cada ponto tenso do nosso corpo até nos tornarmos uma gelatina de tão relaxados, por essa razão ele o mantinha.

Me trouxeram o café da manhã e comi no quarto mesmo, como ele não estava ninguém me chamava para a mesa.

Imaginei que se ele não fosse tão ocupado nossos treinos acabariam sempre como ontem, fiquei grata por isso.

Era horrível se sentir impotente diante do que faziam com seu corpo.

Só de imaginar que se tudo desse errado eu viveria uma vida assim me levava a um buraco escuro no qual não queria estar.

O futuro costumava me deixar ansiosa, agora era melhor nem pensar porque seria mais do que ansiedade, viria a ser pânico.

Sempre tentava manter o otimismo.

Resolvi dar uma volta fora da casa.

— Você vem comigo, Dracko?

O cão preto me acompanhou.

Apesar do espaço amplo não havia um jardim. Sem flores. Sem plantas. Sem vida.

Dei uma boa caminhada pela estrada estreita ideal para andar de bicicleta, vendo casas pelo caminho. Deviam ser dos familiares dele.

Era realmente um lugar extremamente protegido. Muros de pedra alto, homens armados até os dentes a cada cinco metros.



*

Na hora do jantar fui chamada à mesa, não tinha voltado a ver Vladislav desde o treino, passeei pelo complexo para conhecer cada parte dele e almocei no quarto.

Quando cheguei à mesa Vladislav estava sentado e sua prima estava em pé diante dele, ela insinuava-se para ele, me deu embrulhos no estômago, ela pegou sua mão e colocou em seu seio enquanto lhe perguntava o que ele achava do seu vestido. Ele não teve nenhuma reação, nem para evitar o que ela estava fazendo nem de interesse, muito menos abriu a boca para lhe responder, ele parecia indiferente.

Quando a loira parou de segurar sua mão ela caiu porque ele não estava fazendo um esforço para permanecer ali.

Ela fingiu inocência quando me viu e até espanto.

— Com licença. — Eu pedi e me sentei no canto indicado por Vladislav que ficava mesmo encostado aonde ela estava.

Vladislav continuou sem reação, como se nada daquilo o afetasse, eu também não demostrei nada.

A prima era a única teatral naquela sala de jantar. Ela esperava reação de duas pessoas que não sentiam nada uma pela outra.

Ambos estavam vestidos em traje de gala, pareciam perfeitos demais para o meu gosto, como bonecos de cera.

Jantamos em silêncio até Vladislav quebrá-lo.

— Estou indo a um evento beneficente que já estava agendado com meus primos. — Ele contou para mim como se me desse uma satisfação, o que me surpreendeu.

Em resposta eu apenas assenti. O que ele esperava? Uma cena de ciúmes da minha parte como uma noiva ofendida? Ou uma submissa noiva feliz que confia plenamente nele e em suas explicações de que era apenas um jantar sem maldade que estava marcado mesmo antes de estarmos "juntos"?

A mim seria indiferente ainda que ele estivesse indo a um encontro real.

— Não vou demorar, me espere. — Dessa vez ele teve minha verdadeira atenção. Ele olhava para mim de forma sugestiva. Aquilo soou como uma promessa, e foi, a julgar por sua expressão, ele queria sexo quando chegasse.

Sua prima percebeu e ficou com ódio. Eu poderia entrar no jogo apenas para irritá-la ainda mais, mas não conseguia, a ideia de ele me tocar sempre me apavorava, por mais que eu já tivesse tido muito prazer em suas mãos, eu nunca sabia o que esperar dali, além de que a dor ela vinha sempre de alguma forma, ou física ou emocional.

Eu não respondi ou aquiesci apenas baixei a cabeça. Ele sabia que eu o esperando ou não ele pegaria o que queria.

Se ele por  sorte ou azar pudesse chegar com vida.

Dark lifeOnde histórias criam vida. Descubra agora