13 - Parte 2

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Vladislav

Deixei Benedetta após o jantar e fui ao meu chato compromisso, mais uma vez eu tinha que fingir ser um empresário generoso com os menos sucedidos, tudo isso para ter bom nome e boas conexões.

Antes de ir deixei bem claro a minha noiva que essa saída não era um encontro com minha prima, apesar da vagabunda ter feito todo um show que fosse. Eu não devia satisfações a ninguém, porém queria que Benedetta conhecesse seu lugar, assim como Keira também.

Meus primos Keira e Ivan me acompanharam na limusine enquanto dois carros com homens armados nos escoltavam à frente e atrás.

Chegamos ao evento e fiz todo meu trabalho de ser cordial e interagir com as pessoas que de alguma forma me facilitariam a vida.

Por exemplo, fiz uma amizade improvável com uma senhora de 75 anos, ela era uma líder religiosa, fiz uma generosa doação para sua comunidade.

E por que diabos eu iria querer contato com uma pessoa assim? Porque no meu meio todo tipo de aliado era bem-vindo, no final eles sempre seriam úteis, ou para testemunhar, para lavar dinheiro, como álibis... tantas possibilidades.

No momento certo eu saberia cobrar.

— Querido rapazinho, além de bonito tem um coração generoso. Seu lugar no céu com certeza já está garantido. — Eu lhe sorri fingindo ingenuidade.

Se ela soubesse. O dinheiro não podia comprar tudo senão já teria comprado minha entrada no céu.

Nem todo dinheiro do mundo compraria esse milagre.

O único lugar no além que eu tinha reservado eram as portas do inferno. Onde eu tinha passagem VIP.

Parte desta entrada diferenciada eu consegui mesmo sem querer, só ao nascer pelo sangue contaminado e nos meus primeiros anos de vida e aprendizado, pelo meu querido pai (contém ironia, óbvio). De resto eu mesmo trabalhei com afinco.

Meus primos ficaram com a função de conversar com o maior número de pessoas que eles vissem uma boa conexão e depois me apresentá-las. Ivan me apresentou a um legista e Keira a um banqueiro.

Eu não comi ou bebi nesse evento, por cautela, tinha milhares de pessoas que adorariam a oportunidade de me envenenar ou me drogar e capturar, isso sim para alguns seria sua maior realização.

E nesse momento eu precisava de todo cuidado e sobriedade, pois sabia que Vitali estava na minha cola.

Era improvável p'ra caramba ele montar toda uma equipe de última hora suficiente para combater a minha e me pegar essa noite porque eu como a pessoa cuidadosa que era nunca avisava onde estava indo, eu recebia os convites e só sabiam que eu iria quando já estava lá, caso contrário poderia cair em armadilhas.

Enquanto a noite maçante passava só pensava na hora que poderia sair e regressar a casa para foder Benedetta.

Finalmente chegou a hora de ir embora após uma longa conversa sobre bolsa de valores com um grupo de executivos de Wall Street, eles queriam uma reunião comigo para eu apoiar um "projeto" que eles tinham interesse em por em andamento com minha ajuda.

As pessoas poderiam dizer que a maior sujeira estava na máfia, isso com certeza porque nunca ouviram o projeto de alguns desses caras, eles lidavam com terrorismo em massa, tudo para fazer cair algumas ações e serem beneficiados.

Nem precisei ouvir tudo para minha resposta ser Não. Esses filhos de uma puta achavam que por eu ser mafioso topava cada serviço sujo que me aparecia.

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